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quinta-feira, julho 29, 2004

Retiro espiritual 

Resolvi fazer uma espécie de "retiro espiritual"... Vou refugiar-me durante o fim de semana em casa da Avó... Vou passar os dias na praia... Mergulhar no Mar e lavar a Alma... Sentir os grãos de areia entre os dedos dos pés... E sentir as criancinhas a atirarem-me areia para cima porque andam a correr de um lado para o outro...
Não vou para muito longe... Na verdade até vou para bem perto... Oeiras é quase ao virar da esquina... Mas vou estar suficientemente distante do meu pequeno mundo para poder pensar e colocar as ideias no lugar... Pelo menos algumas...
Terça-feira estou de volta... Espero que cheia de ideias novas para escrever, e com a Alma lavada e mais leve...
Beijinhos e bom fim de semana para todos...

A inocência das crianças... 

Depois de passar quase uma hora em frente à televisão a ver a "Cinderela" pela enésima vez, passei o resto da tarde a ouvir a música do "Noddy"... E qual não é o meu espanto quando a minha sobrinha chega ao pé de mim e diz que tem uma "andota" para me contar... Olhei para ela meio desconfiada, mas dei-lhe a atenção que me pedia... A dita "andota" era a seguinte: "Porque é que foi a banana ao médico? Porque não estava a descascar bem!"... Fiquei sem reacção a olhar para ela... Depois ri-me... Que mais poderia eu fazer? É que com 4 anos ela não ia compreender que a tal "andota" não tinha piada nenhuma... Por outro lado, não sei se fiz muito bem... É que ela ficou convencida que aquilo era mesmo giro... Resultado? Não se calou com a piada até à hora do jantar...
Coisas boas? Fiquei a saber a letra da música do "Noddy"... É que já estava farta de a ouvir cantar a música do anúncio dos gelados da Olá, em que aparecem os bonecos a cantar e a dançar... Estas novas tecnologias deixam os miúdos a pensar que os bonecos cantam e dançam mesmo...
Ainda estou à espera do dia em que ela se vai virar para mim no meio do super-mercado e perguntar-me onde estão os bonecos a cantar... Até lá vou ouvindo o "Noddy"... Que bom!!! 

terça-feira, julho 27, 2004

Destinos 

"Quando voltares vou estar à tua espera!"
Ouvir aquelas palavras da boca dele fê-la acreditar que tudo ia correr bem... Olharam um para o outro como da primeira vez, com a intensidade que só existe entre os que amam... Nunca deixar aquele lugar lhe tinha parecido tão difícil... E afinal era só mais uma vez... Só mais umas férias que chegavam e que a levavam de novo à casa dos pais...
Ele ficava por Lisboa durante uns tempos, e depois seguia rumo ao Algarve com os pais... As férias de sempre desde que os seus caminhos se tinham cruzado nas filas da secretaria da faculdade... E já lá iam três anos... Mas naquele Verão seria diferente... Iam passar as primeiras férias juntos... As férias que há tanto tempo mereciam... Uma semana em plena Serra do Gerês, só os dois... Um verdadeiro sonho tornado realidade...
Já tinham tudo combinado... Daí a um mês e meio ele iria ter com ela a Coimbra, e de lá partiriam para o Gerês... Iam contar os dias que faltavam para voltarem a estar juntos...
Mas num instante apenas tudo mudou...
Chegou a casa depois de ter ficado horas na esplanada a contemplar o mar, e a imaginar como seria bom se ela não tivesse sempre de voltar a Coimbra... Não era longe... Mas a distânçia parecia imensa... E naquela tarde essa sensação era ainda maior... Tinha tentado ligar-lhe mas as chamadas iam sempre ter ao atendedor de chamadas... Ela estava outra vez sem bateria no telemóvel... Já era tão normal que não estranhou...
Quem dera que ela nunca tivesse entrado naquele comboio... Quem dera que aquele beijo de despedida tivesse sido apenas mais um, e não o último...
Chegou a casa e foi directamente à casa de banho lavar as mãos para jantar... Eram 20hs e as notícias estavam a começar... Nunca a abertura de um noticiário tinha tido tanto impacto como aquela: "Descarrilou hoje à tarde, pouco depois do Entroncamento, um Comboio que tinha como destino Coimbra! Ainda não foram encontrados quaisquer sobreviventes!"... Com os olhos marejados de lágrimas pegou no telemóvel e tentou mais uma vez ligar-lhe... E mais uma vez a chamada foi ter ao atendedor de chamadas... Pegou no telefone e ligou para casa dela... A espera parecia interminável... O telefone chamava, chamava, e ninguém atendia... Tentou uma e outra vez, até que uma voz trémula e triste atendeu do outro lado... "Boa noite! Seria possível falar com a Mafalda?" - perguntou ele sem querer ouvir o que temia... O silêncio do outro lado foi momentâneo... E a resposta foi a única que ele não queria jamais ouvir: "Era o comboio em que a Mafalda regressava a casa!"... O coração dele gelou... As lágrimas desciam pelo seu rosto... E começou a chorar como uma criança... Soluçava como se o mundo tivesse acabado... E realmente tinha acabado... Tinha acabado o mundo deles... Tinha ruído o mundo dele... Tudo o que ele era tinha ficado naquele comboio... E com o coração em cacos e a alma desfeita chorou a noite inteira...
 
