<$BlogRSDUrl$>

domingo, julho 31, 2005

"Tempestade" 


“Procurei-te na escuridão que me envolvia, apesar do sol que brilhava no céu… Vi-te chegar como uma luz que poderia iluminar o meu caminho… Os teus olhos escuros e sombrios foram, naquele momento, duas chamas que se acenderam e me guiaram… Estranho encontro o nosso… Uma troca de olhares inesperada… Uma troca de sorrisos e outra de palavras… Não te levei a sério… Nunca te levei a sério… Foste o que precisava naquele momento… Fizeste-me sonhar… Fizemos planos, mesmo sabendo que nunca se realizariam… Sabias que não ia ficar contigo… Nunca te escondi isso… Foste o meu porto seguro durante algum tempo… Até eu sentir que estava suficientemente forte para zarpar… E zarpei… Fiz-me ao mar e parti à aventura… O mar estava calmo e sereno… E naquele instante, na acalmia do mar, senti-me incompleta… Senti falta do teu olhar escuro e sombrio pousado em mim… Senti falta dos sonhos e dos planos a dois, que nunca seriam reais… Chamei o teu nome baixinho, na esperança de que a brisa marítima levasse até ti o meu chamado… Continuei a chamar, mas do mar apenas me chegava o som das ondas e o silêncio da brisa… De repente o céu tornou-se cinzento, escuro e tenebroso… Era como se a tempestade de emoções que estava a acontecer dentro de mim se tivesse tornado realidade… Acabei por atracar numa praia para ver a tempestade acontecer… E quando as primeiras gotas de chuva caíram e me molharam o rosto, confundindo-se com as minhas lágrimas, senti uma mão forte pousar-me no ombro, para depois escutar a tua voz sussurrar-me ao ouvido: “Sabia que ias voltar! Ouvi-te chamar por mim na brisa que vem do mar, mas não podia ir buscar-te. Tinhas de ser tu a voltar! E foi de novo a escuridão que te trouxe até mim!”… E tinha voltado mesmo… Estava de novo, sem saber muito bem como, naquela praia onde tinhas sido o meu porto de abrigo… Afastaste-te e disseste-me que me deixavas sozinha até que a tempestade passasse… Não querias que voltasse ao nosso abrigo só por causa dela… E fiquei a vê-la acontecer…”

sábado, julho 30, 2005

Não demores... 


Era esta a música que escutava quando li aquelas palavras, aquela verdade… A tua verdade… Cada vez que a ouço lembro-me de ti… É uma música bonita e cheia de sentido… Mas não é pelo seu sentido que ela me faz recordar-te, é pelo momento que marcou… Curiosamente, dias depois, em conversa, descobri que também gostas muito desta música… E foi esse o motivo que me levou a colocá-la aqui hoje… E vai continuar a tocar até voltares e me dizeres:”Ó miúda, muda lá a música porque já chateia!”…
Vou ter saudades das nossas conversas… Vou ter saudades tuas… Mas desejo muito que voltes rápido… Mais forte e mais tu… Até lá deixo por aqui a tocar a tua, a minha, a nossa música (uma das)… Ah, deixo-te também uma das minhas aventuras fotográficas… Muitos pensarão no porquê de uma flor artificial em vez de uma natural… Mas a explicação é simples: as flores artificiais não murcham, nem perdem a sua beleza, assim como as amizades verdadeiras… E mais acho que não é necessário dizer…
Vou ficar à tua espera, e à espera daquele abraço grande e apertadinho…
Não demores…

"Deixa-te ficar na minha casa"

"Tenho livros e papéis espalhados pelo chão
A poeira de uma vida deve ter algum sentido
Uma pista, um sinal de qualquer recordação
Uma frase onde te encontre e me deixe comovido

Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locais porque brincas porque ris
E depois o arrepio, a memória dos afectos
Que me deixa mais feliz

Deixa-te ficar na minha casa
Há janelas que tu não abriste

O luar espera por ti quando for a maré vaza
Ainda tens que me dizer porque é que nunca partiste

Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade
Afinal eternamente

Deixa-te ficar na minha casa
Há janelas que tu não abriste

Deixa-te ficar na minha casa
Há janelas que tu não abriste

O luar espera por ti quando for a maré vaza
Ainda tens que me dizer porque é que nunca partiste"
(Filarmónica Gil)

domingo, julho 24, 2005


A amizade sempre teve para mim um valor incomensurável… Sempre acreditei que os amigos, os verdadeiros, são a família que escolhemos… São pessoas que nos completam de alguma forma… Pessoas que nos ouvem e respeitam, mesmo que muitas vezes não concordem com as nossas decisões e atitudes… Pessoas de quem gostamos mesmo conhecendo os defeitos e as qualidades… São aquelas pessoas que gostam de nós pelo que somos e não pelo que aparentamos, muitas vezes, ser… São aquelas pessoas que secam as lágrimas da nossa alma e compartilham os sorrisos do nosso coração… Os amigos estão sempre lá quando precisamos deles, e sabem que nos vão encontrar sempre que precisarem de nós… Sem os meus amigos a minha vida seria mais triste e incompleta…
Hoje, quando o telemóvel deu o sinal de mensagem, esperava encontrar uma mensagem de quem quer que fosse, menos daquela pessoa… Já não conversamos há tanto tempo… Já nem sei se ainda a conheço… Fomo-nos afastando, e quando me dei conta havia muitas barreiras entre nós… Muitas coisas que se haviam perdido pelos seus devaneios… E tudo num período de tempo relativamente curto… Lembro-me tão bem das longas conversas, especialmente as do Verão passado… O nosso Verão de mudança, como lhe chamávamos… E foi mesmo… Afastamo-nos…
Queríamos mudar algumas coisas que estavam mal nas nossas vidas… Eu mudei… Deitei para trás das costas o que me fazia menos feliz, e reencontrei a alegria dentro de mim mesma para depois a descobrir nuns olhos verdes doces que me deram esperança… Ela não mudou nada… Continuou presa ao passado, sem fazer o que quer que fosse para se libertar dele… Quando olho para trás e relembro aquela altura, penso posso ter sido intolerante… Mas no momento seguinte percebo que não… Não foi o facto de ela continuar presa ao passado que me ia afastar… Éramos amigas e eu ia apoiá-la sempre… O que nos afastou foram outras coisas, bem mais graves e sérias… Ainda assim, aquela mensagem de hoje mexeu comigo… E fez-me pensar se ainda haveria, ou não, alguma hipótese para aquela amizade que um dia houve entre nós…
Não sei… Sinceramente, não sei… Acho que só o tempo o dirá…

sábado, julho 23, 2005

"Be My Escape" 

"I’ve given up on giving up slowly, I’m blending in so
You won’t even know me apart from this whole world that shares my fate
This one last bullet you mention is my one last shot at redemption
because I know to live you must give your life away
And I’ve been housing all this doubt and insecurity and
I’ve been locked inside that house all the while You hold the key
And I’ve been dying to get out and that might be the death of me
And even though, there’s no way in knowing where to go, promise I’m going because
I gotta get outta here
I’m stuck inside this rut that I fell into by mistake
I gotta get outta here
And I’m begging You, I’m begging You, I’m begging You to be my escape.

I’m giving up on doing this alone now
Cause I’ve failed and I’m ready to be shown how
He’s told me the way and I’m trying to get there
And this life sentence that I’m serving
I admit that I’m every bit deserving
But the beauty of grace is that it makes life not fair

Cause I’ve been housing all this doubt and insecurity and
I’ve been locked inside that house all the while You hold the key
And I’ve been dying to get out and that might be the death of me
And even though, there’s no way in knowing where to go, promise I’m going because
I gotta get outta here
Cause I’m afraid that this complacency is something I can’t shake
I gotta get outta here
And I’m begging You, I’m begging You, I’m begging You to be my escape.

I am a hostage to my own humanity
Self detained and forced to live in this mess I’ve made
And all I’m asking is for You to do what You can with me
But I can’t ask You to give what You already gave

Cause I’ve been housing all this doubt and insecurity and
I’ve been locked inside that house all the while you hold the key
And I’ve been dying to get out and that might be the death of me
And even though, there’s no way in knowing where to go, promise I’m going because
I’ve gotta get outta here
I’m stuck inside this rut that I fell into by mistake
I’ve gotta get outta here
And I’m begging You, I’m begging You, I’m begging
You to be my escape.

