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terça-feira, agosto 31, 2004

... 

Estou tão cheia de um tudo que, por vezes, se assemelha ao vazio que não consigo encontrar as palavras certas... Os sentimentos certos... Não consigo encontrar forma de expressar o que vai cá dentro...
Talvez amanhã seja mais fácil...
Hoje faltam-me as palavras... Faltam-me os sentimentos... Faltam-me os sentidos que me permitem coordená-los...

domingo, agosto 29, 2004

Amor e Sexo 

A música da semana… Espero que gostem que a apreciem enquanto lêem…
Beijinhos para todos os que aqui passam para me ler…

"Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa... "

Rita Lee


Nunca mais é quarta-feira... 

Está quase… Vamos encontrar-nos de manhã… Pôr as cusquices todas em dia… Vamos almoçar… Rir…
Estou cheia de saudades tuas...
Este último mês passou a correr… E apesar de ter mudado tudo, parece que está tudo na mesma… Sei que sentes o mesmo… As coisas aconteceram connosco quase ao mesmo tempo… E apesar das circunstâncias serem bem diferentes, há pontos de contacto demais… No outro dia estava a olhar para os post-its que tenho em cima da secretária e comecei a rir-me sozinha… Lembrei-me de ti… Lembrei-me da Mag… Lembrei-me do amarelo… Resultado: quase 5 minutos a rir-me sozinha…
No outro dia descobri uma coisa no meu quadro de cortiça: o desenho de um coelho… Voltei a lembrar-me de ti… Voltei a lembrar-me da Mag… E daquela gravação que vocês fizeram antes de uma teórica de Obrigações… Sorri sozinha… Fechei os olhos e lembrei aquele dia… Era 6ª feira… Eu tinha chegado do dentista… E vocês deram-me o gravador… Pediram-me para ouvir a gravação porque achavam que não estava muito bem… Qual não foi o meu espanto quando ouvi a vossa voz na cassete a dizerem aquilo… Só vocês… Doidas…
Sabes, tenho pena que os nossos “caminhos” se separem aqui… Mas tem mesmo de ser… Não seríamos felizes de outra maneira… A minha decisão está tomada… A tua também… E a da Mag também já deve estar…
Agora é ver…
Agora com quem é que eu vou conversar na aulas??? Assim não vale…
Mas o que é certo é que há coisas mais fortes do que estarmos em turmas diferentes… E isso é que importa…
Ah! E para que não haja dúvidas: eu sei que vou adorar o teu presente…
Beijinhos grandes,
Ana.

P.S.- Quarta-feira lá nos encontramos, no bar velho…

sábado, agosto 28, 2004

Nuvens... 

O céu está cinzento… Carregado de nuvens escuras que ameaçam chover a qualquer momento…
O céu está triste… E a sua cor cinzenta não é mais do que um amontoado de tristezas que já não podem ser escondidas… E as gotas de chuva que ameaça derramar não são mais do que as lágrimas que acumulou e agora não consegue conter…
O céu está triste… O céu quer chorar… É como se o seu e o meu ser fossem um só… Cinzentos e carregados de tristezas… Os meus olhos são nuvens que ameaçam chover a qualquer momento… Estão carregados de lágrimas salgadas que representam tudo aquilo que guardei cá dentro este tempo todo…
Já Pessoa dizia que “O amor é um sonho que chega para o pouco ser que se é” … Sonhei… E quando acordei percebi que o sonho tinha terminado e que a luz do dia invadia o meu quarto e os meus olhos… Mas a escuridão da noite ficou no meu ser… Não sei se não soube sentir… Ou se simplesmente senti o que devia ter evitado… O certo é que calei e guardei para mim tudo aquilo… E agora os meus olhos estão carregados de lágrimas e tristeza, tal como as nuvens cinzentas que povoam o céu…
Lá fora as nuvens choram… Cá dentro os meus olhos chovem…


13 de Março, 2004

sexta-feira, agosto 27, 2004

Fernando Pessoa 

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser,só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu."


As Leis da Atracção 

Um divórcio...
Dois advogados...
Um mal entendido...
Um pedido de desculpas...
Uma provocação...
Uns copos a mais...
Uma noite de sexo...
O dia seguinte...
Uma audiência...
Uma peça de roupa interior...
Um desafio...
Novos divórcios...
Os mesmos advogados...
Um castelo na Irlanda...
Uma celebração local...
Um casamento...
Um acaso...
Uma audiência...
Um argumento pouco ético...
Um pedido de divórcio...
Uma confissão de amor...
Uma viagem forçada...
Uma descoberta...
Um "entregar de armas" e uma "rendição"...
Um correr atrás...
Um desejo...
Um casamento...
O triunfo do amor...
São filmes destes que me fazem acreditar que o amor ainda é possível...

quinta-feira, agosto 26, 2004

O Código Da Vinci(II)... 

Acabei!!!
Comecei ontem e acabei hoje...
O Código Da Vinci prendeu-me da primeira à última página...
Adorei!!!
Leiam porque vale a pena...
Só espero que o filme não venha a ser uma versão distorcida e descaracterizada do livro...
Mas estou ansiosa para que ele saia para poder vê-lo...

terça-feira, agosto 24, 2004

O Código Da Vinci... 

