<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, março 30, 2006


Há alturas em que me apetecia ser pequenina outra vez. Chegar à noite, deitar-me na minha cama e não pensar. Queria voltar a ser a menina do Avô. Queria não conhecer estas coisas do mundo dos crescidos que tanto mal me fazem. Queria não conhecer nem sentir a inveja e a maldade humanas. O mundo é cruel, mas isto é demais. Será muito pedir que me deixem em PAZ???

quarta-feira, março 29, 2006

"Dá-me lume" 

Adoro esta música... Por nenhuma razão especial... E por todas as que se poderiam imaginar... Espero que gostem...
Dá-me Lume

"Chegaste com três vinténs
E o ar de quem não tem
Muito mais a perder
O vinho não era bom
A banda não tinha tom
Mas tu fizeste a noite apetecer
Mandaste a minha solidão embora
Iluminaste o pavilhão da aurora
Com o teu passo inseguro
E o paraíso no teu olhar

Eu fiquei louco por ti
Logo rejuvenesci
Não podia falhar
Dispondo a meu favor
Da eloquência do amor
Ali mesmo à mão de semear
Mostrei-te a origem do bem e o reverso
Provei-te que o que conta no universo
É esse passo inseguro
E o paraíso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-me
Até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas
Há tanto tempo a acenar

Eu tinha o espírito aberto
Às vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro
E ao paraíso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-me
Até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas
Há tanto tempo a acenar

Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse crítico de arte
Havia de declarar-te
Obra-prima à escala mundial
Mas eu não passo dum homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro
E o paraíso no teu olhar
Esse teu passo inseguro
E o paraíso no teu olhar"
(Jorge Palma)

segunda-feira, março 27, 2006

Image Hosted by ImageShack.us

Um dia destes paro e percebo. Hoje não. O corpo e a alma estão fatigados demais para executarem tal tarefa. Só quero fechar os olhos e esvaziar a mente de tudo o que não consigo entender. Pensamentos confusos que me toldam a razão e não me deixam ver mais além. Hoje vou apenas parar e não pensar em nada. Porque, por vezes, não pensar e não tentar entender é mesmo a melhor solução. Hoje vou parar, deitar a cabeça na almofada e esquecer. Porque amanhã tudo parecerá mais claro.


domingo, março 26, 2006

Uma chávena de chá... 


Aqueço as mãos na chávena de chá quente, ainda a fumegar. Deixo-me envolver por este aroma de que tanto gosto, mas não me atrevo a prová-lo. Está quente demais e correria o risco de me queimar caso o fizesse. Vou esperar. Vou deixá-lo arrefecer um pouco, mas não muito porque gosto do chá quentinho. Arrefecerá apenas o suficiente para não me queimar. E continuará suficientemente quente para que o sinta aquecer-me o corpo e confortar-me a alma. Já me queimei algumas vezes por insistir em beber o chá quente demais. Com o tempo aprendi que mais vale esperar um pouco e deixá-lo ficar à temperatura ideal para poder apreciar todo o seu sabor. Se me queimar já não consigo degustá-lo como merece. Observando outros percebi que essa mesma temperatura varia de pessoa para pessoa. Eu gosto dele quente, mas não a escaldar. E enquanto espero que arrefeça vou aproveitando para aquecer as mãos que estão quase sempre frias.
Fecho os olhos e respiro fundo. Repenso este pensamento e percebo que, por vezes, deveria lidar com a vida e com o que ela coloca no meu caminho como se de uma chávena de chá se tratasse...

quarta-feira, março 22, 2006

Falar de amor... 

Falar de amor, com amor pelo amor, sem duplos sentidos, ou intenções escondidas.
Falar de amor pelo prazer de trocar ideias e saber outras opiniões.
Falar de amor e confirmar, mais uma vez, a banalização da expressão “amo-te”.
Falar de amor com a esperança de que não se ama uma só vez na vida, porque seria muito triste se assim fosse.
Falar de amor, com amor pelo amor, acreditando que a vida ainda tem muito de bom guardado para cada um de nós.
Falar de amor com amor pelo amor e pela conquista constante que é necessária para não o deixar perecer. Porque há que saber conquistar o outro um pouco a cada dia que passa. Porque mais do que as palavras, o importante são os gestos, as demonstrações de afecto que se traduzem em tudo aquilo que aproxima duas pessoas que se amam.
Falar de amor, com amor pelo amor, apenas por falar.
Abrir a alma e deixar sair os mais profundos desejos sem receio de ser mal interpretada.
Gostei!
Um dia destes temos de repetir!
Beijo grande,
Ana :-)

