<$BlogRSDUrl$>

sábado, janeiro 29, 2005

Everybody's Changing 

Para Ti...
“You say you wander your own land
But when I think about it
I don't see how you can

You're aching, you're breaking
And I can see the pain in your eyes
Says everybody's changing
And I don't know why

So little time
Try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same

You're gone from here
Soon you will disappear
Fading into beautiful light
'cos everybody's changing
And I don't feel right

So little time
Try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same

So little time
Try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same”


Desta vez não foste tu quem me enviou a música… Mas falaste-me de quem a cantava… Fui à procura e encontrei esta… “Everybody’s Changing”… Mais uma música que me vai fazer recordar de ti…
Tenho sentido muito a tua falta… Da última vez que cá estiveste fiquei ainda com mais saudades tuas… A distância é implacável… E por mais tempo que passe contigo, parece-me sempre pouco… Fazem-me falta os teus abraços… Fazes-me falta…
Hoje não perguntaste, e eu não respondi… Disse-te apenas o que estou a pensar fazer… Sabes bem que se o fizer será uma decisão muito difícil… Mas não sei até que ponto continua a fazer sentido… É importante para mim… Não nego… Mas na vida há que estabelecer prioridades… Talvez isto seja apenas passageiro… Até porque o exame de terça anda a deixar-me de cabelos em pé… Mas tenho medo que não seja… Preciso de pensar… Se o fizer vai custar-me… Mas será mesmo porque tem de ser…

Esclarecimento prévio:
Eu não costumo ser supersticiosa, nem nada do género, mas com estas coisas não se brinca… É como dizer que não se acredita em bruxas mas que elas existem, existem… E como não vale a pena correr riscos desnecessários, aqui vai… Porque ter o Santana Lopes como primeiro ministro outra vez é mau demais…

1. Have you ever used toys or other things during sex?
Humm… Isso é querer saber tanto como eu…

2. Would you consider using dildos or other sexual toys in the future?
Pah… É como diz o ditado: “Nunca digas nunca!”…

3. What is your kinkiest fantasy you have yet to realize?
Não iam querer saber…

4. Who gave you this dildo?
O curioso e engraçadinho Bem Visto.

5. Who are the ones to receive this dildo from you?
Decidi partilhar com:
- No Rasto do Sol
- Será o Amor Impossível?
- Sexo e Cantina
- 2º Esquerdo

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Frio... 

Image Hosted by ImageShack.us
O frio que faz lá fora deixa-me a sensação de estar num lugar assim, gelado como este...

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Anything but ordinary 

"Sometimes I get so weird
I even freak myself out
I laugh myself to sleep
Its my lullaby
Sometimes I drive so fast
Just to feel the danger
I wanna scream
It makes me feel alive

Is it enough to love?
Is it enough to breath?
Somebody rip my heart out
And leave me here to bleed
Is it enough to die?
Somebody save my life
I'd rather be anything but ordinary, please

To walk within the lines
Would make my life so boring
I want to know that I have been to the extreme
So knock me off my feet
Come on now give it to me
Anything to make me feel alive

Is it enough to love?
Is it enough to breath?
Somebody rip my heart out
And leave me here to bleed
Is it enough to die?
Somebody save my life
I'd rather be anything but ordinary, please
I'd rather be anything but ordinary, please

Let down your defenses
Use no common sense
If you look you will see
That this world is a beautiful acidentt urbulent suculent
Oppulent permanent no way
I wanna taste it
Don't wanna waste it away

Sometimes I get so weird
I even freak myself out
I laugh myself to sleep
Its my lullaby

Is it enough? is it enough?
Is it enough to breath?
Somebody rip my heart out
And leave me here to bleed
Is it enough to die?
Somebody save my life
I'd rather be anything but ordinary, please
Is it enough?Is it enough to die?
Somebody save my life
I'd rather be anything but ordinary, please
I'd rather be anything but ordinary, please"

(Avril Lavigne)


quarta-feira, janeiro 26, 2005

As palavras do cadernos azul... 