Mergulho nas palavras e não consigo desviar os olhos das páginas do livro... O mistério que se desenha nas primeiras páginas provoca em mim uma vontade imensa de ler sempre mais uma página, mais um capítulo... De ler o livro todo de uma vez... Mas não o posso fazer... Primeiro porque a dimensão do livro não mo permite... Segundo porque o tempo para o fazer também não abunda... Já me disseram que vou gostar imenso e, apesar de ainda só estar na página 48 , a minha atenção já lhe direccionada... Quero ler mais um bocadinho... Quero perceber o mistério...
"Vai fazer-te reflectir sobre muitas coisas!" disseram-me hoje de tarde... Estou ansiosa para as descobrir...
Espero não me desiludir no final... Mas pelas opiniões que já ouvi acho que tal não vai acontecer...
Vou ler mais um bocadinho...

segunda-feira, agosto 23, 2004

Porto seguro... 

Falamos... Rimos... Dissemos parvoíces... Contigo está tudo bem... Comigo não, mas não te disse isso... Queria poder falar contigo... Mas não somos amigos... Será que algum dia fomos??? A resposta é rápida e a única possível - Não... Tenho pena... Gosto muito de ti... Foste o meu porto seguro durante os últimos três anos(apesar de todas as adversidades)... Foste, és e serás sempre muito importante para mim... Disse-te uma vez e volto a dizer... Mas não era necessário porque tu sabes que és verdade... No entanto, não imaginas aquilo que me mostraste e deste... Talvez um dia, quando formos crescidos, e se pudermos ser amigos, eu te conte... Até lá vou desejando que sejas muito feliz, tão feliz como eu desejo um dia ser(onde é que já escrevi isto?)...
Estou muito feliz por ti...
Boa sorte...
Beijos,
Ana


domingo, agosto 22, 2004

Adeus, mais uma vez 

Hoje, mais do que nunca, sinto que não posso continuar a sofrer, sejam quais forem as razões deste sofrimento. É imperativo definir, ou redefinir, já nem sei, um novo rumo na minha vida. Preciso de me voltar a sentir inteira, completamente EU! Acima de tudo tenho necessidade de me voltar a sentir EU!
Enquanto escrevo as lágrimas teimam em escorrer pelo meu rosto. Os meus olhos parecem duas nascentes que, incessantemente, brotam lágrimas de tristeza e saudade. Uma vez ouvi alguém dizer que as lágrimas são pedaços do coração. Se assim for já não tenho coração, de tantos pedaços que dele se separaram. Mas pior que não ter coração é ter o coração gelado! E é assim que sinto que o meu está a ficar. Gelado e duro! Estou a ficar fria de novo! E desta vez não vai aparecer um outro alguém que me mostre que eu ainda sou capaz de amar. Sinto que estas lágrimas são uma mistura de saudade e tristeza, por gostar tanto de ti e não te ter aqui comigo, com raiva e mágua, por sentir que desta é que foi e que não sou capaz mais de amar! Queria muito estar enganada! Mas sei que não estou! Não consigo ver as coisas de outro modo! Não as consigo sentir de outro modo!
Parece que me caiu um piano em cima! Estou devastada! Quero descansar, mas não consigo. E o tempo não ajuda! Está a passar a uma velocidade alucinante e os exames estão quase aí! Daí até ao início das aulas é um pulinho! E depois… Sim, confesso, tenho muito medo de te voltar a ver. Tenho medo de voltar a cair na ilusão!
Gostava tanto que as coisas pudessem ter sido diferentes! Não tinha de ser! “Aquilo que tiver de ser teu, às tuas mãos virá parar!”, diz-me a Inês tantas vezes! Tu não tinhas de ser meu! Mas eu acreditei que podias ser. E agora estou assim! E tenho saudades!
Quando é que isto vai passar? Quando é que vais sair de vez do meu peito e me vais deixar descansar?
Peço-te! Por favor! Vai-te embora!
Gosto muito de ti, mas se não te posso ter também não é justo continuar a sofrer! Sai da minha vida! Leva para longe esses olhos que me amolecem o coração e esse sorriso doce que me faz a alma ficar mais leve!
Não te odeio, nem te tenho raiva! Só quero ficar em paz!
Adeus.

sábado, agosto 21, 2004

Teve mesmo de ser... 

Acabei de colocar no caixote do lixo o que restava daquele amor! Rasguei as conversas com elas! Rasguei o maldito relatório! Rasguei os desenhos e as letras das músicas escritas a pensar nele! Arquivei as aulas, especialmente aquelas em que estivemos os dois! Coloquei os livros na prateleira, embora saiba que é só até Setembro!
Virei a página! Encerrei o capítulo! Deixei determinadas personagens para trás! Como tinha de ser!
Enquanto o fazia as lágrimas rolavam pelo meu rosto! A saudade! A tristeza! A mágua! A dor! Tudo misturado! Um turbilhão de sentimentos e emoções que me fizeram soluçar como um bebé! Mas foi melhor assim! Não podia ser de outra maneira!
Espero começar em breve a escrever um novo capítulo, com novas personagens, e com um final bem mais feliz!

