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quarta-feira, março 03, 2004

O desfecho dos sentimentos... 

É sempre a mesma coisa... A estória repete-se sempre... Com uma ou outra diferença, mas acaba sempre por se repetir... E a interrogação surge sempre de um modo ou de outro... Mas está sempre lá... O que é que eu vou fazer contigo? O que é que vou fazer com a tua falsa presença na minha vida? Que lugar é que ocupas? Que lugar é que te vou dar dentro de mim, do meu coração, da minha alma?
Olho-te nos olhos mas não me deixas perceber-te os sentimentos... Dizem que os olhos são as janelas da alma... Mas os teus não são... Tens o mistério desenhado no sorriso... Ambos, sorriso e olhar, são indecifráveis... Sempre te disse que eras opaco, que não deixavas transparecer nada... E a resposta foi sempre a mesma: um sorriso... E o silêncio... Sempre o silêncio... A tua arma e o teu refúgio...
Sempre quis conhecer-te o coração... Entrar nele e encontrar um lugar para mim... Nunca consegui... Ou se consegui tu nunca foste capaz de o admitir...
Vivemos tempo demais convencidos que faziamos parte da vida um do outro... Mas nunca fizemos de verdade... E a culpa não foi só tua... Até porque não é justo culpar ninguém... Nunca fizemos parte da vida um do outro e ponto... O problema é que sempre estivemos convencidos do contrário...
Vejo-te passar por mim... Sinto-te olhar para mim... Sinto que sentes o mesmo que eu...
Olhamo-nos e não sabemos o que fazer com a presença um do outro... Não sei que lugar ocupas na minha vida, no meu mundo... E sinto que também tu tens o mesmo problema... Somos cordiais... Dizemos olá e damos beijinhos na cara... Mas falta a físca que faziamos cada vez que os nossos olhares se tocavam... Nunca tive a ilusão de que irias ser meu... Mas fica sempre o desejo daquilo que se queria e não se teve...
Sempre pensei que não te conhecia... Mas hoje vejo que te conheço até muito bem... És tão parecido comigo que até chateia... Quando gostas entregas-te sem reservas... E isso faz-me perceber que não chegaste a gostar de mim... Mas também tens muito medo de admitir que gostas... E isso faz-me pensar se não gostaste de mim ou se não o quiseste admitir... Vês... Somos parecidos... Até demais... Não entendes? Talvez um dia eu te explique... Talvez no dia em que não haja mais receio de falar, nem de ouvir... Sim, porque nunca permitiste que eu falasse, que eu te dissesse o que me ia na alma... Sabias perfeitamente bem que aquelas palavras me fariam recuar... Não me permitiriam falar... Talvez tenha sido melhor assim...
Vou continuar à procura de um lugar para ti na minha vida, embora com a certeza de que não o vou encontrar...
Não te quero mal... Não tenho porque querer... Só não te quero mais...
Gosto muito de ti... És muito importante...
Acredita que é verdade...
Mas eu nem precisava de dizer... Tu sabes que é verdade...

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