Perco o olhar no vazio que se abre à minha frente sem sequer pedir licença… As palavras sem sentido que escrevo são apenas o reflexo de uma série de recordações que me assaltaram quando resolvi mexer naquela caixa… Já me tinha esquecido, ou pelo menos tentado esquecer, aquilo que lá estava dentro… As coisas que vi fizeram a minha mente andar numa roda viva, e depois já não tive coragem de a fechar… Não, a caixa não tinha nada de mais… Apenas recordações de momentos… Fechei os olhos e vi um filme… O meu filme… A minha história feita de estórias, lugares, momentos, fotografias, músicas, e palavras… Ainda e sempre as palavras como modo de expressar tudo aquilo que sempre tive cá dentro… Olho para os cadernos… O cor-de-rosa, o transparente, o azul, e o de capa preta… Os meus cadernos… Aqueles que guardam as memórias que nem na mente quero guardar… Cadernos cheios de palavras… Palavras cheias de sentido e sentimentos… Desde pequenina que me habituei a ler… Mas, mais do que ler, sempre adorei escrever… Sempre dei extrema importância às palavras e aos seus múltiplos sentidos… As palavras sempre foram as minhas amigas… Aquelas que sempre souberam transmitir grande parte do que sou e do que fui…
Abrir aquela caixa fez-me olhar para aqueles cadernos e ver apenas palavras… Palavras sem sentido que se amontoaram ao longo do tempo… Que foram crescendo e mudando comigo… Não me reconheço nelas, mas sei que fazem parte de mim, do que fui e daquilo em que me transformei…
Fecho a caixa e apago a luz… Fico sentada no chão do meu quarto, mergulhada na escuridão de olhar perdido no vazio… Quero perceber o sentido das coisas, mas ele parece não existir… Ando há tempo demais a adiar a decisão de voltar a ter um caderno de estórias e memórias… Tenho medo do que posso vir a escrever… Não quero voltar a escrever nada parecido ao que está escrito no caderno azul… Esse nem sequer tive coragem de abrir… Não sei se algum dia voltarei a ter… Guardei-o no fundo da caixa… Por baixo de tudo… Escondido na sombra… Longe da vista… Porque há determinadas coisas que só assim podem ficar… Ficará para sempre votado ao esquecimento… Porque as palavras daquele caderno são cruéis demais… Porque jamais quero voltar a escrever algo assim…

terça-feira, janeiro 25, 2005

Miklos Fehér... 

Image Hosted by ImageShack.us

Há um ano atrás chorei a ver um jogo de futebol... Aquelas imagens ficarão para sempre gravadas na minha mente... Um sorriso rasgado para o árbitro seguido de uma queda, da qual não voltaria a erguer-se... Miklos Fehér... Não escrevo isto por ser Benfiquista... Escrevo por ser pessoa... Porque nos dias que se seguiram as cores futobolisticas foram esquecidas e as pessoas uniram-se em torno de uma dor...

segunda-feira, janeiro 24, 2005

"Vocês não me ensinou a te esquecer" 

Esta é para a Concha... Ela sabe porquê...

"Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar

E nesse desespero em q me vejo
já cheguei a tal ponto
de me trocar diversas vezes por você
só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar"

(Caetano Veloso)


domingo, janeiro 23, 2005

"Try" 

O "porquê" desta música vai ficar guardado em mim...
Espero que vos diga alguma coisa...
A mim diz muito...

“All I know
is everything is not as it’s sold
but the more I grow
the less I know
and I have lived so many lives
though I’m not old
and the more I see the less I grow
the fewer the seeds the more I sow

Then I see you standing there
wanting more from me
and all I can do is try
then I see you standing there
wanting more from me
and all I can do is try
try

I wish, I hadn't seen
all of the realness
and all the real people
are really not real at all
the more I learn, the more I learn
the more I cry, the more I cry
as I say goodbye to the way of life
I thought I had designed for me

Then I see you standing there
wanting more from me
and all I can do is try
then I see you standing there
I'm all I'll ever be
but all I can do is try
oh ooh
try, try, try

All of the moments that already past
try to go back and make it last
all of the things we want each other to think
we never will be
we never will be
that’s wonderful
that’s love
that’s you and me baby,
this is me baby
we are, we are, we are, we are, we are, we are,
free
in our love
we are
free in the love
try”

(Nelly Furtado)


sábado, janeiro 22, 2005

Caminho... 