sexta-feira, agosto 20, 2004

Gente perdida 

"Eu fui devagarinho
Com medo de falhar
Não fosse esse o caminho certo
Para te encontrar
Fui descobrindo devagar
Cada sorriso teu
Fui aprendendo a procurar
Por entre sonhos meus

Eu fui assim chegando
Sem entender porquê
Já foram tantas vezes tantas
Assim como esta vez
Mas é mais fundo o teu olhar
Mais do que eu sei dizer
É um abrigo pra voltar
Ou um mar para me perder

Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
A gente finge
Mas sabe o que não é verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta

Eu fui entrando pouco a pouco
Abri a porta e vi
Que havia lume aceso
E um lugar pra mim
Quase me assusta descobrir
Que foi este sabor
Que a vida inteira procurei
Entre a paixão e a dor

Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta

Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto bebe, dança e ri
Eu trago-te comigo
E guardo este abraço só para ti"


Mais uma vez Mafalda Veiga... Mais uma vez uma música que reflecte os sentimentos que não puderam ser vividos... "Eu trago-te comigo/ E sinto tanto, tanto a tua falta."... A saudade existe... Não a posso negar... Quando digo que não queria ser vista contigo espero que entendas... As circunstâncias do nosso "encontro na vida" foram as mais adversas possíveis... Não sei porque senti tudo aquilo... Mas encantei-me... E o resto é o que se vê... Este nada em que cairam os sentimentos que me prenderam em ti... Este medo do reencontro que eu julgava inevitável, mas que já não sei se o é, ou não... Este receio de não saber como agir... Este medo de fugir para evitar que os nossos olhos se voltem a cruzar... Guardo na caixinha dos sentidos cada lugar teu que partilhaste comigo...
Sinto a tua falta... Mas tenho consciência que estou melhor sem ti... Sim, tinha medo do que os outros pudessem pensar... Mas apenas porque tinhamos os dois muito a perder... Ergui barreiras... E quando as quis destruir não fui capaz... E tu deixaste de fazer parte da minha vida... E eu fiquei perdida... Mas agora já me encontrei... Estava dentro de mim... Fechada na concha por trás da cortina de fumo... Escondida nas muralhas que são o meu abrigo, o meu refúgio... Agora estou a sair... Quero ver o Sol outra vez sorrir para mim...
Mas continuo a sentir a tua falta...

quinta-feira, agosto 19, 2004

Nunca digas nunca... 

Disse que não o faria... Que não iria comprar um Código Civil novo... Sabem que mais??? Comprei!!! E não estou nada arrependida... Tão igual e tão diferente do outro... A mesma capa encarnada e branca... Mais conteúdos, é certo... Mas o essencial está lá...
Já estou a trabalhar nele... Estou a passar os apontamentos e as anotações dos últimos três anos...
Ano novo, vida nova... Este foi o Verão das mudanças... E percebi que estava na hora de dar descanso ao meu velhinho... Ao meu companheiro de noitadas de estudo... De testes, exames e orais...
Tenho um Código novo... E sinto-me bem com isso... Afinal a mudança não é assim tão má... É trabalhosa, não nego, mas gratificante... É o reciclar de tudo o que não posso deitar fora...

Quando (já nada é intacto) 

"Quando já nada é intacto
quando tudo na vida vem em pedaços
e por dentro me rebenta um mar
quando a cidade alucina
num luar de néon e de neblina
e me esqueço de sonhar

Quando há qualquer coisa que nos sufoca
e os dias são iguais a outros dias
e por dentro o tempo é tão voraz

Quando de repente num segundo
qualquer coisa me vira do avesso
e desfaz cada certeza do meu mundo

Quando o sopro de uma jura
Faz balançar os dias
Quando os sonhos contaminam
Os medos e os cansaços
quando ainda me desarma
a tua companhia
e tudo o que a vida faz
Em mim

Quando o dia recomeça
e a noite ainda te prende nos seus braços
e por dentro te rebenta um mar

Quando a cidade te esconde
e o silêncio é o fundo das palavras
Que te esqueces de gritar

Quando o sopro de uma jura
Faz balançar os dias
Quando os sonhos contaminam
Os medos e os cansaços
quando ainda me desarma
a tua companhia
e tudo o que a vida faz
Em mim"


Já nada no meu ser é intacto… Já nada existe como existia… Mudei… Cresci… Estou diferente… O último mês fez-me perceber tantas coisas e definir tantos sentimentos e prioridades, que fico espantada comigo mesma… E não só… Fico espantada com a velocidade a que os pensamentos têm voado na minha mente… Parece magia… É como se eu pensasse e eles voassem até ao baú onde vão repousar para sempre… Nada se esquece… E eu não quero esquecer nada… Sinto que aprendi muito com tudo isto… E agora que arrumei tudo no seu devido lugar vou fechar a porta do sótão, e deixar as recordações onde devem ficar… Lá guardadas, no cantinho da memória onde sei que sempre as irei encontrar…
Por vezes pergunto-me onde fui buscar aqueles sentimentos… A razão não existe… Nunca fizeram sentido… Mas como diz o André Sardet : “e eu deixei-me levar/ porque eu… eu gostei do teu olhar…”… Sim, porque me encantei com os teus olhos… Com o teu sorriso… Com a tua maneira de ser e de me tratar… Vi em ti alguém que mais ninguém via… Os meus amigo diziam que eras mal educado e convencido… Mas não era assim que eu te via… E agora que passou continuo a não ver… És igual a ti próprio… E foi isso que me fez olhar duas vezes… Duas… Três… Quatro… Fez com que os meus olhos ficassem presos em ti…
Mas agora é tempo de mudança… É tempo de (re)definir prioridades… De renovar emoções… De (re)inventar sentimentos… De me (re)descobrir… Porque já nada é intacto em mim… Porque guardei de ti o que é bom de guardar… E porque a vida “é feita em cada entrega alucinada/ para receber daquilo que aumenta o coração…”, já é tempo de seguir em frente… E de te deixar ficar no teu lugar… Onde sei que não posso voltar…

