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terça-feira, maio 31, 2005

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E no fim de tudo fica o silêncio ensurdecedor, que nos isola a alma e mantém presos na garganta os gritos que um dia quisemos gritar e não fomos capazes…

sábado, maio 28, 2005

Escolhas(III) 

“Estava a ver que este dia nunca mais chegava ao fim. Parece que tudo resolveu acontecer hoje. Mas, no meio de tanta coisa triste, surgiu uma boa notícia. Sei que também ficaste feliz, apesar de tudo. É em dias como estes que recordo uma frase que uma amiga minha costumava dizer muito: “Quando uma porta se fecha há sempre uma janela que se abre.”.
Não queria acreditar quando me ligaste e contaste o que tinha acontecido. Sei o quanto amavas a tua Avó. A Avó Madalena que me adoptou como neta no dia em que me conheceu. Ainda hoje me lembro das palavras dela, naquela chuvosa tarde de Janeiro “Vou ter bisnetos lindos!”. Recordo-me de ter ficado um pouco corada. Aquela senhora de 83 anos a dizer-me uma coisa daquelas deixou-me tímida. Quando te pedi que saísses da minha vida ela ficou triste, mas disse-me que sabia que iríamos ficar juntos. Não sei se ela tinha razão, ou não, mas pelo menos estamos a tentar que isso seja realidade. Mas hoje custou-me muito sentir a dor na tua voz, vê-la nos teus olhos. Nunca pensei ver-te chorar nos meus braços daquela maneira. Sei que custa, que dói, que não é justo. Senti-me impotente. A única coisa que pude fazer foi abraçar-te e fazer-te sentir que não estavas sozinho. “Ainda bem que estás comigo Marta!”.
Agora, aqui sentada na minha cama, percebo que não fazia sentido não estar contigo. O jantar de sexta-feira correu muito bem. Mais uma vez surpreendeste-me. Muitas haviam sido as vezes em que me tinhas falado do teu sonho, mas outras tantas também tinham sido aquelas em que afirmavas a tua falta de coragem para o fazer. “Largar o consultório para me dedicar a um restaurante é loucura, mas é aquilo que eu adorava fazer.”, dizias tantas vezes. Sempre te dei força, mas faltava-te qualquer coisa. Acho que no fundo procuravas encontrar uma forma de conciliar as duas coisas. “Percebi que tinha mesmo de o fazer quando te perdi! Não podia arriscar deixar escapar outro sonho, como aconteceu contigo!”, disseste com os olhos presos à Lua reflectida no mar. E foi naquele momento que percebi que talvez não fosse tarde para nós. Senti a tua mão na minha e prendi os meus olhos nos teus. Esses olhos cor de mel, tão doces como sempre, mais doces do que nunca. Senti a brisa marinha no rosto e deixei que a vida acontecesse ali, naquele instante decisivo. E hoje, quase uma semana depois, percebi que ela tinha mesmo acontecido. Foi para mim que correste quando a vida te feriu e arrancou uma parte de ti. Embalei-te nos meus braços e fiz-te sentir seguro. Era um menino pequenino. O mesmo menino pequenino que se sentava ao colo da Avó Madalena enquanto ela lhe contava histórias. Mas a Avó Madalena já não estava ali, e o menino estava perdido. Encontraste refúgio nos meus braços e isso aproximou-nos ainda mais. Talvez a Avó Madalena tivesse razão. Talvez fiquemos mesmo juntos. Quem sabe? Mas depois de tudo o que aconteceu é isso que mais desejo. A ver vamos se sou capaz de não me sentir de novo presa e sufocada pelos teus sentimentos. Acredita que não quero que isso volte a acontecer.
Mas no meio da tristeza aconteceu uma coisa boa: finalmente o Francisco e a Eduarda vão ter um bebé. O Martim vem aí. Sim, porque a Eduarda diz que tem a certeza de que vai ser um menino!
Sei que ficaste feliz, apesar da tristeza que te tomou a alma. Um bebé vai fazer-nos bem a todos. Vai ser a lufada de ar fresco de que todos precisamos para voltar a sorrir.”

sexta-feira, maio 27, 2005

Cinema (mais uma vez)... 

Desta vez foi o Gonçalo que me (re)colocou na corrente... Embora só uma resposta mude, aqui vai... Nunca se sabe o que poderá acontecer se a corrente for quebrada... Aqui há uns tempos alguém dizia que se determinada corrente fosse quebrada o Santana voltava a ser presidente da câmara de Lisboa, e não é que voltou mesmo... Eu cá não arrisco...