Image Hosted by ImageShack.us

Sinto-me perdida… Tenho o caminho à minha frente e sei que, mais tarde ou mais cedo, terei de o percorrer… Estou confusa… Tenho de seguir em frente mas a incerteza do que vou encontrar começou a assustar-me… A estrada é longa… E os meus passos pequenos… Caminho devagar, a medo… Quero lá chegar… Mas não sei se serei capaz… Olho para dentro de mim e revejo tudo o que me fez sair da trilha… Recordo o tudo e o nada que foram meus, em que me transformei… Recordo as tristezas e as alegrias… Recordo o que me fez querer voltar à estrada e deixar de vez os atalhos… E a confusão aumenta… Os sentimentos andam numa roda viva… Sei o que quero… Mas não sei como lá chegar… E a procura de mim em mim intensifica-se a cada instante que passa… Procuro vestígios de alguém que já não sei se sou… E encontro apenas o vazio… Há coisas que têm de ser construídas de raiz… Sem fantasmas nem passados… E eu tenho de aprender como isso se faz…
Vou continuar a andar… A estrada é longa… E ainda tenho muito caminho para percorrer… Não posso parar… Mas vou devagar… Tenho medo de me perder…

quinta-feira, janeiro 20, 2005

“O tempo vai encarregar-se de colocar tudo no seu devido lugar!”…

Nunca pensei que estas palavras se transformassem na minha realidade… Uma realidade nova com a qual estou a aprender a lidar... Hoje dei-me conta que há tanto tempo que não te vejo, que já não sei se te conheço... Da última vez que te vi achei-te diferente... Mas dei-me conta que eu é que já não te via de modo igual... Consigo perceber que acabaste por saír do mesmo modo como entraste, sem que eu desse conta... Como não poderia deixar de ser...

domingo, janeiro 16, 2005

Escolhas... 

