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quinta-feira, dezembro 30, 2004

Feliz Ano Novo!!! 

Faltam pouco mais de 24horas para entrarmos em 2005…
Gostava de desejar-vos um Feliz Ano Novo…
“Que o pior do vosso futuro seja o melhor do vosso passado”…
Beijos grandes para todos,
Ana

P.S.- Sejam felizes e, mais do que rir, saibam sorrir…

terça-feira, dezembro 28, 2004

Por outras palavras… 


“Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma madrugada
Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma gargalhada

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
E morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que sabia arrancar sempre
Mais uma gargalhada

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
E morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim”




O silêncio da noite envolve-me de tal maneira que já não consigo libertar-me… Fecho os olhos e tento dormir… Mas o sono que tomou conta de mim há poucos instantes perece que resolveu ir-se embora… Abro os olhos e a escuridão do quarto inunda-me a alma… Volto a fechar os olhos e penso… Penso em tudo… Em mim… Em ti… Nas pessoas que, tal como tu, saíram da minha vida neste ano que está a chegar ao fim… Nas pessoas que, curiosamente, tal como tu, entraram na minha vida neste ano… Penso nas coincidências que sempre teimei em negar e que vou descobrindo, a pouco e pouco, que, afinal, existem mesmo… Penso nas decisões que tenho tomado… Na frieza que demonstrei perante algumas situações… Na impotência que senti perante o sofrimento de alguns que me são queridos… Na tristeza que me invadiu e que só agora começa a abandonar-me…
Levanto-me da cama e ligo o rádio… Coloco um CD… Mafalda Veiga… Como não podia deixar de ser… “Por outras palavras”… Como se quisesse gritar bem alto tudo o que tenho cá dentro e não posso… As palavras presas na garganta sufocam-me o coração… Que perde força a cada batimento… Nunca “ninguém prometeu nada”… Disso não posso acusar-te… Eu é que, mais uma vez, me deixei “devorar pelos sentidos”… E depois fiquei assim… E sinto que, como diz a Mafalda Veiga, procuro o “futuro no avesso do passado”… Mas também não encontro… Sinto que me perdi numa qualquer estrela que se apagou… E para poder encontrar o futuro, ou o quer que seja, primeiro preciso de me encontrar a mim mesma…
Há coisas que deveriam mudar de um momento para o outro… Mas que, por alguma razão desconhecida, apenas mudam um pouco a cada dia que passa… Dou-me conta que penso cada vez menos em ti… Há mesmo dias em que nem o faço… Mas quando penso ainda dói… Menos… É certo… Mas dói… Um dia passa… Só espero que não seja tarde demais...

domingo, dezembro 26, 2004

Há momentos em que nos lembramos das pessoas sem sabermos bem porquê… Aconteceu-me ontem… Vinha de Almeirim para Lisboa… A noite já ia muito alta… Olhei para a Lua e lembrei-me de ti… Foram uns breves instantes… Não foi como antes… Foi… Aconteceu e passou… Depois adormeci e só voltei a acordar quando estávamos a passar ao lado do Oeirasparque… A Mana acordou-me porque estávamos a chegar… Não sei se sonhei contigo… Se sonhei não me recordo…
Há vários dias que não perdia tempo a pensar em ti… Já não faz sentido… Mas o certo é que ontem pensei… A memória é assim… Serve para nos fazer recordar…Não te quero apagar… Mas também não quero voltar a ter-te constantemente no meu pensamento… Um dia destes transformo-te numa doce e terna recordação que apenas será capaz de desenhar um sorriso no meu rosto… Até lá vou continuando a recordar-te quando a mente resolver pregar-me partidas…

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Feliz Natal... 

Amanhã é véspera de Natal… Não vou fazer grandes discursos sobre a quadra… Estou de saída para casa da Avó e o tempo também já não é muito… Quer apenas desejar um Santo e Feliz Natal a todos os que partilham comigo este espaço… Espero que o Pai Natal (sim porque acredito no Velhinho de Barbas Brancas) realize todos os vossos desejos…
Feliz Natal para todos…
Beijocas cheias de presentes,
Ana

terça-feira, dezembro 21, 2004

"E viveram felizes para sempre..." 