1. Qual o último filme que viste no cinema?

O último filme que vi no cinema foi o "Star Wars: A vingança dos Sith"... Gostei... E desta vez fui sozinha... Estava mesmo a precisar...

2. Qual a tua sessão preferida?

Qualquer sessão é boa para se ver um filme… E se a companhia for boa, a hora não importa… E eu vou sempre bem acompanhada ao cinema... Ou então sozinha, também me faz bem…

3. Qual o primeiro filme que te fascinou?

É complicado… Os primeiros filmes que me fascinaram foram os de animação da Disney… Adorava “A Pequena Sereia”, “A Bela e o Monstro” e a “Cinderela”… Foram os primeiros que me fizeram sonhar…

4. Para que filme gostarias de te ver transportado(a)?

Isso é mais difícil… Mas gostava de me ver transportada para “O Feiticeiro de Oz” ou então para o “Música no coração”… Não perguntem porquê…

5. E já agora, qual a personagem de filme que terias gostado de conhecer um dia?

O James Bond… É o meu herói…

6. E que actor(actriz)/realizador(a)/argumentista/produtor(a) gostarias de convidar para jantar?

O Pierce Brosnan… Além de ser o meu James Bons preferido, tem um charme daqueles…

7. A quem vou passar isto?

Humm... Deixa cá ver... À Inês; à Ana; e ao Mokomaori...

quarta-feira, maio 25, 2005

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Fecha os olhos…
Isso, assim, devagarinho…
Sente a minha mão repousar na tua…
Deixa-te ficar mais um pouco…
Como eu me deixo ficar em ti…
Deixa-me sentir o teu cheiro, a tua essência…
Respiro a pele do teu pescoço…
E sinto a tua respiração controlada…
Sinto-me bem…
Sinto que sentes o mesmo…
Refugio-me em ti
E percebo que nada pode fazer-me mal…
Aqueces-me a alma como um raio de Sol…
E dizes que me vês…
E eu sinto que é verdade…
Porque me mostrei como sou…
Não quero perceber os significados…
Só quero viver isto…
E sentir que amanhã o teu beijo será meu outra vez…

terça-feira, maio 24, 2005

"Grito" 

Lembras-te Maninha??? Espero que gostes... Faz-me lembrar tanta coisa boa...

“Há alturas na vida
Em que se sente o pior
Como que uma saída
Refúgio na dor

E ao olhar para trás
Pensar no que aconteceu
O que se vê não apraz
Não gritou mas escondeu

E salta a fúria em nós
Rebenta o ser mais calado
Querer puxar pela voz
Mostrar que está revoltado

À espera o tempo a passar
A desesperar
Ganhar a coragem de gritar e gritar

E é nestas alturas
Sou eu mesmo que o digo
Repensamos na falta
Que nos faz um amigo

Alguém que nos mostre a luz
E nos estenda uma mão
Diga que a vida não é cruz
Olhar para trás pedir perdão

E salta a fúria em nós
Rebenta o ser mais calado
Querer puxar pela voz
Mostrar que está revoltado

À espera o tempo a passar
A desesperar
Ganhar a coragem de gritar e gritar”
(Pólo Norte)

segunda-feira, maio 23, 2005

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Há quem lhes chame coincidências. Há quem lhes chame destino. Eu não sei o que hei-de chamar-lhes. O que é certo é que determinadas coisas acontecem e me deixam a pensar, mexem comigo. Ontem, um dia de grandes emoções.
Ontem, uma vitória há muito esperada. Uma alegria imensa por dentro e por fora. Mas antes um (des)encontro inesperado. Uma visão do passado e do presente que me fez tremer. Sim, tremi, confesso. E tremer fez-me apertar a mão que entrelaçava a minha. Em comum apenas a cor dos olhos, verdes, lindos, e a paixão pelo Benfica. Tudo o resto é diferente. E foi essa diferença que me fez segurar aquela mão com força. Foi essa diferença que me fez querer estar ali a segurar aquela mão e não a outra, a que pertencia ao dono dos outros olhos verdes.
Depois do jogo e da tão desejada conquista do campeonato, a festa, o cantar até mais não, os abraços, os beijos, a alegria. Um momento de silêncio de mim para comigo. A festa. A paixão. O Benfica. A Lua lá no alto, quase cheia. Linda. O desejo de, mais do que nunca, estar ali. Só ali. Só contigo.
Tremi, confesso que tremi. Mas fez-me perceber. Fez-me desejar, mais do que nunca, aquilo que é a minha realidade. Fez-me assentar, de uma vez por todas, os pés na terra. Fez-me perder o medo e as incertezas, se é que em mim ainda tinham lugar. E sorri.
Ainda bem que estás aí…