“Ainda me recordo da primeira vez que nos vimos… Não foi nada romântico… Ficaste arreliadíssimo por eu ter entornado café por cima de ti, no meio da galeria…
Eras amigo do meu irmão Francisco, mas nunca te tinha conhecido… Quando ele nos apresentou fiquei expectante quanto à tua reacção… Estavas tão furioso que nem te apercebeste que eu era eu… “Afonso, esta é a Marta, a minha irmã mais nova!”… “Finalmente conheço a famosa Marta!”, disseste num primeiro momento para, no momento seguinte, fazeres cara de mau… “A menina é uma desastrada!”… Foi a minha vez de ficar furiosa com o tom arrogante e pretensioso com o qual proferiste tais palavras, e acabei por despejar o que restava de café, na minha chávena, por cima da tua gravata… Virei costas e saí…
Qual não foi o meu espanto quando, no dia seguinte, recebo em casa uma caixa de “Blue Rose”, nada mais nada menos que os meus bombons favoritos, acompanhados de um cartão que apenas dizia “Desculpe. Afonso”… “O Francisco”, pensei eu… Liguei-lhe e ele confirmou-me que lhe tinhas perguntado como te poderias desculpar pelo modo como tinhas falado comigo… Desliguei o telefone e fiquei sentada em cima da cama a olhar para a caixa e para o cartão… Qual não foi o meu espanto quando reparei que havia algo mais escrito no cartão – o teu número de telemóvel… Sorri… Coloquei o cartão em cima da mesa de cabeceira e fui tomar banho… Saí para o trabalho e nessa noite fui jantar a casa dos meus pais… O Francisco também lá estava… Contei-lhe sobre o conteúdo do cartão e ele riu-se… “Telefona-lhe!”… Prático como sempre…
Só voltei a olhar para o tal cartão dois dias depois… Liguei-te… Demoraste uns segundos a associar o nome à pessoa, mas a tua reacção foi engraçada: “Suponho que estou perdoado!”… Combinamos um café… Depois outro, e outro, e ainda outro…
Ao fim de três meses éramos, oficialmente, namorados… Aconteceu tudo muito rápido e passado pouco tempo vieste morar cá para casa… Acho que no dia em que te mudaste teve início o fim… Foi uma revolução na minha vida… De um momento para o outro tinha outra pessoa dentro da minha casa, a partilhar o meu espaço, a minha vida…No início foi muito bom… Mas eu não estava preparada, e tu nunca percebeste isso… E o desfecho foi o inevitável, pelo menos para mim…
Hoje, de cada vez que olho para as estantes tenho a falsa ilusão de que ainda estás aqui… Os teus livros, entre os meus, dão a sensação de uma presença irreal… Não levaste nada que te pudesse fazer recordar-me… E assim ficaram os livros que gostavas de ler-me, como se eu fosse uma menina pequenina, e os CD’s que compramos juntos, mais os que te ofereci e, ainda, os que me ensinaste a gostar… Livros que não voltei a folhear… CD’s que não voltaram a tocar… E as cartas… Aquelas que me escrevias quando me sentias mais distante e que julgavas que me levariam, de novo, para perto de ti… Nunca percebeste que algo tinha mudado… E por isso não foste capaz de acreditar que eu não tivesse outra pessoa quando te pedi para sair… Não conseguiste aceitar que eu quisesse, simplesmente, ficar sozinha… Não vês que não precisava de ter alguém para não querer ficar contigo??? Não conseguiste perceber que eu é que tinha mudado… “Os sentimentos mudam!”, disse-te na esperança de te fazer entender… “Gosto muito de ti, mas preciso de estar sozinha!”… Mas foram só palavras vãs… Não queria magoar-te, mas não podia continuar a sentir-me assim… “Não passas de uma menina mimada que quis brincar aos crescidos!”, disseste antes de saíres batendo com a porta… Foste embora e eu fiquei aqui… Sozinha, como queria ficar…
Sei que tens falado com o Francisco… Ele, até hoje, não conseguiu entender a minha decisão… Continua a dizer-me que cometi o maior erro da minha vida… Não quero pensar se ele tem razão, ou não… Mas na altura não poderia ter sido de outra maneira…
Um dia destes telefono-te… Há coisas que tenho de te dizer… Agora que já estás convencido de que não há outra pessoa na minha vida, pode ser que seja mais fácil para ti entenderes as minhas razões… O problema não eras tu… O problema era eu… Até porque ainda gosto muito de ti…”

Correio Azul... 

Image Hosted by ImageShack.us
Os meus amigos que me desculpem, mas há sempre um fundo de verdade nestes cartoons...

sábado, janeiro 15, 2005

Finalmente, o tão merecido descanso, ainda que seja só até amanhã…
Depois de uma semana que eu julgava que não iria chegar ao fim, hoje ainda tive a casa cheia de gente… O Pai faz anos e esteve cá a família quase toda…
A agitação foi muita… Mas confesso que me senti muito bem… Fazia-me falta isto… Massajou-me a alma e fez-me rir com vontade, coisa que tem sido difícil nos últimos dias… Ainda não sou capaz de falar no assunto… Talvez nunca venha a ser… Foi tudo muito estranho e repentino… Fiquei assustada… Pensava que aquele pesadelo não iria ter fim… Foram dias em que nada parecia fazer sentido… A Ana diz que, de repente, o meu olhar se tornava distante e triste… Chegou mesmo a acontecer aquilo que não devia… Mas talvez tenha sido melhor assim… O pior mesmo foi ter toda a gente a perguntar-me o que se passava sem que eu pudesse responder… E quando tentava explicar as palavras, simplesmente, não saiam… Ninguém conseguia entender… Mas é nestas alturas que se percebe quem são os nossos amigos…
Apesar disto, a semana teve coisas boas… A nota de fiscal e o almoço de terça-feira deixaram-me muito bem… A nota, apesar de me ter deixado um sabor a pouco na boca depois do que estudei, serviu para me dar um pouco de segurança… O almoço fez-me muito bem, porque a pessoa com que almocei é alguém que me transmite muita paz e tranquilidade… Alguém que tem imensa paciência comigo e me dá força…
Parece que a “tempestade” chegou ao fim, e que a “acalmia” que tanto desejo está, finalmente, à minha porta, só à espera que eu a deixe entrar… E é o que vou fazer… Porque os últimos dias foram intensos demais… E eu não quero voltar a passar por aquilo outra vez…