Papel principal... 

Hoje passou de figurante a actor principal... Mas é um actor solitário... Sozinho em palco... Mas nem assim os seus olhos deixam de percorrer a plateia... Não deixam de se cruzar com os meus... O monólogo é flúido... Mas faz algumas pausas, como querendo ter a certeza daquilo que vai dizer... Como se o guião lhe causasse algum tipo de trantorno... Olha para mim... Mas repara que olho para ele e desvia o olhar...Fala em inevitabilidade... Aí está uma palavra que me causa medo... Tenho medo que a inevitabilidade me atinja... Qual inevitabilidade? A inevitabilidade dos sentimentos... A inevitabilidade de sentir aquilo de que se foge... O actor é inatingível... Não por ser um homem mais velho... Mas porque é um actor... Um actor que perante mim apenas cumpre o seu papel... Um actor que tem uma vida real, sem papeis nem farsas... Uma vida real que eu não conheço...Agora não olha para mim... Há muito que me percebeu na plateia... Mas evita olhar-me...
11 de Março de 2004

quarta-feira, agosto 18, 2004

Labirinto 


"Em frente já não posso seguir
Ao lado tenho a porta fechada
Andar para trás não vou consentir
Não andei nada

Se entrei já não me deixam sair
E eu só queria era estar contigo
Agora já só penso em fugir
Mas não consigo

À beira do fim
É assim que eu me sinto
Perdido de mim
Perdido de ti
Neste labirinto

Alguém que me ouça
Neste grito que dou
E assim talvez possa saber
Para onde vou

De rosto molhado
E os olhos a brilhar
Um brilho manchado
Pelas cores deste lugar tão escuro
Tão escuro

Sinto-me cansado mas não posso parar
Os olhos a arder
E a boca a secar, mas não posso parar
Não posso parar
Não posso parar

Sinto-me cansado mas não posso parar
Os olhos a arder
E a boca a secar, mas não posso parar
Não posso parar
Não posso parar

À beira do fim
É assim que eu me sinto
Perdido de mim
Perdido de ti
Neste labirinto

Alguém que me ouça
Neste grito que dou
E assim talvez possa saber

À beira do fim
É assim que eu me sinto
Perdido de mim
Perdido de ti
Neste labirinto

Alguém que me ouça
Neste grito que dou
E assim talvez possa saber
Para onde vou
Para onde vou
Para onde vou"
Polo Norte,
Letra de Miguel Gameiro

Vai-te embora... 

“A minha alma está tranquila e clara como a montanha pela manhã. Mas eles consideram-me um homem frio, alguém que zomba de coisas terríveis.”
“Assim falou Zaratustra”, Nietzsche


“Não sei que mais te hei-de dizer… Tal como a alma de Zaratustra também a minha está tranquila e clara… E, no entanto, acusas-me de ser fria e insensível… De já não ser a menina meiga e doce por quem te apaixonaste… Mas estás enganado… Sou tal como era quando nos conhecemos… Mas talvez nunca me tenhas visto como realmente sou… Sempre pensei muito bem antes de agir… Sempre escolhi a razão ao coração… Mas não é por isso que sou fria ou insensível… Apenas me protejo do que não posso controlar… E sabes bem disso… Mas é mais fácil acusar-me de não ter sentimentos do que aceitar o que sinto (ou não sinto) por ti… Gosto de ti… Mas mais não te posso dar, porque não tenho…
Sei que tudo o que te disser cairá no vazio, porque as minhas palavras já não fazem qualquer sentido nos teus ouvidos… As minhas palavras estão tão desprovidas de sentido como tu estiveste durante todo este tempo na minha vida…
Fico triste por perceber a pessoa fantástica que és, e por sentir que não te soube dar o que, em silêncio sempre me pediste… Sinto-me cruel por te fazer sofrer desta maneira… Mas não há outro modo de terminar isto… Vai-te embora… Não quero ver-te continuar a sofrer…”

terça-feira, agosto 17, 2004

Quem és tu? 