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Palavras para quê?
O Parque das nações estava ao rubro!
Somos Campeões!!!

sexta-feira, maio 20, 2005

Right To Be Wrong 

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"I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down too long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
Got a right to be wrong
So just leave me alone

You're entitled to your opinion
But it's really my decision
I can't turn back I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm going to faced it willingly

I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
Flesh and blood to the bone
See, I'm not made of stone
I've got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down to long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone"
(Joss Stone)

quarta-feira, maio 18, 2005

Falar de afectos... 

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É-me difícil falar de afectos. Escrevê-los é simples, mas verbalizá-los sempre foi muito difícil para mim. A maioria das vezes não sou capaz de dizer as palavras que os outros esperam ouvir. Isso não significa que não as sinta. Simplesmente não sou capaz.
Talvez seja esta a razão que me leva a dar tanta importância às palavras. Porque, muitas vezes, são elas que têm o poder de dar a conhecer aquilo que nos vai na alma. Os gestos ajudam, mas não chegam. Gestos e palavras completam-se. Nem só as palavras são suficientes para mostrar o que se sente, nem só os gestos cumprem essa missão. É a complementaridade de umas e de outros que transmite, de modo mais evidente, os afectos que nos acompanham.
Hoje, um Professor, naquela que seria a sua última aula de Direito da Família e das Sucessões na Faculdade, falou de afectos. Falou naqueles que criou ao longo dos seus 36/37 anos como docente naquela casa. Falou na dificuldade que as pessoas criam ali dentro, e não só, de falar de afectos. E fez-me pensar na minha própria dificuldade em falar de afectos. Reflecti e percebi que já cometi alguns erros pelo facto de não dizer o que sentia, e pelo facto de julgar que o que não me era dito não era sentido. Aprendi então, e reaprendi hoje que não se deve interpretar as palavras além daquilo que elas dizem, tão pouco tentar retirar significado dos silêncios a que outros nos sujeitam. Porque eu também tenho os meus silêncios, e porque eles não dizem mais do que são.
Percebi, já há algum tempo, que os afectos não se devem negar ou esconder. Devem ser vividos da melhor maneira possível. Para que se chegarem ao fim, ou deixarem de fazer sentido, termos a certeza de que os vivemos intensamente, como todos os afectos devem ser vividos.
É-me difícil falar de afectos. Por isso vou tentando escrevê-los e descrevê-los como os vejo, como os sinto, como gostaria, ou não, de os sentir. E assim vou escrevendo sobre afectos, sem saber muito bem como falar deles.

segunda-feira, maio 16, 2005

Escolhas(II) 