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Com boa vontade tudo se consegue... 

Image Hosted by ImageShack.us
Palavras para quê???

terça-feira, janeiro 11, 2005

Gaiola de vidro 

Como paredes através das quais
o mundo vemos pelo ser dos outros
quem vamos conhecendo nos rodeia
multiplicando as faces da gaiola
de que se tece em volta a nossa vida.

No espaço dentro (mas que não depende
do número de faces ou distância entre elas)
nós somos quem somos: só distintos
de cada um dos outros, para quem
apenas somos a face em muitas,
pelo que em nós se torna, além do espaço,
uma visão de espelhos transparentes.

Mas o que nos distingue não existe

(Jorge de Sena)


segunda-feira, janeiro 10, 2005

Meias verdades... 

Por vezes demora-se um pouco a juntar todas as peças de um quebra-cabeças… Mas quando finalmente se consegue, por vezes, o “mistério” que ele nos desvenda deixa-nos tristes… E não é pela revelação em si… É só porque se chega à conclusão que afinal as pessoas nos conhecem muito mal…
Quando me contaste fiquei um pouco chocada, não nego… Fiquei sem palavras… Mas não sou ninguém para te julgar… Nunca o fiz… E não seria agora, depois de tanto tempo, que o iria fazer… Ficaste diferente… Não… Ficaste ainda mais diferente… Porque na altura em que tudo aconteceu começaste a mudar… Só que ninguém se deu conta… Não consigo perceber porque é que não falaste logo comigo… Porque é que quando me contaste apenas o fizeste pela metade… Não entendo… Nem eu, nem que estava connosco… Fui a última a saber… Mas isso tanto me faz… O que me magoou foi sentir que não me tinhas contado por achares que eu te iria criticas… Fizeste a tua escolha… Foi só tua… Eu fiz a minha e enquanto me sentir bem vou mantê-la… E sabes, tão bem como eu, que nada que me possam dizer a vai alterar…
Está a custar-me imenso… Só hoje, depois de falar com a Vi, é que consegui perceber tudo… Juntei as peças do quebra-cabeças que faltavam… E quando desliguei o telemóvel não consegui evitar que as lágrimas me inundassem os olhos e me lavassem o rosto… Há coisas que magoam mesmo… E esta foi uma delas…
O que me custa, o que dói verdadeiramente, não é o facto de só me teres contado meia verdade… O que realmente magoa são as razões que te levaram a fazê-lo… Ainda não percebo como foste capaz de pensar assim…
As pessoas mudam… E tu mudaste… E magoaste-me… E assim como eu não tinha o direito de te julgar, tu também não tinhas o direito de me magoar…

sábado, janeiro 08, 2005

Chá, palavras e lágrimas... 

