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sábado, abril 29, 2006

Às vezes, sem nos darmos conta, percebemos que aquilo que parecia tão mau, afinal não é assim tanto. Comecei a noite com a mente povoada por pensamentos que me faziam menos bem. Mas rapidamente os afastei. Esvaziei a cabeça de tudo o que me deixava em baixo e, pela primeira vez em muitos meses, consegui descontrair de verdade e ser eu. A meio da noite já me doía a barriga de tanto rir. A companhia estava excelente e a conversa animada. É certo aquelas coisas que mais parecem uns baldes eram muito feias, mas piada, piada, teve a dança das palhinhas...
Há surpresas bem agradáveis... E a noite de ontem foi um bom exemplo disso mesmo... Quem diria que uma noite que começou com humores menos alegres, iria terminar assim??? E pensar que quando combinamos éramos só as duas...

segunda-feira, abril 24, 2006

Nada é garantido 

Há pequenas coisas, pormenores importantes que tendemos a relativizar. E vamos relativizando até ao dia em que aquilo que tomamos como dado adquirido deixa de o ser. E essas pequenas coisas, esses pormenores tão importantes e que tão relativizados foram, começam a fazer-nos falta, tal era a sua constância e certeza na nossa vida.

Mas será que sentimos falta dessas pequenas coisas porque o hábito de as termos já está profundamente enraizado em nós? Ou será que a sua falta origina um verdadeiro vazio em nós?

(Devería estar com atenção, é certo, mas o dumping e o anti-dumping não são propriamente as minhas matérias preferidas. No meio da conversa e dos risos o assunto surgiu. As questões ficaram no ar. As respostas foram inconclusivas!)

domingo, abril 23, 2006

Faltam as palavras que não se dizem... Faltam os gestos que não se têm... Falta aquilo que se adia, de novo, por não poder ser... Há coisas que só acontecem mesmo quando têm de acontecer, e parece que o momento não é este, como já não foi, uma vez... Mas sinto que agora é diferente... Não sei bem porquê, mas sinto-o... Se, da outra vez, eu achava que o “adeus” seria definitivo, e não foi, desta vez não sei o que pensar...
De um momento para o outro aquilo que fazia tanto sentido deixa de o fazer, não por mim mas pelo que falta... Há coisas que só acontecem mesmo quando têm de acontecer, e parece que o momento não é este, como já não foi, uma vez... Mas desta vez, a certeza de que nunca será enraíza-se em mim de um modo mais intenso...
E a vida acontece...


Duas horas de emoções fortes... A amizade retratada na sua essência mais pura, como aquilo que é de verdade: a mais bela forma de amor... Não conto a história, apenas aconselho a que vejam porque vale mesmo a pena...
Deixo-vos com a versão do musical de uma das minhas músicas preferidas dos Xutos e Pontapés... No musical esta música é cantada em dueto e representa o início de uma história de amor... Espero que gostem...


"À minha maneira"

”Em qualquer dia
A qualquer hora
Vou estoirar
P'ra sempre
Mas entretanto
Enquanto tu duras
Tu pões-me
Tão quente

Já sei que hei-de arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira

Por esta estrada
Por este caminho a noite
De sempre
De queda em queda
Passo a passo
Vou andando
P'ra frente

Já sei que hei-de arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira”

quinta-feira, abril 13, 2006

"Relações Humanas" 