I fought You for so long
I should have let You in
Oh how we regret those things we do
And all I was trying to do was save my own skin
But so were You

So were You"

(Relient K)

sexta-feira, julho 22, 2005

A tristeza invadiu-me o peito e os meus olhos ameaçaram chorar… Não deixei… Mas chorei, e ainda choro, por dentro… A minha alma chora sem que eu a consiga fazer parar… Tudo isto me custa… Tudo isto me dói… As coisas aconteceram exactamente como não deveriam ter acontecido… E eu fiquei triste… Senti-me culpada…
Disseste-me, também, que as minhas palavras te tinham assustado… Gelei… E mais uma vez tive vontade de libertar as lágrimas aprisionadas nos meus olhos… E mais uma vez não o fiz… E continuei a chorar por dentro… E fiquei aqui, assim, triste e com saudades tuas… Com saudades de te ter aqui e de me refugiar nos teus braços… É como diz a Mafalda Veiga “esta noite há qualquer coisa que me fere/ e que me faz querer tanto ter-te aqui”… E eu sinto-me mesmo ferida… Dizes que não gostas de ouvir a minha voz assim ao telefone… Mas não consigo controlar… É mais forte do que eu… Quando ouvi a tua voz do outro lado quase não me consegui controlar… Não vais ouvir-me, nem ver-me, chorar… As minhas lágrimas são só minhas… E as que já não consigo conter ainda mais o são…
Não fui forte, não fui capaz…
Desculpa, mas não fui capaz…

quinta-feira, julho 21, 2005



“Gosto de te ver chegar com esse ar de menino malandro. Cabelo despenteado pelo vento. Sorriso maroto nos lábios. E a confiança estampada no olhar. És um sonhador! Sempre foste. Mas acreditas nos teus sonhos acima de tudo. E isso dá-te força e coragem. Para ti a vida não faz sentido se não for comandada pelo sonho. Não é à toa que “A Pedra Filosofal” é o teu poema preferido. “Eles não sabem que o sonho / é uma constante da vida / tão concreta e definida / como outra coisa qualquer…” Foi o primeiro poema que me leste. Disseste que querias partilhar comigo aquilo que de mais teu tinhas, os teus sonhos. E eu acreditei, porque não podia deixar de o fazer. Sempre tiveste comigo a sinceridade de uma criança. E talvez tenha sido essa a razão que me levou a apaixonar-me por ti.
Quando nos conhecemos contaste-me que o teu sonho de menino era ser astronauta. E que não sabias muito bem como é que tinhas acabado por seguir as pisadas do teu Pai. “Nunca me imaginei médico! Isso era profissão de gente grande e eu não queria crescer!” Talvez seja por isso, por essa vontade imensa que sempre tiveste de não crescer, que ainda hoje tens esse ar de menino malandro que tanto me encanta.
Vejo-te caminhar na minha direcção e sinto aquele frio no estômago. Passado tanto tempo a tua presença ainda consegue ter em mim o mesmo efeito arrebatador. Vens com um ar mais cansado do que é habitual. Mas, ainda assim, de sorriso nos lábios. É nestas alturas, quando te vejo chegar assim, que percebo que a inevitabilidade existe. A inevitabilidade que me fez olhar-te de maneira diferente no dia em que nos conhecemos.
E que me faz sentir que vais voltar sempre para os meus braços depois de mais um dia cansado, para dar largas aos sonhos e ser feliz.”

segunda-feira, julho 18, 2005

"6º Sentido" 

Gostei da música… Gostei da letra… E, com a devida autorização de quem lhe dá voz, resolvi partilhar esta música convosco… Espero que gostem... Eu gosto… Faz sentido este “6º Sentido”…


Letra: Sete
Música e Voz: Bem Visto

"6º Sentido"

"Diálogo surdo,
Ouvido à espera
Por outras imagens,
Um toque quem dera!

Um cheiro sem pele,
Um som sem olhar
A um sabor alheio,
Um beijo roubar.

Presente sempre em ti um 6 º sentido
Que me pressente num riso contido
À minha frente um futuro perdido
Mas ao meu lado um presente contigo


Perguntas-me, num olhar
Abarcas-me, num perfume
Mesmo que evite mostrar
O teu 6º sente-me em lume

Entre suspiros rápidos
Teu sensorial tacteio
Aos gemidos desfocados
Ausento-me no teu seio


Presente sempre em ti um 6 º sentido
Que me pressente num riso contido
À minha frente um futuro perdido
Mas ao meu lado um presente contigo

Presente sempre em ti um 6 º sentido
Que me pressente num riso contido
À minha frente um futuro perdido
Mas ao meu lado um presente sentido