Um jantar inesperado e surpreendente… As Mosqueteiras voltaram a juntar-se quase todas… Há muito tempo que não nos riamos assim todas juntas… Só faltava mesmo a Athos…
Mas se o jantar foi animado, os momentos que se seguiram já não foram tanto… Chegamos a casa da D'artagnan e fomos beber café… Estava mesmo a precisar… O meu corpo já acusava a falta de horas de sono que eu tinha perdido na noite anterior… Sentadas à mesa da cozinha, eu e a 5ºElemento começamos a conversar… Disse-me que tem medo… Que não quer voltar a cair… Que não sabe o que esperar… Lembrei-me, naquele instante, de uma frase que me foi dita por alguém que conheci há pouco tempo e disse-a: “Não tenhas medo de ser feliz!”…
Estava a ficar tarde e eu e a 5ºElemento resolvemos vir embora… Quando chegamos a minha casa perguntei-lhe se não queria subir para tomar um chá e conversar mais um pouco…
Com uma chávena de chá quente na mão, ela fechou os olhos e chorou… Custou-me… Não sabia muito bem o que havia de lhe dizer… Há alturas em que as palavras nos falham, e tudo o que queremos dizer, simplesmente, não sai… Então ela falou… As palavras eram tristes e receosas… Falou na desilusão… Falou na esperança… Falou no medo que tem de se magoar novamente… Disse que tinha dado tudo… Disse que esse tudo não tinha sido aceite… Perguntou-me o que eu achava desta história nova, que de novo não tem nada… Respondi-lhe com sinceridade… Mas, ainda assim, os olhos dela continuaram a chorar… Utilizei palavras que não me atrevo a reproduzir… Não que tenham algo de menos próprio… Mas há conversas entre mulheres, mais, entre amigas, que jamais serão reproduzidas…
Depois da primeira chávena de chá, já estava menos nervosa e triste… Custou-me muito ver a minha amiga daquela maneira… Hoje já me pareceu mais calma…
Quem olha para ela vê uma fortaleza… Alguém que nada nem ninguém pode deitar abaixo… E muito poucos são aqueles que a vêem como realmente é…
O que começou com um jantar de Mosqueteiras, acabou às 4h30 da manhã, em minha casa, entre duas chávenas de chá, muitas palavras, e demasiadas lágrimas…

Nunca te esqueças que o sol nasce mesmo todos os dias...

"Esta é uma noite para comemorar

Esta é só uma noite para partilhar
Qualquer coisa que ainda podemos guardar cá dentro
Um lugar a salvo para onde correr
Quando nada bate certo
E se fica a céu aberto
Sem saber o que fazer

Esta é uma noite pra comemorar
Qualquer coisa que ainda podemos salvar do tempo
Um lugar pra nós onde demorar
Quando nada faz sentido
E se fica mais perdido
E se anseia pelo abraço de um amigo

Esta é uma noite para me vingar
Do que a vida foi fazendo sem nos avisar
Foi-se acumulando em fotografias
Em distâncias e saudade
Numa dor que nunca cabe
E faz transbordar os dias

Esta é uma noite para me lembrar
Que há qualquer coisa infinita como o firmamento
Um sorriso, um abraço
Que transcende o tempo
E ter medo como dantes
De acordar a meio da noite
A precisar de um regaço

Esta é só uma noite para partilhar
Qualquer coisa que ainda podemos guardar cá dentro
Um lugar a salvo para onde correr
Quando nada bate certo
E se fica a céu aberto
Sem saber o que fazer

Esta é uma noite pra comemorar
Qualquer coisa que ainda podemos salvar do tempo
Um lugar pra nós onde demorar
Quando nada faz sentido
E se fica mais perdido
E se anseia pelo abraço de um amigo"


Esta foi, de facto, uma noite de comemorações, confissões, tristezas, alegrias, e renascimento de esperanças... Uma noite de sentimentos, onde a amizade foi rainha... Porque as minhas Mosqueteiras são únicas...


quarta-feira, janeiro 05, 2005

Porto Sentido 


"Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata São Joanina
dirigida sobre um monte
no meio da neblina.

Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.

E esse teu ar grave e sério
dum rosto e cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria

[refrão]
Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa"

( Carlos Tê / Rui Veloso)


A saudade aperta… Tenho de voltar… Devo isso a mim mesma… Maio está quase aí e eu já estou em contagem decrescente… Só espero que não surja nada que altere os meus planos… Preciso de voltar a respirar o Porto… Preciso de voltar a sentir em mim aquela paz que já não sei explicar…
Porque todos os lugares têm coisas boas e coisas más, com o Porto acontece o mesmo… Amo a cidade… Viu-me crescer… Ensinou-me que a vida nem sempre é o que queremos… Mas que tem de ser vivida com toda a alma, porque de outro modo não faz qualquer sentido…
Quero voltar… Nem que seja só por uns dias… Matar a saudade… Voltar a beber chocolate quente nas esplanadas do Cubo… Voltar ao Lais de Guia… Caminhar na praia… E sorrir ao Douro…

terça-feira, janeiro 04, 2005

Reflexões... 