As aulas recomeçaram três meses mais tarde... E todos evitavam falar no assunto... A Mafalda tinha sido transformada num tabú... Ninguém se atrevia, sequer, a perguntar-lhe como se sentia...
Até que um dia, para espanto de todos, foi ele quem tocou no assunto e falou: "A Mafalda morreu! Não tenham medo de falar dela! Só assim podemos manter vivo alguém que sempre amou a vida e a quis viver em pleno! Por favor, não façam dela um fantasma! Façam dela uma recordação!"
 

segunda-feira, julho 26, 2004

Coisas da vida... 

Pensei que ia ser mais difícil... Ou talvez até esteja a ser... Mas estou tão empenhada em passar por cima desta estória, que talvez isso me dê força... Talvez o tempo seja mesmo o melhor remédio... É certo que a distância ajuda... Não vou negar... E os amigos têm sido fundamentais... A verdade é que se não fossem os meus amigos eu não estaria assim tão bem (tendo em conta as circunstâncias)... Fazem-me rir... Fazem-me entender, aos poucos, que estou melhor assim... Que nada disto faz sentido... E que a vida ainda me vai dar algo de muito bom... Ás vezes custa-me acreditar que isso possa ser possível... Acho que ainda estou magoada demais para acreditar...
Disse muitas vezes que não entendia porque é que isto tinha acontecido... Mas acho que pelo menos serviu para me fazer crescer um bocadinho... E é como diz uma amiga minha: "Aconteceu e pronto! Agora é passar por cima e pensar no Verão fantástico que está aí!"... E sabem que mais? Ela tem razão... Não vale a pena pensar no que passou... Não tinha de ser... E se tiver mesmo de ser, os nossos caminhos voltarão a cruzar-se... Se tal não acontecer, é porque não fazia mesmo sentido...

Já não há canções de amor... 

Rui Veloso no sei melhor... A música que traduz a realidade mas verdadeira dos últimos tempos... Porque já não há mesmo canções de amor...
 
"Um deste dias vou poder
apaixonar-me outra vez
sem me importar de saber
se vai durar um ano ou um mês
 
Correr e saltar num dia
depois não dormir tranquilo
pensar que o amor é isto
e descobrir que afinal é aquilo
 
Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há canções de amor
 
Um destes dias vou ser capaz
de encontrar a felicidade
avançar em marcha atrás
ir de verdade em verdade
 
Dizer que o amor é aquilo
que ontem estava descoberto
e ver que o fim duma paixão
espreita sempre um deserto
 
Já não há canções de amor
por não haver quem acredite
já não há canções de amor
 
E vós almas tão ingénuas
cujo amor não tem saída
que buscais nas tolas canções
 o açúcar que adoça a vida
 
Não percebeis que é o engano
que prova que há uma chance
acertar à primeira não é humano
é a essência do romance
 
Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há canções de amor
vou investigar o caso
com o máximo rigor
tirar a limpo a verdade
que há nas canções de amor
vou saber se ainda é possível
escrever canções de amor"
 
Talvez um dia eu volte a acreditar... Quem sabe... Talvez...

domingo, julho 25, 2004

Injustiças 

Hoje acusaram- me de ser racional demais... De ser fria ao tentar pensar com a cabeça e com o coração ao mesmo tempo... Deu-me uma vontade tremenda de rir... Eu? Racional?Mas também, vindo de quem veio não admira... É que cá em casa é raro falar de algo mais que não seja faculdade... Não sou muito dada a exposições sentimentais em casa... E depois ouço coisas destas...É a vida... Se eles imaginassem sequer que às vezes são os sentimentos que me movem e não a dita "racionalidade", teriam uma coisa torta... É verdade...Será que eu pareço assim tão racional e insensível??? è certo que em algumas ocasiões já me acusaram de o ser... Mas será???Quem tiver algo a dizer sobre o assunto, seja bom ou mau, não se acanhe!!! Afinal, todos os dias aprendemos coisas novas, até mesmo sobre nós próprios...

quarta-feira, julho 21, 2004

"Um pouco de céu" 

 
Hoje senti que tudo tem uma razão de ser, mas que não me cabe percebê-la... Por isso vou ouvindo Mafalda Veiga e vou esperando que estes sentimentos dêem lugar a outros, mais calmos e menos intensos... Que não façam doer...
 
Um pouco de céu
Só hoje senti
Que o rumo a seguir
Levava pra longe
Senti que este chão
Já não tinha espaço
Pra tudo o que foge
Não sei o motivo pra ir
Só sei que não posso ficar
Não sei o que vem a seguir
Mas quero procurar
 
E hoje deixei
De tentar erguer
Os planos de sempre
Aqueles que são
Pra outro amanhã
Que há-de ser diferente
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu
 
Só hoje esperei
Já sem desespero
Que a noite caísse
Nenhuma palavra
Foi hoje diferente
Do que já se disse
E há qualquer coisa a nascer
Bem dentro no fundo de mim
E há uma força a vencer
Qualquer outro fim
 
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu

Pois é... Basta-me apenas um pouco de céu para sonhar e viver... Agora é só encontrar o meu...

Não é adeus, é até já!!! 

As recordações são como o fumo de uma fogueira, dissipam-se no tempo e no ar, e apenas deixam marcas, cheiros, vestígios do que foi e já não é...
Sei que não passou muito tempo... Mas ultimamente tudo acontece de um modo muito repentino... Os sentimentos sucedem-se em catadupa... Sobrepõem-se uns aos outros, e confundem-me... Vou da raiva que sinto por ti, à ternura que os teus olhos me causam em menos de nada... Num momento és frio e distante... Olhas para mim com cara de mau e ficas furioso com o que faço... Depois és um querido, como sempre foste, disposto a ajudar-me e contente pelos meus planos... És de extremos num só dia...
Descobri que somos como a Lua e o Mar... Olham-se sabendo que jamais se poderão tocar... Olham-se sentindo que por mais perto que esteja, vão sempre estar longe demais...
Os meus olhos tocam os teus... O teu olhar prende o meu... Mas já nenhum de nós aguenta os olhos do outro... Somos frios um com o outro... Parece que nunca sorriste para mim... Parece que nunca sorri para ti... Quem está de fora fica com a ideia que, se calhar, até não gostamos mesmo nada um do outro...
O tempo que tem de passar vai encarregar-se de nos colocar bem longe um do outro... Mas como já me disse um amigo, dois meses passam a correr... E depois? Depois logo se vê...
Só espero que, daqui a quase dois meses, quando te voltar a ver, te possa ver sorrir de novo para mim... Não tenho ilusões quanto aos sentimentos que quero esquecer... Apenas espero que as coisas fiquem menos más... E que eu possa voltar a contar contigo, como contei até à bem pouco tempo... Que eu possa voltar a contar-te os meus planos e que voltes a ficar contente com eles, como ficaste da última vez...
Talvez ainda te volte a ver antes destes dois meses terem início... Mas agora não dá para pensar em sentir mais nada que não seja o desejo de ficar longe e esquecer, para poder, daqui a uns tempos, voltar a tentar ser feliz com outro alguém...
Não te vou dizer adeus novamente...
Digo só: "Até já!!!"
Mas não me interpretes mal... Quando te voltar a ver quero estar mais forte... E sem ti em mim...