Existirá coisa mais complicada do que as "relações humanas"? Tenho em crer que não!
Vai desde dizer que não se gosta, quando se gosta, até negar a atracção que ambos sentem. São os duplos sentidos, os sorrisos discretos, os olhares cúmplices que não se assumem!
Duas pessoas que se conhecem e não se suportam! Fazem má cara uma à outra. Quando partilham o mesmo espaço sentem que o ar está mais pesado devido à presença um do outro. Depois a vida acontece, muda, e aquelas duas pessoas que não se suportavam acabam por se perceber como homem e mulher. A relação evolui e a sua concretização não tarda.
Duas pessoas que se conhecem e se sentem atraídas uma pela outra. Uma atracção que, por forças das circunstâncias, tem de ser coarctada. Esta circunscrição dá-se e dura até ao momento em que aquelas duas pessoas voltam a entrar no caminho incerto da atracção. Mas esta é diferente da primeira, sem barreiras aparentes, sem uma necessidade de concretização imediata. Ambos estão diferentes. Aprenderam a estar na vida um do outro, e a necessidade do toque, do cheiro, de um envolvimento mais intenso e profundo já não é imperativa. Ambos sabem que na vida tudo acontece quando tem de acontecer.
Duas pessoas que se conhecem e uma delas apaixona-se sem que com a outra aconteça o mesmo. A relação evolui e acabam por se tornar muito amigos, os melhores amigos. O sentimento do que se apaixonou acaba por ser correspondido, transformando-se em algo mais do que paixão. Mas é um amor que nenhum dos dois sabe viver e o afastamento torna-se inevitável. Mas até quando?
Estes são apenas alguns dos muitos exemplos que poderia elencar sobre a complexidade das "relações humanas". Não podemos esquecer nunca os mais frequentes que são aquelas situações em que uma pessoa se apaixona por outra que, por sua vez, está apaixonada por outra; ou aquelas situações em que um é o eterno amigo do outro, sem nunca ser capaz de corresponder ao afecto que extravasa a amizade e que lhe é dedicado; ou ainda aquelas em que quem sente esconde por receio ou por vergonha. E as situações somam-se e acumulam-se, multiplicando-se por si mesmas e dando origem a novas situações.
No que toca a sentir e a viver as "relações humanas" não importa a idade, o sexo, a religião, a profissão, ou o que quer que seja. No que toca a sentir somos todos humanos, e é nessa qualidade que sorrimos, choramos, enfim, sentimos.
Nas "relações humanas" o futuro é a incógnita que todos queremos desvendar, sem nunca percebermos que tudo o que temos é o aqui e o agora. Que se não vivermos hoje o que temos, podemos não ter a oportunidade de vivê-lo amanhã. Uma das máximas pelas quais me guio diz que mais vale arrepender-me daquilo que fiz do que daquilo que deixei por fazer. E não são necessárias loucuras ou actos impensados para vivê-la plenamente. Cada um tem os seus limites e é dentro deles que se deve ponderar o que se faz e o que se deixa de fazer. Acredito que viver o presente é sempre melhor que esperar pelo futuro incerto. Mas para viver o presente de uma "relação humana" são sempre necessárias duas pessoas, e nem sempre as vontades delas estão coordenadas.
Existirá coisa mais complicada do que as "relações humanas"? Tenho em crer que não!

Para completar este post nada melhor do que uma música que mostra o quão complexa pode ser uma relação entre duas pessoas...


"Problema de Expressão"

“Só pra dizer que te amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até no momento em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.”

(Clã)

terça-feira, abril 11, 2006


Porque existem sentimentos que apesar de sinceros não conseguem ser vividos...

"Continuas a apanhar-me por dentro, das maneiras mais inimagináveis. Tento esquecer-te e esquecer o que foi, o que fomos e o que poderíamos ter sido. Mas não me deixas. Relembras-me sempre a tua existência e deixas-me presa a algo que não sei se algum dia será real. E torno-me, assim, prisioneira dos sonhos que alimento, e que vais alimentando sem saber, na tua distância inultrapassável. A barreira que impuseste entre nós não é verdadeiramente verdadeira. É um abismo que só tu podes transpor. Não me permites passar para o outro lado.
Quando nos conhecemos abri-te o meu mundo e mostrei-te o melhor de mim. Os meus medos e as minhas dúvidas também lá estavam. Olhaste-as e viste-as. Aceitaste-as, ou pelo menos eu pensava que sim. Mas depois foste embora, regressando sempre de uma maneira ou de outra, sempre para que eu nunca te esquecesse. Somos linhas paralelas neste universo geometricamente perfeito. Linhas que jamais se cruzarão, porque as leis da geometria são invioláveis. E é nesta certeza que encontro, mais uma vez, força para seguir com a minha vida sem esperar que tu resolvas voltar a ela. Mas eu queria que voltasses... Só que o tempo que passa mostra-me, um pouco mais a cada dia, que não vais voltar..."