“Quando ouvi o meu nome no meio da multidão nem queria acreditar. “Marta!”. Senti o chão fugir-me. Não precisei voltar-me e olhar para trás para ter a certeza de que eras tu. A tua voz é inconfundível. E o modo como meigo e doce como sempre pronunciaste o meu nome continua intacto. “Olá Afonso! Tudo bem?”, perguntei-te sem saber muito bem o que dizer.
Já não te via há tanto tempo. Sem que eu me desse conta, passaram-se quase seis meses desde aquela noite em que te pedi que saísses da minha casa e, consequentemente, da minha vida. E ontem, no fim de um dia que não poderia ter corrido pior, voltei a encontrar-te e a ver-te sorrir para mim. Perguntaste-me se tinha tempo para um café e, sem pensar duas vezes, disse que sim. As palavras fluíram como a água que brota de uma nascente. Era como se nada daquilo tivesse acontecido. Percebi e tive medo. Dei comigo a pensar no que poderia ter acontecido nestes seis meses de distância. E de um modo quase infantil remexi-me na cadeira, e coloquei a mão e posição “pensativa” como gostavas de lhe chamar. Dizias que sempre que estava a pensar colocava a mão naquela posição. Foi involuntário, mas percebeste. “Pergunta lá! Há qualquer coisa que queres saber, não há?”, disseste com uma naturalidade assustadora. Ainda me conheces tão bem. Não perguntei, é óbvio que não perguntei. Que direito tinha eu de te perguntar o que quer que fosse? Afinal fui eu quem te pediu para saíres.
A conversa continuou e, a pouco e pouco, senti-me mergulhar nos teus olhos cor de mel. Quando me dei conta já tinham passado quase duas horas e eu tinha de ir embora. Ainda tinha de ir a casa tomar banho e trocar de roupa, e não podia atrasar-me para o jantar de aniversário do Francisco. “Então, até logo!”, disseste com um sorriso nos lábios. Como é que eu me podia ter esquecido. Tu és o melhor amigo do meu irmão. Era mais do que certo que estarias presente no seu jantar de aniversário. “Até logo!”, respondi-te de fugida, e virei costas para vir embora.
Quando cheguei a casa sentia-me cansada. Pensava na noite que se avizinhava, e que julgava poder ser menos boa. Tomei um banho quente, quase a escaldar. Como se a água quase a ferver fosse capaz de fazer com que eu deixasse de pensar em ti, naquelas quase duas horas em que me perdi nos teus olhos e no teu sorriso. Saí do banho e olhei para a roupa que de manhã tinha escolhido para vestir à noite. Achei que naõ devia vestir aquilo. Troquei de roupa inúmeras vezes, até que me decidi. Estava simples e discreta. Não queria dar nas vistas.
Ao chegar a casa do Francisco vi que o único lugar de estacionamento vago era mesmo ao lado do teu carro. Estacionei e toquei à campainha. A Eduarda abriu a porta com um sorriso de orelha a orelha e sem sequer me dar tempo para dizer olá encarregou-se de dizer-me que já lá estavas. Entrei e os meus olhos procuram imediatamente os teus. Sorriste-me, e senti-me corar. Ficamos sentados em lados opostos da mesa. Muitas foram as vezes que senti os teus olhos pousados em mim. Muitas foram as vezes que, furtivamente, procurei o teu rosto, o teu sorriso, o teu olhar. Não sabia se devia continuar a procurar-te entre tanta gente que ali estava, ou se havia de fugir. Não sabia o que sentir.
Como tenho andado cheia de trabalho dei a desculpa de estar cansada para me vir embora mais cedo. Quando ia a sair vi-te pegar no casaco e despedires-te do Francisco e da Eduarda. Saí sem esperar por ti. Quando estava quase a chegar ao carro senti o teu passo apressado e parei. Olhei para trás e o mundo quase parou. Não deixei que pronunciasses uma só palavra e, num impulso, beijei-te. Quando percebi o que estava a fazer tentei parar, mas o meu corpo não obedecia à minha mente, e aquele abraço tornou-se mais apertado. O abraço foi começando a perder força e afastamo-nos. Acompanhaste-me até ao carro, até perceberes que estava mesmo ao lado do teu. Não me despedi. Entrei no carro e arranquei sem sequer olhar para trás.
Ao chegar a casa reparei que a luz do atendedor de chamadas piscava. Senti que era a tua voz que ia escutar na gravação e ouvi: “Não voltes a fugir de mim, Marta! Hoje percebi que ainda és muito importante para mim. E sinto que percebeste que também sou muito importante para ti. Não nos vamos perder outra vez, por favor. Dorme bem. Beijos!”. Escutar as tuas palavras fez rolar uma lágrima dos meus olhos. Fiquei sem saber o que fazer. Pensei em ligar-te naquele momento, mas senti que já chegava de impulsos naquela noite.
Deitei-me e demorei a adormecer. Não me saías do pensamento. Talvez até tenha sonhado contigo. Não sei, não me recordo.
O dia hoje foi alucinante. À hora do almoço recebi uma chamada tua: “Queres jantar logo à noite?”. “Quero!”, respondi-te de imediato. “Passo em tua casa às 21h para te ir buscar. Quero mostrar-te um lugar novo. Até logo. Beijos!”. E assim ficamos combinados.
Já são quase 21hs e deves estar mesmo a chegar.”

domingo, maio 15, 2005

Sorriso cor de arco íris... 