Dou por mim perdida nesses olhos que não conheço! Tens uma história tão diferente e tão igual à minha, que chego a acreditar que faz algum sentido que os nossos caminhos se tenham cruzado! Dizes que queres esquecer aquele amor que te atormenta o ser! Mas, no fundo, nem tu mesmo acreditas que isso seja verdade! Vives preso ao passado recente! E talvez seja isso que me atrai em ti! É estranho, eu sei! Mas vejo em ti aquilo que eu própria fui até à bem pouco tempo: os vestígios de um amor que já não pode ser e os fragmentos de um coração que outrora bateu descompassado e feliz!
Ouço-te falar! E vou imaginando as cenas que me descreves como se de um filme se tratasse! O teu filme! Ou o meu! Já não sei! A tua história e a minha tocam-se em tantos pontos que parecem ter sido escritas pelo mesmo punho, pela mesma mão insegura, pela mesma mente inconstante e incerta!
A minha história teve o fim que podia ter! A tua ainda não terminou porque não consegues libertar-te do passado!
Hoje estou aqui, indagando quem és! Quem é este estranho que entrou na minha vida de modo pouco usual! Quem é este estranho que tanto me tem ajudado a seguir em frente, mesmo sem saber que o faz! Quem és tu?
Espero um dia poder chamar-te Amigo! Espero que um dia possas chamar-me Amiga! Até lá continuo a tentar perceber o porquê de estares aqui!
Obrigada!

segunda-feira, agosto 16, 2004

Não se obriga ninguém a amar(II)... 

"Nego-te a cada instante que passa… Nego os sentimentos… Nego os gestos… Nego os beijos… Nego os sorrisos… Nego tudo o que há para negar… E algo mais…
Não sei o que é isto que me prende a ti… Não é amor… Amor é profundo demais para ser isto… Não sei se é paixão… Mas atracção, apenas, sei que não é… É mais que simples atracção… É um sorriso que se desenha nos meus lábios de cada vez que penso em tudo o que teimo em negar… É sentir o coração quente em cada um dos momentos cuja existência nego a todo o instante… Reitero sempre que necessário que nada há, que nada existe, que nada sinto… E no entanto, o meu peito enche-se de alegria a cada novo instante que passo contigo… Não fazes sentido em mim… Nunca fizeste… Mas nunca me importei com isso…
Um dia destes acordo e percebo que já não há mais nada para negar, porque o que negava deixou de existir… Não, não acabará… Mas transformar-se-á… Porque “nada se perde, tudo se transforma”, um dia esta “coisa” que existe entre nós irá transformar-se em algo diferente… Mas não deixará de existir… Cada vez mais acredito nas palavras de uma amiga que me disse um dia que as pessoas não saem da nossa vida, apenas mudam de lugar… E é o que vai acontecer connosco…
Teimo em negar a tua presença na minha vida… Talvez porque nunca te tenha querido aqui… Talvez seja essa a razão… Nem sei…
Tens razão quando dizes que gosto de te ter aqui… Mas estás por tua conta e risco… Quando quiseres partir não te vou pedir para ficar… Nunca te quis aqui… E por isso nego-te… E negar-te-ei até ao fim… Não te amo… Nunca te amei… Gosto de ti… Isso não posso negar… Mas não posso, nem quero, dar-te o amor que me dás… Sei que me estou a tornar repetitiva… Mas tenho de fazer-te entender de uma vez por todas que não se pode obrigar ninguém a amar… E a prova disso somos nós dois…
Quando quiseres ir faz-me só um favor: Não batas com a porta!"

domingo, agosto 15, 2004

As viagens do tempo 

O tempo passa por nós tão apressado... Parece que quer sempre ir a qualquer lugar que nos é interdito... Traz consigo sentimentos que não deixa amadurecer... E parte sem sequer pensar que os sentimentos que plantou se podem ter enraízado... E ficamos assim... Nesta espera interminável e nesta esperança incerta de que o tempo se lembre de nós e nos inclua de novo na sua viagem... E em cada viagem que fazemos com o tempo surge nas nossas vidas um sentimento novo... E tudo se repete... Mas o que será que acontece quando o tempo se lembra de trazer até nós sentimentos já vividos com alguém que julgavamos perdido para sempre? Não quero sequer pensar no caos que tal acontecimento causaria na minha vida...
Já falta pouco... Dia 27 de Setembro não está tão longe como isso... O regresso... O arrumar de vez o melhor capítulo desta história... O melhor, mas também o mais triste... Uma vez foi-me dito que o que tivesse de ser meu às minhas mãos viria ter, e que se aquela estória tivesse de continuar e de ter um final feliz, os nossos caminhos se voltariam a cruzar... Mas isso é o que não quero... Passou! Acabou! E nada mais há a fazer se não esperar que o tempo se lembre de mim e volte a passar por aqui com novos sentimentos que me façam sorrir... Como tu foste capaz de fazer, um dia...
Acho que eu e o tempo tiramos férias um do outro... Mas já sinto falta dele... Será que ele ainda vai demorar muito tempo a lembrar-se de vir ter comigo para fazermos juntos mais uma viagem na redescoberta dos sentidos e no carrocel dos sentimentos? Espero que não...

sexta-feira, agosto 13, 2004

Não se obriga ninguém a amar... 