sábado, julho 17, 2004

O Último Adeus 

Com tantas pessoas à nossa volta parecia que estavamos alí só os dois... Os teus olhos fixaram-se nos meus e percebi neles a expectativa das palavras que se seguiriam... Não falei do que seria previsível... Daquilo que, eventualmente, estarias à espera... E percebi-o quando os teus olhos se desviaram dos meus para se fixarem no chão, para sorrires... Mas devias saber que eu não iria falar no assunto... Não depois de tanto tempo... Falamos com a frieza e a distância que se instalou desde aquele dia... E no fim ficamos a olhar um para o outro... Era como se tivesse ficado algo por dizer... Algo que não havia sido dito antes... Que não foi dito no momento... E que jamais o será...
O momento que se seguir foi tenebroso... Uma despedida silenciosa... Silenciosa e definitiva... O último adeus... "Aquele" adeus que eu temia... E que aconteceu...
Como nada foi foi dito nos instantes seguintes a eu ter terminado de falar, disse-te adeus e fui embora... Enquanto me afastava sentia os teus olhos fixos em mim... Ainda pensei que fosse imaginação... Mas olhei para trás e vi-te olhar para mim... Depois parei e olhei-te do mesmo modo que me olhavas... Deixei-me ficar para trás para tentar eternizar o momento, mais uma vez... Olhamos um para o outro já sem sequer repararmos que havia alguém a assistir... Alguém que sorriu e que deve ter percebido à algum tempo que algo não batia certo...
Enquanto os meus olhos estavam presos em ti senti-te mais longe do que alguma vez tinhas estado desde que esta estória louca teve início...
Quando os nossos olhos se desprenderam, e cada um de nós foi para seu lado, tive a certeza que aquela foi mesmo a despedida silenciosa que eu tanto temia... O último adeus que eu sabia inevitável, mas que teimava em acreditar que nunca iria chegar...
A Conchinha disse-me uma vez que as pessoas não saem da nossa vida, apenas mudam de lugar... Mas tu saíste mesmo... Porque na minha vida já não há lugar para ti... Porque na tua vida já não há lugar para mim... Porque aquele último adeus tem de significar isso mesmo e não outra coisa qualquer... Porque sei e sinto que não vale a pena alimentar algo que jamais deveria ter existido... Porque sim... Simplesmente porque não é possível...
 
Adeus...

sexta-feira, julho 16, 2004

Agradecimentos! 

Este pequeno e singelo post é apenas para agradecer "publicamente" aos meus mais novos comentadpres: o Mancha Branca, o Bernardo e o Eye of the Tiger... Obrigada pelos comentários e pela força... Na vida há momentos menos bons... E sei que os meus 20 anos ainda me mostraram muito pouco da vida... Mas às vezes parece que foi demais...
Mais uma vez obrigada... Espero ter o prazer de continuar a ler os vossos comentários... Aos comentadores habituais deixo aqui as beijocas grandes de sempre...

quarta-feira, julho 14, 2004

É mesmo assim... 

Não foi a primeira vez, eu sei... Vem sendo hábito estas coisas acontecerem... E de cada vez que acontece parece que faz um novo sentido... Não lhe vou chamar destino, vida ou o que quer que seja... Apenas começo a aceitar que é mesmo assim... Mas ao mesmo tempo, começo a deixar de acreditar... Talvez existam situações que servem para nos mostrar que somos melhores numas coisas do que noutras... E nas últimas semanas tive a confirmação disso... Acho que mais vale mesmo dedicar-me àquilo em que realmente posso fazer alguma diferença... Só espero é não ter percebido isso tarde demais...

terça-feira, julho 13, 2004

A magia da Torre... 