quinta-feira, abril 06, 2006

"Vida Normal" 

A vida é feita de momentos. Alguns bons, outros nem por isso. Momentos que nos fazem rir e chorar. Momentos que partilhamos com todos aqueles de quem gostamos e que gostam de nós. Hoje, como diz a música, celebro a minha “Vida Normal”. Porque tenho a sorte de ter como amigos pessoas fabulosas que nunca me deixam cair.
A todos o meu MUITO OBRIGADA!!!


Vida Normal

“Celebração de uma vida normal
O que faço, faço bem
Não tenho montes de coisas que montes de gente tem
Mas digo tantas cenas que eu fiz
Tantas cenas que sinceramente me fazem feliz
São as experiências, são as pessoas
São as vivências que transformam vidas simples em vidas boas
Interesso-me mais sobre aquilo que eu vivo
Que sobre aquilo que vens viver
Pura e simplesmente o meu motivo é levar a vida até onde der yo
Aquilo que puder yo, go
Venha o desafio, eu confio no meu flo.

Então vá ya, fica na boa
A vida é um livro, escreve a tua página
Mas espera lá ya, já estás tu cá ya
Então já falamos yaya, até já

Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto

Volta, volta atrás,
Pára o beat, vê se me entendes
Antes que eu me irrite
O que importa não é o telemóvel é que está do outro lado
O que importa não é o automóvel
É quem lá está sentado
Não importa a miúda óptima
O que importa é seres amado
Fazeres o trabalho bem feito e por isso seres bem pago yo
Espera, quebra por ti
Não esperes que ninguém te dê nada a ti
Yo, vê o que se passa, filtra a informação
Já que o mundo é de consumo
Consome com mais atenção
O truque não está em ser diferente está em ser mais exigente
Naquilo que procuras pa ti

JÚNIOR yo papa (sabes puto, mais nada)

Então vá ya, fica na boa
A vida é um livro, escreve a tua página
Mas espera lá ya, já estás tu cá ya
Então já falamos yaya, até já


Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto

Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto
Vive o que tens yo, não vivas nada dos outros
Faz o que há ya, vive e toma-lhe o gosto.”

(Júnior)

terça-feira, abril 04, 2006

Há coisas que têm mesmo de ser... 

Durante muito tempo receei o momento. Adiei-o vezes demais. Faltava-me coragem para enfrentar de novo aqueles olhos verdes que um dia me enfeitiçaram. Mas ganhei coragem e lá fui eu de peito aberto, pronta para qualquer reacção. Tinha de o fazer. Devia isso a mim mesma. Era o fechar de um círculo. Tinha de ser capaz. As pontas soltas podem enlear-nos mais cedo ou mais tarde. E isso não poderia, de todo, acontecer. As pernas tremeram, é certo. Mas tinha de ser feito.
Há muito tempo que não falávamos. Há muito tempo que não havia entre nós mais do que umas trocas de olhares ao longe, em jeito de cumprimento, e uns sorrisos cordiais que demonstravam, apenas, a nossa boa educação. Quando as portas se fecham deixamos de conseguir ver o que está do outro lado. E mesmo quando espreitamos pelo buraco da fechadura, aquilo que vemos é mínimo comparado com aquilo que vimos um dia. As portas fecharam-se, a vida aconteceu e mudou. Quando se gostou muito de alguém, como eu gostei dele, há coisas que permanecem para sempre na nossa mente e no nosso coração. O que um dia foi intenso e arrebatador transforma-se em numa recordação de carinho e ternura. Aqueles olhos verdes já não são mais do que uns olhos verdes que me recordam os sonhos que um dia sonhei.
Depois daquele momento regressei ao meu lugar e respirei fundo. Afinal não custou assim tanto! E há coisas que têm mesmo de ser...

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