"Não faças barulho... Entra e fica aí, quieto e presente como só tu sabes ficar e ser... Sei que mais uma vez não vou puder dar-te a atenção que mereces... Mas tu sabias que ia ser assim... Sabias que ias chegar e entrar na minha vida sem avisar, sem eu te pedir... E que depois, isto que não sei definir se ia transformar em algo que não sei explicar... Quiseste entrar mesmo sabendo que eu não te queria aqui... Obrigaste-me a aceitar os teus sentimentos sem me dares oprtunidade para escolher ficar contigo, ou não... E agora acusas-me de ser insensível e de não sentir por ti o que sentes por mim... Não tenho culpa... Não te pedi que me desses tudo... Não prometi dar-te nada... E mesmo assim insististe em ficar...
Sempre achaste que o facto de me amares me ia fazer amar-te... Tolo... Como pudeste acreditar nisso? Agora ficas aí... Olhas-me como se eu te tivesse feito muito mal... Desculpa-me... Mas não me podias obrigar a amar-te... Não sei se te fiz mal... Mas não o queria ter feito... Disse-te tantas vezes... Mas nunca me quiseste ouvir... Preferias acreditar que eu te amava a veres a realidade que estava bem à tua frente...
Como diz a Lúcia Moniz naquela música que tantas vez te fiz ouvir, na esperança que percebesses sem que eu tivesse de dizer-te o que quer que fosse, "avisei-te à partida/ que um caso entre nós/ era muito arriscado/ queria viver o presente/ queria esquecer o passado..."... O resto da letra já tu sabes de cor, de tantas vezes que te fiz ouvi-la...
Só posso pedir-te desculpa...Mas não tenho razão alguma para o fazer... Não se obriga ninguém a amar... E sempre te disse isso..."

quinta-feira, agosto 12, 2004

Saber sonhar... 

Há coisas que me transcendem verdadeiramente... Verdades incertas e pouco claras... Mentiras que não se sabe bem se o são, ou não, ou se são apenas meias verdades que alguém teve medo de dizer completamente... Situações que acontecem e que jamais deveriam ter acontecido... Expectativas que aguardam, ansiosamente, a sua concretização, mas que nunca se chegam a realizar... Ilusões e desilusões constantes na mente dos sonhadores que mesmo se sabendo iludidos preferem sonhar a enfrentar a realidade... Mas não se pode condenar alguém por sonhar... Até se deveria premiar quem sonha... Sim, porque nos dias de hoje conseguir sonhar de verdade e acreditar na realização dos sonhos, mesmo sabendo que ela é impossível, é um dom... Eu também sonho... Mas não sou capaz de sonhar e acreditar na realização dos sonhos... Sonho porque me faz bem... Porque me faz sorrir... Porque me apazigua o coração e me tranquiliza a alma... Mas não é mais do que isso... Talvez o B tenha razão quando diz que se calhar eu sou mesmo racional demais... Quando diz que sou preconceituosa relativamente a determinadas coisas que para ele são tão importantes e às quais eu apenas acho piada, e nada mais... Talvez seja eu que estou errada... Mas não sei encarar as coisas de outro modo... Para mim a vida é bem real... Não existem contos de fada nem histórias de encantar... E a estória de cada um de nós nem sempre tem o final feliz dos romances de antigamente(e dos de agora)...
Talvez um dia encontre alguém que me ensine a sonhar incondicionalmente... Sim, porque sozinha já percebi que não consigo aprender... Até lá vou sonhando como posso e invejando(saudavelmente) todos aqueles que sabem sonhar de verdade...

quarta-feira, agosto 11, 2004

FORÇA(a minha e a que me deram...) 

Esta música faz-me ter vontade de dançar... Deixa-me muito bem disposta... Fico com um sorriso no rosto... E como ainda não descobri como é que se insere música no blog, aqui vos deixo a letra... Ouçam e dancem...

"FORÇA
It is the passion flowing right on through your veins
And it's the feeling that you're oh so glad you came
It is the moment you remember you're alive
It is the air you breathe, the element of fire
It is that flower that you took the time to smell
It is the power that you know you got as well
It is the fear inside that you can overcome
This is the orchestra, the rhythm and the drum

Com uma força, com uma força
Com uma força que ninguem pode parar
Com uma força, com uma força
Com uma fome que ninguem pode matar

It is the soundtrack of your ever-flowing life
It is the wind beneath your feet that makes you fly
It is the beautiful game that you choose to play
When you step out into the world to start your day
You show your face and take it in and scream and pray
You're gonna win it for yourself and us today
It is the gold, the green, the yellow and the grey
The red and sweat and tears, the love you go.
Hey!

Com uma força, com uma força
Com uma força que ninguem pode parar
Com uma força, com uma força
Com uma fome que ninguem pode matar

Closer to the sky, closer way up high,
mais perto do céu, mais perto do céu!

Com uma força, com uma força
força!! força!!
Com uma força que ninguem pode parar
Com uma força, com uma força
força!! força!!
Com uma fome que ninguem pode matar
força!! força!!"