Para todos aqueles que se apaixonaram e que viram essa paixão chegar ao fim... Para todos os que precisam de acreditar que há sempre mais uma oportunidade...


"Tentei eternizar o momento… Mas era tarde demais… O Sol estava quase a nascer e eu tinha de ir embora… Os seus olhos pediam-me mais um momento, mesmo sabendo que nada mais eu poderia dar…
Nunca a Torre Vasco da Gama me tinha parecido tão bonita… Nunca o Tejo me tinha transmitido tanta paz… Nunca a parte nova de Lisboa me tinha encantado tanto como naquela noite…
Parece que foi ontem que nos conhecemos… Lembro-me tão bem da primeira vez que os nossos olhares se cruzaram… O menino teve em mim o efeito de uma descarga eléctrica… E mais tarde, com o mesmo sorriso malandro que me conquistou, disse-me que eu tinha tido em si o mesmo efeito…
Mas como a vida nos leva sempre para onde acha que devemos ir, encarregou-se de me levar para longe de si… E hoje não somos mais do que dois estranhos que um dia foram dois enamorados…
A magia da Torre Vasco da Gama continua a ser a mesma, sempre que me lembro de si… Quando se foi embora o menino pediu-me para seguir em frente, para não olhar para trás… Disse-me que voltaria àquele lugar sempre que sentisse saudades minhas… Mas que era preferível que os nossos olhos não se voltassem a tocar… Ainda hoje não consigo entender o porquê… Mas de qualquer modo já não importa… Aprendi a viver comigo e para mim… E guardo para sempre a frase que me disse naquele: "O Tomás vai ser lindo!"… É incrível as coisas que se dizem quando estamos apaixonados… Passou… E eu preciso acreditar que será possível outra vez…"

segunda-feira, julho 12, 2004

Escrever a brincar... 

Uma caneta e uma folha de papel... É só o que preciso neste momento... É tudo o que me faz falta... E, curiosamente, é tudo o que tenho à mão... Estou mesmo a precisar de escrever...
Não, não tenho uma vontade incontrolável de passar sentimentos para o papel... Também não quero escrever para ninguém em especial... Não quero escrever algo que possa tocar o coração de alguém... Nem quero atacar os políticos ou os docentes da faculdade(verdade seja dita, ando passada com uns e com outros, mas isso fica para depois)...
Apenas quero escrever... Quero brincar com as letras... Quero desenhá-las e juntá-las, criando palavras... Quero brincar, também, com as palavras que criei, agrupando-as, agora, para formar frases que, de algum modo, terão um sentido… Mais que não seja terão o sentido que quem as ler lhes quiser dar… Até porque como dizia Pessoa “Sentir… Sinta quem lê!”… Por isso, desta vez, e ressalvo o “desta vez” porque não sei se serei capaz de o voltar a fazer, não vou imputar o que escrevo aos meus sentimentos, deixando ao arbítrio de quem lê a interpretação sentimental das palavras que me proponho a escrever…
Mas falta qualquer coisa… Acho que me falta a inspiração… Seja lá o que isso for… Vou procurá-la… E quando a encontrar volto a dedicar-me às letras, às palavras, às frases, à escrita… Enfim, a uma das coisas que mais gosto de fazer…

quinta-feira, julho 08, 2004

Será??? 

Desfiar sentimentos... Procurar nos labirintos da memória tudo aquilo que em tempos me fazia sorrir... Perder-me nos momentos que passaram e não ficar triste... Saber que aqueles tempos não voltam... E sentir que já não faz mal... Olhar para trás e sentir que o que vivi continua lá, no lugar onde deixei... Saber que o que me fez sorrir continua lá atrás para que eu possa recordar... Sentir que, ao contrário do que senti quando aconteceu, a vida não me tirou nada... Apenas me retirou do caminho que, de algum modo, não já era bom para mim... Por vezes pensei que sim, mas hoje sei que nunca fiquei parada no mesmo lugar... Sempre tive um rumo... Nunca percebi ao certo qual era.... É muito fácil culparmos a vida, o destino, Deus, ou o que quer que seja por tudo aquilo que nos acontece... Na realidade é fácil demais...

terça-feira, julho 06, 2004

Simplesmente obrigada (II)... 