sábado, março 18, 2006


Quando aqui cheguei era uma, outra, diferente. Hoje encontro-me redefinida e reestruturada. No meio do caminho fui vivendo e permitindo que a vida provocasse em mim as erosões próprias de quem não foge dela. As marcas dessas erosões são hoje aquilo que de mais precioso tenho. Boas, ou más, foram elas que me ensinaram muito do que sei. Houve alturas em que o que mais desejei foi travá-las. As marcas que hoje o são, eram na altura feridas que teimavam em não sarar. Eu tinha medo que novas feridas fossem criadas depois daquelas, ou ainda antes de elas sararem. E assim cedia, momentaneamente, à tentação de me refugiar dentro de mim, naquele lugar onde tudo se ia sedimentando e onde podia proteger-me das intempéries e das erosões da vida. É certo que cedo percebia que tinha de voltar a sair de dentro de mim, que era imperativo erguer a cabeça e enfrentar de peito aberto o que a vida me tinha reservado. E não raras foram as vezes que o fiz. Não raras foram as vezes que deixei aquele lugar para olhar a vida nos olhos e mostrar-lhe que não tinha medo dela. Mas sinto que agora é diferente. Algo mudou. E sinto-me mais segura dentro de mim.
As interrogações a mim mesma tornam-se constantes. Os porquês começam a suceder-se na minha mente. E eu começo a querer não responder a nada. Só faço as perguntas para as quais estou preparada para ouvir qualquer tipo de resposta. E, neste momento, não estou. Há coisas que devem ser mantidas como são. Se tentarmos mudá-las corremos o risco de corrompê-las e transformá-las em algo completamente diferente e desvirtuado. E eu não quero corromper nem desvirtuar nada. Mas se insistir em interrogar-me a mim mesma desta maneira, se insistir em deixar os porquês povoarem a minha mente, então as respostas tornar-se-ão imperativas, e o que eu quero manter tal como é perder-se-á para sempre.
Vou ficar aqui, assim, quietinha no meu canto, no meu lugar só meu, à espera que esta agitação passe, e que o mundo lá fora se reequilibre e isto desapareça. O ditado é antigo, mas nem por isso menos verdadeiro: “há males que vêm por bem”. E este mal chamado “falta de tempo” não poderia ter vindo em melhor altura.

Hoje toca por aqui "Cinema Paradiso", interpretado por Chris Botti. Este senhor toca trompete como ninguém... Espero que gostem...

terça-feira, março 14, 2006

De imperfeição é feita a vida... 

Mais uma vez, como todas as vezes.
Apenas mais uma, entre tantas outras.
Mais uma volta em espiral, imperfeita.
Porque de imperfeição é feita a vida!
Sermos apenas quem somos, sem medos.
Sorrir porque a vidas nos fez nós.
Erguer a cabeça e andar para onde for,
Porque o importante é não ficar parado
No mesmo lugar.
Atravessar a rua, se necessário.
Olhar à volta e ver quem está.
Não fechar a porta a quem chega.
Neste entra e sai constante de gente
Há sempre alguém que nos faz sorrir!
Há sempre alguém que nos ensina algo novo!
Há sempre uma mão que segura a nossa
E nos mostra um caminho!
Mais uma vez, como todas as vezes.
Apenas mais uma, entre tantas outras.
Mais uma volta em espiral, imperfeita.
Porque de imperfeição é feita a vida!

(Ana)

sexta-feira, março 10, 2006

"There's a life out there for me" 


Deixo-me envolver pela música, que me eleva o espírito e me ajuda a relaxar o corpo. "Piano Concertos (01 of 12)" de Mozart. Simplesmente genial e relaxante.
Semana agitada, esta última. Nem queria acreditar quando saí daquele lugar. Estava tão feliz. Já falta pouco para começar. Estou ansiosa. A realização do sonho está cada vez mais perto e agora depende de mim e de mais ninguém.
Hoje a Rita disse-me que ia ser crescida. Até tremi. É verdade, a minha priminha tem razão. É certo que a responsabilidade irá crescendo gradualmente e que só daqui por um ano começarei a ter responsabilidades de maior importância. Tenho receios, é verdade. Mas foi aquilo que sempre quis. Quando era pequenina e me perguntava o que queria ser quando fosse grande eu respondia logo, muito segura de mim, “vou ser advogada”. Os crescidos achavam piada ao pedaço de gente que eu era, que falava com tanta convicção e confiança. Recordo-me que quando entrei para a faculdade alguém me disse que não sabia que se eu era teimosa ou se realmente sempre tinha sabido aquilo que queria. Na altura acho que respondi que se não fosse para aquele curso não teria ido para mais nenhum. Teimosa sim, muito. Mas de um modo estranho, que nunca tentei perceber, acho que sempre soube o que queria. Mesmo quando era pequenina e andava na escola primária. Naquela idade em que as meninas querem quase todas ser médicas ou professoras e os meninos jogadores de futebol. Mesmo aí eu já dizia que queria ser advogada. E agora estou perto de o conseguir. Já só faltam quatro cadeiras para terminar o curso, e a realização do sonho está a aproximar-se a passos largos.
Receio? Tenho, não vou negar.
Ansiedade? Sinto, por certo, e bastante.
Vontade de dar o melhor de mim? Com toda a certeza. Como dou sempre em tudo aquilo de que gosto.
Saudades do que ficará para trás? Claro que sim. Estes cinco anos de faculdade foram até agora fabulosos. Aprendi e cresci como ser humano como nunca pensei ser possível.
Como diz a música, "There's a life out there for me..." e está quase, quase a começar...