Fecho os estores, apago as luzes e coloco um CD a tocar… Sentada na cama fecho os olhos e recordo aquela imagem… Aquele olhar diferente que reacendeu em mim, por breves instantes, a dúvida… “Não pode ser!!!”… Foi a frase que, ontem, andou o dia inteiro a passear na minha mente… Juntei as peças deste quebra-cabeças de todas as maneiras possíveis e imaginárias… Ainda assim não consegui que fizessem qualquer sentido…
Já não te via há tanto tempo… Talvez tenha sido por isso que senti o teu olhar diferente… Ou então é a minha maneira de olhar, de te ver, que está diferente… Naquele instante o meu coração ameaçou querer bater mais forte, mas não deixei… Tinha prometido a mim mesma que não o voltaria a permitir… E fiquei feliz por perceber que sou capaz…
Enquanto a música toca acabo por soltar o pensamento e deixo-o recuar no tempo… Recua um ano… Foi mais ou menos há um ano atrás que reparei, pela primeira vez, no teu sorriso de menino malandro e no teu olhar, nesses olhos cuja cor custei a definir… Achei-te piada… Não devia ter achado… Apaixonei-me… Não devia ter-me apaixonado… E agora, um ano depois, tudo mudou… Lembro-me de ter ficado triste quando percebi que, inevitavelmente, irias sair da minha vida… Recordo as palavras da Concha como se ela as tivesse acabado de proferir: “Ana, ele não vai sair da tua vida, vai apenas mudar de lugar!”… Como quis acreditar que aquilo fosse verdade… Hoje consigo perceber que foi melhor para mim que tivesses mesmo saído da minha vida, e não apenas mudado de lugar… Porque se há coisas que não têm mesmo de ser, esta era, sem qualquer dúvida, uma delas…
Ainda com o pensamento lá atrás, tento perceber o que foi que aconteceu… O que é que, de um momento para o outro, mudou e me fez olhar-te duas vezes…
Quando penso que, quando te conheci, não te suportava até tenho vontade de rir… Lembro-me de ter dito à Maggie, da primeira vez que te vi, que tinhas cara de puto parvo… Sim, eu sei que não é bonito de se dizer, mas é a verdade… E depois, depois foi o que se viu…
Continuo a tentar encontrar uma razão, mas não consigo… Acabo por perceber que não vale a pena procurar razões para o que senti, porque não sinto mais… Porque essas razões são passado, assim como tu… Quero ser feliz e percebi que a minha felicidade não passa, nem nunca passou, pelo que sentia por ti… Só que eu acreditava que sim… Hoje não acredito mais…

domingo, janeiro 02, 2005

"Tatuagens" 

"Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti

Fazes pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar

Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim

Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão

Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti

Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar

Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim

Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão"


Uma letra lindíssima… Uma música simples… Duas vozes que se combinam de forma irrepreensível… Um dueto, simplesmente, fabuloso… Mafalda Veiga e Jorge Palma… Palavras para quê??? Basta ouvir…

sábado, janeiro 01, 2005

"Ano Novo, Vida Nova!!!" 

Sim, sei que é um lugar comum… Mas 2004 ficou definitivamente para trás… E 2005 tem de ser um ano de recomeços… Ano novo, vida nova… Não pode mesmo ser de outra maneira… Porque eu sou mais importante do que tudo aquilo que me entristeceu em 2004… Porque sorrir faz parte de mim e eu não pretendo abdicar disso… Porque quero ser feliz…
Feliz 2005…
Beijos grandes,
Ana

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Pensamentos de outros...


moon phase
 
Músicas especiais...