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Às vezes na vida pensamos que nada faz sentido, que chegamos ao fim do caminho e estamos completamente perdidos… Nessas alturas pensamos que deixamos escapar a felicidade entre os dedos, que destruímos tudo, e que nada mais nos será dado… Mas, de um momento para o outro, tudo pode voltar a mudar…
Foi o que aconteceu… De um momento, tudo mudou… E por entre as nuvens cinzentas que povoavam o meu céu surgiu um arco íris… Um sorriso que me fez acreditar de novo… Que me alegrou a alma e encheu o coração de vontade de tentar ser feliz… Um sorriso tão brilhante e iluminado como o próprio arco íris… O teu sorriso… O sorriso cor de arco íris…

sábado, maio 14, 2005

"Há palavras que nos beijam" 

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Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

(Alexandre O'neill)

Um dos meus poemas preferidos cantado por uma voz sem igual… O’neill e Mariza, uma combinação perfeita…
Já alguém me tinha dito que ia adorar o novo álbum da Mariza… Que ia encontrar um fado que me levaria mais além… Mas nunca pensei que fosse este… Está lindíssimo…
Ontem deitei-me e coloquei-o a tocar… Acabei por adormecer ao som do fado… E a paz tomou conta de mim…
Espero que gostem…


quinta-feira, maio 12, 2005

"Affirmation", porque há músicas que nos marcam... 


"I believe the sun should never set upon an argument
I believe we place our happiness in other people's hands
I believe that junk food tastes so good because it's bad for you
I believe your parents did the best job they knew how to do
I believe that beauty magazines promote low self esteem
I believe I'm loved when I'm completely by myself alone

I believe in Karma what you give is what you get returned
I believe you can't appreciate real love until you've been burned
I believe the grass is no more greener on the other side
I believe you don't know what you've got until you say goodbye

I believe you can't control or choose your sexuality
I believe that trust is more important than monogamy
I believe your most attractive features are your heart and soul
I believe that family is worth more than money or gold
I believe the struggle for financial freedom is unfair
I believe the only ones who disagree are millionaires

I believe in Karma what you give is what you get returned
I believe you can't appreciate real love until you've been burned
I believe the grass is no more greener on the other side
I believe you don't know what you've got until you say goodbye

I believe forgiveness is the key to your unhappiness
I believe that wedded bliss negates the need to be undressed
I believe that God does not endorse TV evangelists
I believe in love surviving death into eternity

I believe in Karma what you give is what you get returned
I believe you can't appreciate real love until you've been burned
I believe the grass is no more greener on the other side
I believe you don't know what you've got until you say goodbye"
(Savage Garden)



Hoje, depois de uma conversa que foi para mim importante, veio-me à cabeça esta música… A música dos meus 16 anos… Os motivos que me faziam adorá-la na altura são bem diferentes dos que me fizeram recordá-la hoje… Acho que só hoje, quase 6 anos depois, consigo perceber o verdadeiro sentido destas palavras… Na altura gostava da música pelas recordações que ela me trazia… Hoje gosto dela não só por isso, mas pelas verdades que consigo retirar das palavras que a compõem…
A conversa de hoje fez-me pensar… Sei que a razão existe nas palavras que me foram ditas… Mas resolvi não pensar mais nelas, pelo menos enquanto estudava… Pelo menos até agora… Enquanto escrevo revejo a conversa… Fez-me bem… Ajudou-me a reorganizar ideias… E a perceber aquilo que para mim é realmente importante…
Agora sinto-me mais leve…
Muito obrigada, do fundo do coração…

quarta-feira, maio 11, 2005

"O Meu Abrigo" 

"Olha pra mim
Deixa voar os sonhos
Deixa acalmar a tormenta
Senta-te um pouco aí

Olha pra mim
Fica no meu abrigo
Dorme no meu abraço
E conta comigo
Que eu estarei aqui

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei
sempre que te sentires só

Olha pra mim
Hoje não há batalhas
Hoje não há tristeza
deixa sair o sol

Olha pra mim
fica no meu abrigo
perde-te nos teus sonhos
e conta comigo

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei sempre
que te sentires só

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei sempre
que te sentires só

eu estarei sempre
que te sentires só"

(Mafalda Veiga)

Às vezes é difícil, eu sei... Nem tudo é como queremos que seja... E a vida prega-nos partidas trocando-nos as voltas... Mas estou aqui...
Beijo muito grande

terça-feira, maio 10, 2005

Dois caminhos: o que dizemos e o que calamos... 