É realmente muito energizante... A ouvir esta música percebi algumas coisas que os amigos me diziam e eu não queria ouvir... Mas mais vale tarde do que nunca... E agora estou muito bem... Obrigada a todos por tudo... Obrigada aos que me deram uns valentes puxões de orelhas ao vivo e a cores... E obrigada a todos aqueles que mesmo sem me conhecerem têm passado por aqui e me têm dado FORÇA através dos seus comentários...
Não, não me vou embora... Apenas queria partilhar esta paz e esta calma que me invadiram a alma e esta serenidade pela qual se rege o meu coração neste momento...
Porque a FORÇA estava dentro de mim e porque me ajudaram a encontrá-la o meu mais sincero MUITO OBRIGADA!!!

Keith Jarrett 

Sinto a música invadir o silêncio da casa... Está tudo escuro... Já fechei as pressianas e apaguei as luzes... O ambiente é de calma e de paz... A magia desta música faz-me levitar... Transmite-me uma serenidade que há muito desejava... Mas só consigo ouvi-la quando estou sozinha, ou então muito bem acompanhada... Keith Jarrett e Pat Metheny têm um duplo efeito em mim: conseguem revitalizar-me e acalmar-me a alma, conforme seja necessário...
Tenho a cabeça deitada na almofada... Estou de olhos fechados... E mente vazia de qualquer pensamento... É como se no mundo existisse apenas eu e a música que ouço... E talvez exista... Pelo menos neste meu pequeno mundo onde me refugio para escutar estas melodias que saem das colunas... Este piano é fantástico... E esta música inebriante... "Falling in Love with Love" de Keith Jarrett... Palavras para quê? Só ouvindo se consegue entender esta avalanche de emoções e esta agitação de sentidos que acontece em mim... São quase 9 min de puro prazer musical...
Sinto-me embalar com estes sons... Daqui a pouco estou a dormir... Sinto os olhos pesados... Acho que é mesmo o que vou fazer... E talvez adormecendo ao som desta música eu amanhã acorde bem mais disposta de que hoje (porque acordar com a chuva a bater na janela em pleno verão não é mesmo nada agradável)...

terça-feira, agosto 10, 2004

Agosto... Ou não... 

Agosto, mês de Verão e de muito calor... Mês de Sol e de praia... Mês de andar com pouca roupa... Mês de sair à noite com os amigos e de não pensar em coisas sérias... Mês de sair de casa de sandálias... Mês de deixar os casacos no armário e as camisolas de lã na gaveta...
Querem saber do melhor???
É Agosto... E está a chover... As noites estão frias... E hoje de manhã tive de sair de casa de casaco de malha vestido porque estava fresco demais para sair só de tshirt... Ah, e o guarda-chuva foi comigo dentro da mala...
Acho que estamos no mês errado...
Mais parece Outono...
Não se admite...
Quero Sol...

Uma música antiga, de um "Old Love"... 

Para o A., porque a sua recordação já não mais é do que isso - uma recordação.
Estava eu a desarrumar a minha caixinha de recordações, como tantas vezes faço, e comecei a desdobrar folhas de papel repletas de memórias... Recados que recebia no meio das aulas... As conversas com a Filipa, escritas para que os professores não se dessem conta... Os desenhos do Miguel... As letras de músicas que a Joana me dava... As piadinhas parvas do Carlos... Os postais do Hugo... E as cartas... Aquelas cartas que relatam um amor antigo... Os sentimentos escondidos de todos, mas que todos sabiam existir... E aquela letra... Daquela música que me cantavas... Aquela que escreveste a computador com medo que eu não entendesse a tua letra... E junto dela o CD que não mais ouvi... E já lá vão quase 4 anos... Eric Clapton... "Old Love"...

"Old Love"

"I can feel your body
When I'm lying in bed
There's too much confusion
Going around through my head

And it makes me so angry
To know that the flame still burns
Why can't I get over?
When will I ever learn?

Old love, leave me alone
Old love, go on home

I can see your face
But I know that it's not real
It's just an illusion
Caused by how I used to feel

And it makes me so angry
To know that the flame will always burn
I'll never get over
I know now that I'll never learn"

A música que me cantavas sempre que estavamos sozinhos... A música que marcou aquele amor que acabou, mas que traz saudades... Saudades de um tempo em que tudo parecia possível, embora ambos soubessemos que assim não era... Às vezes pergunto-me o que teria acontecido se tudo tivesse sido diferente, se eu tivesse ficado, se eu não tivesse mudado radicalmente o rumo da minha vida... São perguntas que se sucedem num momento... Mas que no momento seguinte de desvanecem...
És uma doce recordação... Gostava de te voltar a ver... De me sentar frente a frente contigo no café de sempre, aquele onde tomavamos o pequeno-almoço ao domigo... Talvez um dia, quando eu for grande e madura, eu vá passear pelas ruas daquela cidade e te volte a procurar entre as caras desconhecidas que veja passar por mim... E talvez te encontre... E se não te encontrar nas ruas da tua cidade, talvez te procure onde sei que te vou encontrar... Mas ainda é cedo... Ainda não cresci o suficiente para o fazer... Não te tenho raiva, ódio, ou qualquer tipo de sentimento menos nobre, menos bom... Apenas não sou suficientemente crescida para encarar o passado de frente e voltar a sorrir para ti... Mas um dia ainda nos voltamos a ver... Eu prometo...
Acho que hoje, quatro anos depois da última vez que me cantaste aquela música, serei capaz de a ouvir de novo... Vou pô-la a tocar... Deixá-la entrar-me nos ouvidos e encher-me a alma e o coração de doces e ternas recordações...

segunda-feira, agosto 09, 2004

Há palavras que nos beijam 

"Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte."