“Era uma vez…” Perdi a conta de quantas foram as vezes que escutei a expressão… Assim como também já perdi a conta às vezes que já a utilizei… Escutava-a quando me contavam estórias, daquelas em que os bonzinhos se portavam sempre bem, ganhavam aos maus, e tinham finais felizes… Utilizo-a quando conto estórias à Bia… Mas ela já não vai lá com duas cantigas e nas estórias que eu lhe conto, e que ela (re)inventa de uma forma nova a cada vez, os finais dependem dos desenhos animados que ela viu durante a tarde… Da primeira vez que eu lhe contei uma estória, para a tentar adormecer, e no fim disse “E viveram felizes para sempre…” ela olhou para mim com um ar desconfiado e perguntou-me se era só aquilo… Fiquei sem saber o que lhe responder… Até que ela me “explicou” que assim não tinha piada, porque o Noddy não acabava “E viveram felizes para sempre…”, havia sempre mais para ver… Fiquei sem reacção… Fui deitar-me a pensar naquilo… Será que eu também dizia coisas daquelas quando tinha 4 anos??? Escusado será dizer que nas noites seguintes eu começava e ela terminava as estórias… E no final só me dizia “Vês, assim é mais giro…” E eu que me aguentasse…
Já deixei de tentar contar estórias à Bia… Não vale a pena… Porque acabava sempre por ser ela quem mas conta… Foi uma semana de Verão bem passada… Aprendi muitas coisas com ela… As “andotas” do Noddy, a música do Noddy, e que as estórias de encantar das crianças de hoje são menos de encantar do que eram aquelas que eu escutava quando era pequenina…
As estórias do meu imaginário, da minha infância, continuam a terminar todas do mesmo modo: “E viveram felizes para sempre…” … Embora a realidade não seja bem assim…

"Have yourself a Merry Little Christmas" 

“Have yourself a merry little Christmas,
Let your heart be light
From now on,
Our troubles will be out of sight
Have yourself a merry little Christmas,
Make the Yule-tide gay,
From now on,
Our troubles will be miles away.

Here we are as in olden days,
Happy golden days of yore.
Faithful friends who are dear to us
Will be near to us once more.

Through the years we all will be together
If the Faith's allow
But till then we'll have to muddle through somehow
So have yourself a merry little Christmas now.

Here we are as in olden days,
Happy golden days of yore.
Faithful friends who are dear to us
Will be near to us once more.

Through the years we all will be together
If the Faith’s allow
Hang a shining star upon the highest bough.
And have yourself a merry little Christmas now.
Have yourself a merry little Christmas now.”


segunda-feira, dezembro 20, 2004

Mais que uma vez 

Porque gosto de João Pedro Pais, aqui fica a letra da nova música dele...

"Da próxima vez
Vou estar atento à tua fisgada
Encruzilhar-me na tua bancada
Ficar no canto e não me mexer

Mais uma vez
Vou seguir todos os teus caminhos
Fugir fingindo que me vês sorrindo
P’ra te filar quando eu puder

Quero ser
Personagem de banda desenhada
Onde me assumo numa cena errada
E em que todos me vão descobrir

Quero ficar
Um pouco mais dentro do teu casulo
Faço de conta que sou teu e tu és meu assunto
Onde me entrego e tu te dás a conhecer

Que ninguém vá onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou

Da próxima vez
Vou querer toda a tua atenção
Vou esperar que me estendas a mão
E que me deixes cair a seguir

Mais que uma vez
Puseste à prova o teu sexto sentido
Depois dás o dito por não dito
Como eu gostava de te compreender

Quero ser
A solução do teu problema
Participando nesse mesmo esquema
Que só tu sabes entender

Queria ter
Um pouco desse teu talento
Tiro as vogais e ponho os acentos
Estou preparado para o que der e vier

Que ninguém vá onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou

Que ninguém vá onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou

Que ninguém vá onde vou
Nunca estás onde estou
Que ninguém fale de quem falou
Nunca digas quem eu sou"

(João Pedro Pais)


domingo, dezembro 19, 2004

"Há certezas que não se têm nem se dão..." 