O menino tem toda a razão... Agora, de cabeça fria, consigo dar-lhe a razão que lhe é devida... Sabe, ainda não tive oportunidade de lhe dizer, mas tudo correu pelo melhor... As coisas resolveram-se e a minha cabeça já pode descansar... O menino sabe que eu tinha medo... Muito medo... A sua força foi importante... Agora vamos os dois enfrentar o desafio... E vamos vencer... Eu acredito... Espero que o menino acredite também...

domingo, julho 04, 2004

Simplesmente obrigada... 

Ás vezes, as palavras certas vêm dos amigos certos, na altura certa… Este é um mail que recebi de um amigo… Ele tem razão… Mas se me tivesse dito isto antes, eu não teria entendido… Agora consigo entender o sentido destas palavras, ver o seu alcance… Chegam mais longe… Ao lugar onde têm de chegar…

"Dear Ann

Eu acho que a menina pensa demais. Eu acho que a menina anda desorientada. E acho que tem um verão inteiro para pensar.
É claro que tenho tempo de a ouvir. Mas quero, a priori, dar-lhe um conselho que, de certo, não trará responsabilidades de maior: no primeiro ano do curso, certamente, numa noite de insónias, arranjei uma teoria, parece básica, mas não o é. Se o é, então, de tão simples, ninguém repara nela:
A teoria da responsabilidade:
Geralmente convencemo-nos que o que nos acontece de bom, ou é culpa nossa ou é culpa dos outros. O que nos acontece de mal, é geralmente culpa dos outros, ou erradamente culpa nossa. Acontece, ainda mais frequentemente, que nos culpamos pelas coisas erradas. Andamos sempre atrás de um culpado. Nós. Os outros. E somos nós. Ou os outros. As nossas vitórias não são as nossas. As nossas derrotas, por vezes, são também doutros.
Assim, estabeleci uma regra: tudo o que acontece se deve a mim. Se tenho boa nota, é por que me esforcei. Se tive má, a culpa também é minha. Claro que tem óbices esta minha teoria: eu não controlo o clima, ou as manias perniciosas dos outros. Como bem sabes, tu também não controlas as manias perniciosas dos outros.
Ainda assim, e não sei de que se trata a tua decisão, espero que a faças de cabeça fria. Faças o que fizeres, escreve-a primeiro. Vê se é plausível ou coerente. Como se estivesses a escrever para o metro ou para o muito a frente. E lembra-te bem que há outras responsabilidades a curto prazo: essas sim, determinantes. Determinantes do futuro. E não me parece que seja de abalar um futuro sólido por manias perniciosas dos outros. Lembra-te que se os outros fazem mal, cabe-nos minimizar os danos. Acho que passamos grande parte da vida a minimizar os danos. Cutting the losses.
Regardless, espero que reflictas bem. E que a abstracção deste email ajude. Espero que não interpretes mal na parte da culpa. Não temos culpa daquilo que nos fazem. CLARO. Mas cabe-nos minimizar os estragos. Acho eu. Se há plenty fish in the sea, não há muitas oportunidades para endireitar o futuro."


Obrigada… Do fundo do coração… É tudo o que te posso dizer…

sexta-feira, julho 02, 2004

Maldade 

É difícil lidar com a maldade humana... Especialmente quando ela nos é apresentada na pessoa de alguém de quem até gostamos... Não entendo a razão para esta atitude... Não encontro qualquer justificação possível que seja capaz de me fazer entender o porquê de isto ter acontecido... Há quem diga que talvez tenha sido para meu bem, para me ajudar... Mas ninguém tem o direito de se meter deste modo na minha vida... A única coisa conseguida no meio disto tudo foi o facto de não querer sequer ver tal personagem à frente... A minha impulsividade por certo que me trairia, e eu diria algo que não deveria ser dito... Sei que o confronto é inevitável... Mas quanto mais tarde melhor... Até lá vou tentar descobrir, ou redescobrir, novas formas de lidar com a maldade humana... Com a tua maldade...

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