quarta-feira, março 08, 2006

"Pequeno Pormenor" 

A vida é mesmo feita de pequenos pormenores... Palavras e gestos que nos marcam... Momentos que guardamos e que se eternizam na nossa memória... Os receios mais recentes já passaram... Agora nascem outros... A dúvida nasceu e só será dissipada com o decurso do tempo: “Será que estarei à altura? Serei eu capaz?”... A ver vamos... Mas darei tudo para que as respostas sejam o mais positivas possível...

"Pequeno Pormenor"

"Pequenas coisas que faltam na vida
Tornam as grandes incompletas
Pequenas coisas fazem parte
Não te esqueças
A grande ponte para lado nenhum
Fica distante da pequena estrada
Esburacada, onde arriscas a vida
necessáriamente

E se tudo é um todo
E o todo é que importa
Não ponhas de lado
Aquilo que falta

Mesmo que não tenhas tempo
Pensa o que tens a fazer
Mede bem a importância
Dum pequeno pormenor
Um parafuso no foquetão
Um beijo ao deitar, um papel no chão
Uma prenda com cartão, um voto aqui
Ali um não

A justiça em grande faz sombra à pequena
Frágil, diária de todos
Tantas pequenas injustiças
tornam falso o sistema
A pequena dor nunca aliviada
Nas filas de espera do grande hospital
torna a doer, mesmo que te digam
vais ser atendido mais lá pro outro natal

Se tudo é um todo
E o todo é que importa
Não ponhas de lado
Aquilo que falta

Mesmo que não tenhas tempo
Pensa o que tens a fazer
Mede bem a importância
Dum pequeno pormenor
Um parafuso no foquetão
Um beijo ao deitar, um papel no chão
Uma prenda com cartão, um voto aqui
Ali um não"


(letra: Tim
música: Xutos & Pontapés)

sábado, março 04, 2006

"Sonha o que quiseres,
sonhos grandes como
TU!!!"


Obrigada por me abraçares com as palavras, com os olhares e com os sorrisos...
Obrigada por me leres a alma e saberes o que sinto sem que eu precise de dizer...
Obrigada por este guardanapo de papel escrito na nossa mesa, no nosso café, no nosso Spazio... Naquele espaço em que o mundo não nos toca...
Simplesmente "Obrigada" por tudo aquilo que não se agradece e que só nós é que sabemos...

quinta-feira, março 02, 2006

Depois de muito reflectir percebi que apesar de não ter certezas quanto ao que quero, sobre o que não quero tenho certezas absolutas. E o que eu não quero é a tua presença de novo na minha vida! Não te quero de novo aqui a desarrumar-me a mente e o espírito. A encher-me o coração de ilusões. A ir embora no momento seguinte sem sequer dizer adeus. Não te quero de novo aqui. Fica onde estás. Deixa trancada a porta que fechaste quando foste embora da última vez. Fica desse lado, dá meia volta e vai-te embora. Deixa-me aqui, na paz que conquistei depois do furacão que foste na minha vida! Não vou viver tudo outra vez. Já vi este filme e não o quero rever. Há coisas que acontecem num determinado momento, mas que não podem ser repetidas sob pena de se corromperem a si mesmas. Não quero que a tua imagem se corrompa perante mim. Apenas não te quero mais na minha vida.
Vai, de vez! E não olhes para trás! A porta está fechada e não mais se abrirá para ti!

“Quebramos os dois”

“Era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares os teus inevitáveis

Eras tu a dançares em pleno dia
e eu encostado como quem não vê
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia

... afinal quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia

Eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estava
por ver o desespero na cor que trazias...

... afinal quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu a puxares-me para um lado mais perto
onde se contam histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata...!

Eras tu a ficar por não saberes partir...
e eu a rezar para que desaparecesses...
Era eu a rezar para que ficasses...
e tu a ficares enquanto saías.

... não nos tocamos enquanto saías.
não nos tocamos enquanto saímos.
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças

...afinal quebramos os dois...

...e é quase pecado o que se deixa...
...quase pecado o que se ignora...”
(Toranja)

quarta-feira, março 01, 2006

Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.

(Eugénio de Andrade)

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Pensamentos de outros...


moon phase
 
Músicas especiais...