“Apertaste-me a mão com uma segurança delicada… Com os olhos presos no horizonte disseste-me que ia correr tudo bem… Pediste-me que acreditasse em ti… E eu acreditei… Acreditei porque, apesar de não ter certezas, sentia-me segura perto de ti… Sentia que podia acreditar… Mesmo sem saber porquê…

Sempre me disseste que não existiam certezas… Que o que eu queria era impossível… Que tudo o que eu podia esperar de ti eram apenas tentativas de que tudo corresse bem… Dizias-me que não me ias dar certezas porque nem tu as tinhas… Que tal como a minha, a tua história também tinha terminado menos bem… Que estavas ferido e magoado… Que entendias como me sentia… Mas que não me podias prometer estar comigo no dia seguinte… Que apenas me podias dar um momento de cada vez, sem projectos nem promessas… E eu olhava para ti com ar incrédulo… Como é que eu podia deixar-me levar por alguém que me dizia coisas daquelas??? Não fazia sentido… Mas ainda assim fui-me deixando ir… Já nem sei quando me apaixonei por ti… Foi tão natural… Como se não pudesse ser de outra maneira…
Foi por isso que quando, naquele dia, na praia, me apertaste a mão e disseste que ia correr tudo bem, eu apenas consegui responder: “Eu sei!!!”... Não me perguntes como… Eu sabia… Não tinha certezas… Mas sentia que também já não precisava delas… A tua sinceridade desde o inicio tinha-me mostrado isso mesmo…

Hoje vejo-te dormir descansado ao meu lado, e percebo que não podia, de facto, ter sido de outra maneira… Há certezas que não se têm nem se dão… Ao longo do tempo fui aprendendo isto contigo… Esta era a tua verdade… E eu aprendi a partilhá-la…”

Verdades irreais... 


"Cúmplices

A noite vem às vezes tão perdida
e quase nada parece bater certo
há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
e tudo que era fundo fica perto

nem sempre o chão da alma é seguro
nem sempre o tempo cura qualquer dor
e o sabor a fim do mar que vem do escuro
é tantas vezes o que resta do calor

se eu fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

trocamos as palavras mais escondidas
que só a noite arranca sem doer
seremos cúmplices o resto da vida
ou talvez só até amanhecer

fica tão fácil entregar a alma
a quem nos traga um sopro do deserto
olhar onde a distância nunca acalma
esperando o que vier de peito aberto

se eu fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

se eu fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho"

(Mafalda Veiga)


Há músicas que nos amolecem o coração… Esta é uma das músicas que tem esse efeito em mim… Ouço-a no escuro do meu quarto… Sei-a de cor… Sinto-a como uma verdade, nalgumas partes, e como uma esperança, noutras… Quero acreditar que ainda é possível… Mas está tão difícil… Ao mesmo tempo me vou sentindo, a cada dia que passa, mais forte em relação àquela pessoa, vou, de igual modo, sentindo-me mais triste e desiludida em relação a uma pessoa a quem chamo “amiga”… Pensava que estava tudo a ir ao lugar… Mas afinal não está… Já me disseram que eu acredito demais nas pessoas… E que nem todos são tão bons como eu julgo… Mas não consigo viver constantemente a desconfiar de quem me rodeia… Não sou capaz…
Só quero um pouco de paz…
Vou ouvir mais um pouco de Mafalda Veiga… Vou apagar a luz do quarto e deixar que a música me acalme o coração que bate triste e desiludido… Será que desta eu aprendo??? A ver vamos… Espero que sim…

terça-feira, dezembro 14, 2004

FIM... 

Desisto...
Não quero mais...
Entrego as armas...
Tiro a armadura...
Solto as amarras...
Vou à deriva...
Sou egoísta...
Não quero mais...
Não quero saber...
FIM...


segunda-feira, dezembro 13, 2004

Semana infernal... 

A semana começou de um modo não muito agradável... Teste de Direito da Família... Escusado será dizer que me apeteceu fugir quando terminei o teste... Eu não consigo gostar daquilo... Mas o pior ainda está por vir... Teste de Fiscal II e de Comercial... Um na quinta e outro na sexta... Nem temos tempo de arrefecer... Deve ser para irmos anestesiado e não sentirmos os efeitos nocivos das noites mal dormidas e da quantidade de cafeína abusiva que vamos ter no sangue no fim da semana... Só espero que valha a pena...
Por isso amigos, até sábado vou andar um pouco ausente... Sim, porque na sexta vou refugiar-me em casa da Avó... Não vou, deste modo, deixar de escrever... Mas valores mais altos se levantam, MESMO...
Beijos grandes para todos,
Ana

domingo, dezembro 12, 2004

Porque só eu sei... 