Um 6º sentido"

terça-feira, julho 12, 2005

"Unwritten" 

Acredito em recomeços… Se não acreditasse não estaria hoje onde estou… E acredito que o Teu não está longe… É uma questão de tempo… Acredito nisso… Porque sim… Porque mereces… Porque a vida fecha uma porta mas abre sempre uma janela… E Tu até sabes que sim… Talvez esta fase da Tua vida sentimental tenha sido necessária para aprenderes novas coisas sobre Ti e sobre os outros… Aprenderes ainda mais… Para descobrires novas pessoas que Te dão o melhor que têm, sem pedirem nada em troca, só mesmo um sorriso Teu… Acredito em Ti e no teu recomeço… Por isso Te deixo esta música… Porque quase tudo está por escrever… Porque a cada dia que passa as nossas folhas em branco se vão preenchendo… Porque há sempre algo mais a escrever…
Espero que gostes…
Um beijo muito grande…

“I Am Unwritten,
Can't Read My Mind,
I'm Undefined
I'm Just Beginning,
The Pen's In My Hand,
Ending Unplanned

Staring At The Blank Page Before You,
Open Up The Dirty Window
Let The Sun Illuminate The Words That You Could Not Find
Reaching For Something In The Distance
So Close You Can Almost Taste It
Release Your Inhibitions

Feel The Rain On Your Skin
No One Else Can Feel It For You
Only You Can Let It In
No One Else, No One Else
Can Speak The Words On Your Lips
Drench Yourself In Words Unspoken
Live Your Life With Arms Wide Open
Today Is Where Your Book Begins
The Rest Is Still Unwritten

Oh, Oh, Oh

I Break Tradition,
Sometimes My Tries,
Are Outside The Lines (yeh yeh)
We've Been Conditioned To Not Make Mistakes,
But I Can't Live That Way

Staring At The Blank Page Before You,
Open Up The Dirty Window
Let The Sun Illuminate The Words That You Could Not Find
Reaching For Something In The Distance
So Close You Can Almost Taste It

Release Your Inhibitions


Feel The Rain On Your Skin
No One Else Can Feel It For You
Only You Can Let It In
No One Else, No One Else
Can Speak The Words On Your Lips
Drench Yourself In Words Unspoken
Live Your Life With Arms Wide Open
Today Is Where Your Book Begins

Feel The Rain On Your Skin
No One Else Can Feel It For You
Only You Can Let It In
No One Else, No One Else
Can Speak The Words On Your Lips
Drench Yourself In Words Unspoken
Live Your Life With Arms Wide Open
Today Is Where Your Book Begins
The Rest Is Still Unwritten

Staring At The Blank Page Before You,
Open Up The Dirty Window
Let The Sun Illuminate The Words That You Could Not Find
Reaching For Something In The Distance
So Close You Can Almost Taste It
Release Your Inhibitions


Feel The Rain On Your Skin
No One Else Can Feel It For You
Only You Can Let It In
No One Else, No One Else
Can Speak The Words On Your Lips
Drench Yourself In Words Unspoken
Live Your Life With Arms Wide Open
Today Is Where Your Book Begins

Feel The Rain On Your Skin
No One Else Can Feel It For You
Only You Can Let It In
No One Else, No One Else
Can Speak The Words On Your Lips
Drench Yourself In Words Unspoken
Live Your Life With Arms Wide Open
Today Is Where Your Book Begins
The Rest Is Still Unwritten
The Rest Is Still Unwritten
The Rest Is Still Unwritten

Oh, Yeah, Yeah”
(Natasha Bedingfield)

sábado, julho 09, 2005

Ganhei... 




