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sábado, janeiro 08, 2005

Chá, palavras e lágrimas... 

Um jantar inesperado e surpreendente… As Mosqueteiras voltaram a juntar-se quase todas… Há muito tempo que não nos riamos assim todas juntas… Só faltava mesmo a Athos…
Mas se o jantar foi animado, os momentos que se seguiram já não foram tanto… Chegamos a casa da D'artagnan e fomos beber café… Estava mesmo a precisar… O meu corpo já acusava a falta de horas de sono que eu tinha perdido na noite anterior… Sentadas à mesa da cozinha, eu e a 5ºElemento começamos a conversar… Disse-me que tem medo… Que não quer voltar a cair… Que não sabe o que esperar… Lembrei-me, naquele instante, de uma frase que me foi dita por alguém que conheci há pouco tempo e disse-a: “Não tenhas medo de ser feliz!”…
Estava a ficar tarde e eu e a 5ºElemento resolvemos vir embora… Quando chegamos a minha casa perguntei-lhe se não queria subir para tomar um chá e conversar mais um pouco…
Com uma chávena de chá quente na mão, ela fechou os olhos e chorou… Custou-me… Não sabia muito bem o que havia de lhe dizer… Há alturas em que as palavras nos falham, e tudo o que queremos dizer, simplesmente, não sai… Então ela falou… As palavras eram tristes e receosas… Falou na desilusão… Falou na esperança… Falou no medo que tem de se magoar novamente… Disse que tinha dado tudo… Disse que esse tudo não tinha sido aceite… Perguntou-me o que eu achava desta história nova, que de novo não tem nada… Respondi-lhe com sinceridade… Mas, ainda assim, os olhos dela continuaram a chorar… Utilizei palavras que não me atrevo a reproduzir… Não que tenham algo de menos próprio… Mas há conversas entre mulheres, mais, entre amigas, que jamais serão reproduzidas…
Depois da primeira chávena de chá, já estava menos nervosa e triste… Custou-me muito ver a minha amiga daquela maneira… Hoje já me pareceu mais calma…
Quem olha para ela vê uma fortaleza… Alguém que nada nem ninguém pode deitar abaixo… E muito poucos são aqueles que a vêem como realmente é…
O que começou com um jantar de Mosqueteiras, acabou às 4h30 da manhã, em minha casa, entre duas chávenas de chá, muitas palavras, e demasiadas lágrimas…

Nunca te esqueças que o sol nasce mesmo todos os dias...

"Esta é uma noite para comemorar

Esta é só uma noite para partilhar
Qualquer coisa que ainda podemos guardar cá dentro
Um lugar a salvo para onde correr
Quando nada bate certo
E se fica a céu aberto
Sem saber o que fazer

Esta é uma noite pra comemorar
Qualquer coisa que ainda podemos salvar do tempo
Um lugar pra nós onde demorar
Quando nada faz sentido
E se fica mais perdido
E se anseia pelo abraço de um amigo

Esta é uma noite para me vingar
Do que a vida foi fazendo sem nos avisar
Foi-se acumulando em fotografias
Em distâncias e saudade
Numa dor que nunca cabe
E faz transbordar os dias

Esta é uma noite para me lembrar
Que há qualquer coisa infinita como o firmamento
Um sorriso, um abraço
Que transcende o tempo
E ter medo como dantes
De acordar a meio da noite
A precisar de um regaço

Esta é só uma noite para partilhar
Qualquer coisa que ainda podemos guardar cá dentro
Um lugar a salvo para onde correr
Quando nada bate certo
E se fica a céu aberto
Sem saber o que fazer

Esta é uma noite pra comemorar
Qualquer coisa que ainda podemos salvar do tempo
Um lugar pra nós onde demorar
Quando nada faz sentido
E se fica mais perdido
E se anseia pelo abraço de um amigo"


Esta foi, de facto, uma noite de comemorações, confissões, tristezas, alegrias, e renascimento de esperanças... Uma noite de sentimentos, onde a amizade foi rainha... Porque as minhas Mosqueteiras são únicas...


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