No fundo de tudo encontrei o que não esperava… A força em mim para olhar de frente aquilo que quero esquecer… Só eu sei o quanto esta busca me custou… Mas a recompensa é a paz que neste momento vive dentro de mim… Os últimos dias foram terríveis… Cheios de emoções e dúvidas… Momentos que me fizeram colocar muita coisa em causa… Um turbilhão de sentimentos que parecia não querer abandonar-me… “Sentir significa que estamos vivos”, disseram-me uma vez… Mas sentir assim dói… Nos últimos dias percebi que não se pode inverter o rumo da vida… E que se as coisas não acontecem no momento certo, então é melhor que não aconteçam de todo…
Vou sair em busca… Em busca de mim… Em busca de tudo… Mas de nada em concreto… Vou à descoberta… À conquista de mim para mim… Porque só eu sei o que ainda me seduz… Mas até isso tenho de redescobrir… Mais uma música de Mafalda Veiga como pano de fundo de um estado de espírito… Porque as músicas dela são mais do que a banda sonora de uma história, daquela história… Porque estas músicas são a minha própria banda sonora… Porque um dia a minha história vai ter um final feliz…

"Só tu sabes

Só um gesto
Abre um sulco no frio
Rasga o fundo
Toca no abismo e no vazio
A luz da lua
Voa sem nunca
Deixar de sentir o chão
E desfaz a sombra
Que esconde o que resta
De algum sonho vão

Tantos dias
Que pouco podem mudar
Quando os muros
Não deixam ver onde nasce o mar
A luz do mundo
Vem de dentro de quem se perde
Alguma vez
A luz da noite
Vem do fundo do olhar
De quem não a quer perder

Só tu sabes o que ainda te seduz
Só tu sentes o que poderá ser
Que te rasga, que te acende
E desata o nó
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr

Os mundos
Que se escondem em ti
Vagabundos
Que tu não deixas nunca partir
Sair do labirinto
Escapar às emboscadas da razão
Sentir bater o vento
E andar na corda bamba da solidão

Só tu sabes o que ainda te seduz
Só tu sentes o que poderá ser
Que te rasga, que te acende
E desata o nó
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr

Só tu sabes o que ainda te seduz
Só tu sentes o que poderá ser
Que te rasga, que te acende
E desata o nó
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr
Para te deixar correr

(Mafalda Veiga)"

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Borboleta... 

“ A intuição é mais forte que a coerência!”

Se tivesse escutado esta frase há uns meses atrás talvez tivesse parado para pensar nela, tal como aconteceu hoje…
Ouvi-a da boca de um assistente a propósito da matéria… Mas, ainda assim, faz todo o sentido quando aplicada ao caso concreto…
Não sei se foi intuição (certa ou errada, a questão não se coloca) ou se foi ilusão… A verdade é que a coerência nunca existiu… Continua a não existir…
Hoje olhei-te… Sorriste-me… Depois de mais de duas semanas de silêncio e semblante carregado, pelo menos para mim, voltaste a sorrir-me… E, pela primeira vez, desejei que não o tivesses feito…
Esta Ana, depois do que senti por ti, parece-me mais forte… Mas, no entanto, não tenho a certeza que assim seja…
A Conchinha, hoje, chamou-me o que há muito tempo ninguém me chamava: Borboleta… Mas a Borboleta não se lembra como é que se voa… As minhas asas estão feridas… E o chão é como um íman forte que não me deixa descolar…
Esta é a Ana depois de ti…
Simplesmente, não sou capaz de acreditar…

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Fascínio... 

Há uma frase n’”O Principezinho” que sempre me agradou e que muito me fez, e ainda faz, pensar… Aqui a deixo, embora suspeite que a maioria a conheça…

“Tu és responsável por tudo aquilo que cativas!”

Beijos Grandes...

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Um dia para esquecer... 