Sem nada a esconder abri-te o coração e deixei-te entrar. Ocupaste o espaço que tinha prometido a mim mesma que ficaria vazio. Aquele espaço que tinha decidido fechar a cadeado para que mais ninguém conseguisse lá entrar, pelo menos naquele momento. Sim, deixei-te chegar perto. Deixei que entrasses na minha vida sem saber bem que lugar irias ocupar.
Bateste à porta e eu abri. Não pediste licença e foste entrando. E eu passei a querer-te aqui. Não sei bem como nem porquê. Simplesmente passaste a fazer parte da minha vida. E eu tive medo. Receio de perder a minha paz e a minha liberdade. Mas como diz a Mafalda Veiga, numa das músicas que tanto gosto e que tu dizes que te deixam meio triste, “lá fora nem sempre o vento sabe a liberdade”. E fui percebendo isso aos poucos. Fui percebendo que ter-te aqui não significava perder nada. E não perdi. Ganhei. Ganhei o que temos e o que me fazes sentir. Ganhei os sorrisos meigos e os olhares doces com que me presenteias. Ganhei o teu afecto e todas as formas pelas quais o demonstras. Ganhei isto e muito mais.
Somos muito diferentes. Em muitas coisas somos mesmo o dia e a noite. Mas como dizes, há uma coisa em que somos iguais, e que, no fundo acaba por ser o fundamental. Somos iguais de coração. Somos iguais na maneira de sentir. Somos iguais na maneira de nos sentirmos um ao outro. E é isso que me leva para perto de ti todas as vezes em que parece que a distância se vai instalar entre nós. Quando as palavras nos fazem mal e nos deixam tristes é esta certeza, de sermos tão iguais no que sentimos, que me faz ver que as palavras são ultrapassáveis, como já foram algumas vezes. Há coisas que não te digo, nem vou dizer. Já não sou capaz. Sabes bem porquê. Melhor do que ninguém sabes porquê. Mas o importante é o que se mostra. E também sabes isso.
Muitas são as vezes em que parece que nada valeu a pena. Parece que tudo foi em vão. Sinto-o. Como se as minhas palavras caíssem no vazio, como eu me sinto cair. Mas tu não deixas. Dás-me a mão e seguras-me cá em cima, para que eu não caia. Mostras-me que sou forte e que estás comigo. Dizes as palavras que me fazem acreditar em mim. Que me fazem acreditar em ti. Que me fazem acreditar em nós. E é por acreditar que estou hoje aqui, sentada a escrever estas palavras. Porque não importa quem as leia. Não importa o sentido que os outros lhes possam dar. Apenas importamos nós, como somos e como nos sentimos. É o que sinto. E sei que sentes o mesmo. Nada mais importa.

sexta-feira, julho 08, 2005

A Mónica escreveu este post sobre Leucemia
Leiam e pensem… É só o que vos peço…

sexta-feira, julho 01, 2005

Image Hosted by ImageShack.us


“Há quem diga que recordar é viver. Não sei se acredito, ou não. Mas que há recordações que nos assaltam e nos fazem recuar no tempo, lá isso há. O que não se espera acontece e damos por nós transportados para um tempo que já passou. Percebi isso hoje nos teus olhos. Juntos recuamos no tempo. Eu tremi. E senti-te tremer. Foges destas viagens no tempo tanto como eu. Muitas são as vezes que passamos ao lado um do outro tentando disfarçar. Olho-te querendo passar despercebida, mas, no fundo, desejando que voltes a perceber-me no teu caminho. Sinto que fazes o mesmo. Por vezes fazes saltar o meu coração. Brindas-me com um bom dia e um sorriso daqueles capazes de me desarmar, como só tu tens. Outras vezes sou eu quem te deixa visivelmente nervoso. Percebo-o quando te vejo brincar freneticamente com a caneta, fazendo-a rodar por entre os dedos com uma habilidade que muitos tentam imitar sem conseguir. Ainda te conheço tão bem. Ainda me conheces tão bem. Somos as duas peças do puzzle que se encaixam na perfeição, mas que decidiram que não queriam nada que se assemelhasse a esse entendimento perfeito de duas almas que se completam numa conjunção perfeita e única. No fundo somos dois teimosos que não quiseram dar o braço a torcer e abdicar da sua tão amada independência para se amarem um ao outro.
Hoje, naquele instante em que os nossos olhares se prenderam e um sorriso maroto se desenhou nos teus lábios, senti que nada tinha mudado. Mas, no momento seguinte, percebi que afinal não era bem assim. A barreira que erguemos entre nós voltou a tomar forma e cada um seguiu o seu caminho.
Cada vez que me lembro daquela arrependo-me de ter-te dito que sim, que tinha a certeza de que o melhor para nós era ficarmos juntos. Via nos teus olhos que querias que eu dissesse outra coisa, que te dissesse que não, que queria ficar contigo. Mas o orgulho, aquela coisa má que ambos temos, não me permitiu fazê-lo. Ouvi dizer que vamos trabalhar juntos daqui a uns meses. Vai ser uma tortura. Estarmos tão perto e tão longe.”

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Pensamentos de outros...


moon phase
 
Músicas especiais...