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Na vida tudo muda num breve instante por força das palavras que se dizem ou que se calam. Dizemos as palavras que acreditamos deverem ser ditas. E calamos as que julgamos deverem ser caladas. Redundâncias? Talvez. Ou então não. Apenas a realidade que envolve muitos de nós, se não a todos.
Quando escolhemos dizer determinadas palavras sabemos que, de uma maneira ou de outra, elas vão ter impacto na nossa vida. Todavia, muitas vezes, não temos o discernimento necessário para perceber que o facto de escolhermos calar outras palavras pode ter igualmente impacto, e o que era num momento pode deixar de o ser no seguinte.
Questiono-me frequentemente acerca do porquê de ter escolhido dizer determinadas palavras e calar outras. A resposta é sempre a mesma: “Não poderia ter sido de outra maneira!”. Mas, por vezes, nem a mim mesma consigo convencer. Se assim não fosse a indagação não seria uma constante no meu pensamento. Mas o que já lá vai, lá vai. E o que escolhi calar será votado ao esquecimento até que eu seja capaz de entender os seus porquês. Como tal, é algo só meu, que está guardado naquele cantinho do sótão onde nunca ninguém vai chegar. Não me arrependo da minha escolha. Porque sei que um dia vou encontrar um sentido naquelas palavras que foram caladas.
Hoje as palavras são outras. E estas eu escolhi dizer.

Cinema 

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O Bruno "convocou-me” para responder ao desafio… Como não me nego a desafios, aqui vai…

1. Qual o último filme que viste no cinema?

O último filme que vi no cinema foi o “Hide and Seek” (Amigo oculto)… Um filme que me agradou… Apesar de não ser um daqueles que se possa considerar como filme de culto…

2. Qual a tua sessão preferida?

Qualquer sessão é boa para se ver um filme… E se a companhia for boa, a hora não importa… E eu vou sempre bem acompanhada ao cinema... Ou então sozinha, também me faz bem…

3. Qual o primeiro filme que te fascinou?

É complicado… Os primeiros filmes que me fascinaram foram os de animação da Disney… Adorava “A Pequena Sereia”, “A Bela e o Monstro” e a “Cinderela”… Foram os primeiros que me fizeram sonhar…

4. Para que filme gostarias de te ver transportado(a)?

Isso é mais difícil… Mas gostava de me ver transportada para “O Feiticeiro de Oz” ou então para o “Música no coração”… Não perguntem porquê…

5. E já agora, qual a personagem de filme que terias gostado de conhecer um dia?

O James Bond… É o meu herói…

6. E que actor(actriz)/realizador(a)/argumentista/produtor(a) gostarias de convidar para jantar?

O Pierce Brosnan… Além de ser o meu James Bons preferido, tem um charme daqueles…

7. A quem vou passar isto?

Isso é fácil… Vou passar aos quatro meninos do Bem Visto, o próprio Bem Visto, o Mc, o 7 e o Luque…

domingo, maio 08, 2005

"Cavaleiro Monge" 

Uma voz que me toca a alma... Porque gosto... Porque o fado faz parte de mim...

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Cavaleiro Monge
(Fernando Pessoa)


Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por casas, por prados
Por quinta e por fonte
Caminhais aliados

Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por penhascos pretos
Atrás e defronte
Caminhais secretos

Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por plainos desertos
Sem ter horizontes
Caminhais libertos

Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por ínvios caminhos
Por rios sem ponte
Caminhos sozinhos

Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por quanto é sem fim
Sem ninguém que o conte
Caminhais em mim.

(Mariza)

quinta-feira, maio 05, 2005

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Hoje sinto-me como uma guerreira que perdeu a força… Estou cansada, exausta… O dia foi para esquecer… Senti-me fraca com o que se passou na faculdade… Senti-me assustada quando um carro travou a menos de um metro de mim numa passadeira… Senti-me cansada por só poder vir para casa a meio da tarde… Senti-me impotente e revoltada com uma reportagem sobre crianças maltratadas que vi na televisão… Senti-me triste, porque te deixei triste… Ainda sinto… Sei que não estás triste comigo… Mas a tua tristeza foi provocada por mim… E isso magoa-me… E entristece-me… É como diz a Mafalda Veiga: “é que hoje mais que qualquer outra noite, há qualquer coisa que me fere, e que me faz querer tanto ter-te aqui…”.
Hoje não vou ouvir Mafalda Veiga… Hoje não vou ouvir nada… Vou fechar os olhos e mergulhar no silêncio… Tentar dormir e exorcizar a tristeza… Para que amanhã a minha força esteja de volta e possa voltar a sorrir-te, como neste momento não sou capaz de fazer…

quarta-feira, maio 04, 2005

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Foi bom voltar e sentir que esperaste por mim, e que os teus abraços continuam a dar-me o conforto e a força de que tanto preciso...
Beijo grande


terça-feira, maio 03, 2005

Porto revisitado e revivido... 