Alexandre O'Neill

O Lugar de sempre 

Entrei naquele lugar e estava tudo igual... Com menos gente, é certo... Mas estava tudo no mesmo lugar... Como sempre esteve... Antes, durante, e depois...
Entrei segura... Sem receio de encontros inesperados e indesejados... Sabia que nada poderia acontecer... Percorri aqueles corredores com a alegria de um bebé que dá os primeiros passos... Senti-me muito bem... E isso é o mais importante! Tudo o resto vem depois, quando tudo estiver completamente ultrapassado... E sinto que estou mesmo no bom caminho!

quinta-feira, agosto 05, 2004

"Qualquer dia caso contigo!" 

Tenho tantas saudades tuas! Há anos que te digo que és o homem da minha vida! Que te digo que nos vamos casar! Há anos que nos rimos com estas parvoíces! Somos amigos à tanto tempo que já perdi a conta aos anos que passaram!
Qualquer dia somos grandes de verdade e eu continuo a dizer que nos vamos casar! Qualquer dia encontramo-nos num parque infantil a passear os nossos filhos (tu os teus, e eu os meus), e eu ainda vou dizer o mesmo! E porquê? Porque és o meu amigo! Porque posso dizer estas coisas tontas sem ter medo de ser mal interpretada! Porque me conheces tão bem que qualquer dia quem começa a dizer essas coisas és tu! Gosto muito de ti!
Quando é que me vens ver??? Vê lá se não demoras!!!

quarta-feira, agosto 04, 2004

Até breve!!! 

Queria dizer-te tudo o que me vai na alma, mas não sou capaz... Queria pedir-te que ficasses... Mas sei que não tenho esse direito... Tens de seguir em frente... Tens de soltar as amarras e navegar para longe dessa estória e desses sentimentos...
Quando estiveres pronta para voltar vou estar aqui à tua espera... Espero que aprendas a ser feliz de novo o mais rápido possível...
Até à volta minha Linda... Vou estar aqui...

terça-feira, agosto 03, 2004

O elogio da música... 

Fecho as pressianas... Coloco um CD na aparelhagem... É Mafalda Veiga... "Na Alma e na Pele"... É o início e o fim de uma estória... Daquela estória... A que tento não relembrar... É o recomeço em forma de esperança...
Fecho os olhos e deixo a música entrar-me nos ouvidos e encher-me o coração... Percebo que não vale a pena ficar presa ao passado... Ele não volta... O tempo não nos faz andar para trás... O que passou, passou... E não há nada a fazer...
Continuo de olhos fechados... E, de repente, dou-me conta que o CD já deu uma volta e está a tocar do início... Começa a dar a "Quando (já nada é intacto)"... E de repente aquele verso que me enche de medo do reencontro, que será inevitável, é cantado com a leveza e a profundidade de sempre... "Quando ainda me desarma a tua companhia/ E tudo o que a vida faz em mim..." Tenho medo de que a tua companhia ainda me desarme... Mas ainda tenho muito tempo para me tornar mais forte... Ainda tenho muito tempo para criar resistências aos teus olhos verdes... Para erguer barreiras que me protejam do teu sorriso... Para me convencer a mim mesma de que estou mesmo melhor assim... Já não sei do que tenho mais medo... Se de me aperceber que não te esqueci... Ou se de perceber que afinal já não és importante...
Os meus olhos continuam fechados... E continuo mergulhada na música porque só ela me acalma, só ela me faz crer que tudo tem solução...
Cada vez mais acredito que para se poder viver o presente, e acreditar no futuro, é necessário que sejamos capazes de nos desprendermos do passado... E é acreditando nisto que tenho vivido... Na esperança de que o dia de amanhã seja sempre melhor que o de hoje... E acreditando que já esteve bem mais longe o dia em que o meu coração estará de novo pronto para redescobrir emoções e sentimentos...
Teimo em não abrir os olhos... Deixo que a música me tolde todos os outros sentidos e me apure a audição... Sinto a melodia entrar-me nos ouvidos... Sinto-me pairar... Ouvir Mafalda Veiga tem este efeito em mim... E espero que nunca o perca...
Vou dormir... Deixo a música a tocar... Adormeço ao som daquelas letras em que tanto me revejo... Amanhã é outro dia... Mais um...

De volta ao aconchego do Lar... 

O fim de semana foi óptimo... Há muito tempo que não divertia assim... Se não fosse a constipação que teimou em me "atacar", estaria muito bem disposta... Mas mesmo assim, com uma tosse chata e o nariz a pingar, ainda posso dizer que tive um fim de semana muito bom...
O jantar de sábado foi muito divertido... Aqueles amigos do meu primo são muito engraçados... A praia estava fantástica... E aquele fim de tarde no "Xico" a comer caracóis foi do melhor...
Espero que o próximo fim de semana seja tão bom como este foi...
Por agora estou de volta ao aconchego do Lar... Só espero curar esta constipação até sexta... É que não perco a Noite do Rock por nada...

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