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Entrar no Porto fez-me recuar no tempo… Aquela que agora é a minha cidade dos sonhos, foi um dia a minha cidade da realidade… A cidade da minha adolescência… A cidade que fez de mim grande parte do que sou… O Porto revisitado e revivido… Os amigos… Os lugares… Os cheiros… E todos os sentimentos que por lá aprendi a sentir…
Ao atravessar o Douro senti-me chegar a casa… Uma outra casa… Aquela que está cheia de recordações, mas na qual já não vivemos… A casa em que fomos felizes e tristes… A casa que faz parte do passado…
O tempo passado com os amigos fez-me ter vontade de lá ficar… Mas não podia… E eu tinha plena consciência disso… As saudades apertaram, mas não permiti que as lágrimas corressem livremente no meu rosto… A alegria por estar de novo naqueles lugares foi maior do que a tristeza por saber que o tempo ia passar rápido…
Percorri os lugares de que tanto gosto… Muitos estão diferentes… Mas outros, como o “meu” bar na praia, estão iguais… O Lais de Guia… Tantas tardes passadas a olhar o mar… Tantos horas de conversas e confidências partilhadas naquela esplanada… Senti um doce aroma a passado misturado com a brisa do mar… E sentei-me no muro a comer um gelado, com o olhar perdido no horizonte e o pensamento ainda mais longe… Senti que parte de mim estará para sempre, e irremediavelmente, presa àquele e àqueles lugares…
Voltei revitalizada… Ainda assim, com uma vontade imensa de lá regressar e, também, de lá voltar a morar… Quem sabe se quando for grande não volto mesmo??? Mas por enquanto não é possível… Tenho muita coisa que me prende aqui… E não tenho vontade nenhuma de soltar as amarras e seguir à aventura...

segunda-feira, maio 02, 2005

Para ti, Maninha :-) 

Nowhere fast
Lying in your bed and on a Saturday night
You're sweating buckets and it's not even hot.
'Cause your brain has got the message and it's sending it out
To every nerve and every muscle you got.
You got so many dreams that you don't know where to put them
So you better turn a few of them loose.
Your body has got a feeling that its starting to rust
You gotta remedy it to put it to use.

And I don't know how I ever thought that I could make it all alone
When you only make it better and it'd better be tonight
And we'll fly away on those angel wings
that grow from your daddy's car
We'll be there for you tonight
I'll be there for you tonight

And if you don't have anywhere to go
You go down on the pedal and you're ready to roll
And even if you don't have anywhere to go
You go down on the pedal and you're ready to roll
And your speed is all you'll ever need,
all you'll ever need to know
Darling! Darling!

You and me we're goin' nowhere slowly
and we gonna get away from the past
There's nothin' wrong with goin' nowhere baby
But we should be goin' nowhere fast
Everybody's goin' nowhere slowly
They're only fighting for the chance to be last
There's nothin' wrong with goin' nowhere baby
But we should be goin' nowhere fast
It's so much better goin' nowhere fast


Stalking in the shadows by the light of the moon
It's like a prison and the night is a cell
Goin' anywhere has gotta be heaven tonight,
'cos stayin here has gotta be hell
You're dying in the city like a fire on the water
let's go running on the back of the wind
There's got to be some action on the face of the earth
and I gotta see your face once again

And I don't know where I am or got the bright idea that I was cool
So alone and independent but I'm depending on you now
And you'll always be the only thing that I just can't live without
And I'm out for you tonight
I'm coming out for you tonight

Even if you don't have anywhere to go
You go down on the pedal and you're ready to roll
Even if you don't have anywhere to go
You go down on the pedal and you're ready to roll
And your speed is all you'll ever need,
all you'll ever need to know
Darling! Darling!

You and me we're goin' nowhere slowly
and we gonna get away from the past
There's nothin' wrong with goin' nowhere baby
But we should be goin' nowhere fast
Everybody's goin' nowhere slowly
They're only fighting for the chance to be last
There's nothin' wrong with goin' nowhere baby
But we should be goin' nowhere fast

Godspeed! Godspeed! Godspeed! Speed us away!
(Fire Inc)

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