Acordei sem vontade alguma de o fazer… A minha cabeça pedia-me para não a fazer acordar… Acordar significava ter de voltar a reflectir sobre o assunto, e eu não queria… Continuo a não querer… Mas o que é certo é que passei o dia inteiro a pensar no mesmo… Não consegui abstrair-me… E, diga-se de passagem, o ambiente também não era o melhor…
Saí de casa rumo ao circo… Mas a birra da Bia alterou os planos… E acabei num daqueles almoços chatos de que todos fugimos sempre que podemos… As horas não passavam e eu só queria voltar para casa… E o assunto continuava a deambular na minha mente… “Será??? Não é possível!!! Não há coincidências!!!”…
O tempo lá passou e regressei a casa… Exausta, saturada, rabugenta… Como uma menina pequenina que fica impaciente ao fim de dez minutos no mesmo lugar… E o pior é que agora vou ficar assim, pelo menos, até amanhã…
Sinto que estou psicologicamente cansada… Estava a conseguir deixar para trás o que me fazia mal… Estava a olhar de frente o futuro… E, de repente, por uma ironia casuística, ou não, retrocedi de forma atroz… Estou confusa… Ou então não… Só queria colocar um ponto final parágrafo nisto tudo…
Quero reabrir as minhas asas e voar…
Quero voltar a sentir o Sol…

terça-feira, dezembro 07, 2004

Retalhos 

Recordações fragmentadas que me invadem a mente,
Me enchem a alma e iluminam o coração…
Tempos que passaram e deram lugar a um presente
Em que os meus olhos chovem de desilusão…

Vestígios de algo que nasceu em mim…
Algo que nunca consegui explicar…
E o que me ficou do que senti,
Lancei a custo nas ondas do Mar…

Perdida em memórias traiçoeiras
Que me fazem esmorecer a alegria,
Recordo as manhãs soalheiras
Em que ver-te me animava o dia…

Retalhos de um sonho que desejei real…
Pedaços de uma ilusão que me fez voar…
Motivos não encontro para tanto mal,
Que me ficou apenas por sonhar…

Ana


segunda-feira, dezembro 06, 2004

Quando os tempos parecem estar parados e as vozes indicam mil e um caminhos, é necessário dizer ao que se vem... Nisto tudo há-de haver razão... Não a encontro… Mas sei que existe…Uma proporção qualquer do que sinto… Do que fazem e do que me dizem…Eu sei onde estou… O “aqui” e o “agora” são meus… São o Espaço e o Tempo dos quais não quiseste fazer parte… Não sei ao que vou…
Sei que o meu Tempo passa… Mas também sei que o que vem posso fazê-lo meu…
Cada um, do seu modo, tomou a sua decisão… E o que se sentiu ficou por dizer… As palavras deixaram de ter lugar… São escolhas…
A indiferença que cresce é um hábito… Assim como o hábito é a protecção do monge, a indiferença é crescimento… Sou eu mais forte… Sou eu sem ti… Sem nunca te ter tido… Sou eu que sigo em frente… E onde quer que vá me anuncio e me faço anunciar… Sem rodeios, o que escrevo ou o que digo… Palavras que ecoam dum lugar onde não há simulações nem dissimulações…
Em tudo o que faço, e ao fazer a minha vida, quando me cruzo com o mundo, digo-lhe sempre ao que venho…
E tu??? Será que és capaz de dizer ao que vieste???

domingo, dezembro 05, 2004

Busco razões que não encontro… Talvez pense demais… Mas a verdade é que sinto que preciso de encontrar alguma razão para isto poder fazer sentido na minha mente… Sinto que estou a virar-me demais para dentro de mim… Estou diferente… Estou mais indiferente… E a última semana fez-me perceber isso mesmo… Não sei por que aconteceu, mas ainda bem que o silêncio se instalou… Está a ajudar-me a seguir em frente… Nos primeiros dias custou… Agora até acho que é melhor assim… A decisão foi tua… E o silêncio impera… Talvez seja mesmo melhor assim… Não sei se vai durar muito tempo… Mas enquanto durar vou aproveitar para tornar-me mais forte e ficar cada vez mais indiferente… A indiferença está a tornar-se o meu escudo…
O Tempo está a passar e eu estou a crescer um pouco mais… O meu tempo naquele lugar está, a cada dia que passa, mais perto do fim… E qualquer dia vou crescer para outro lugar...

sábado, dezembro 04, 2004

For You 

Uma música linda... Porque ainda há quem acredite em happy ends... Embora o filme ao qual esta música serve de banda sonora não acabe da melhor maneira... Mas não deixa de ser uma bonita música...

"I am a vision
I am justice
Never thought that I could love
Living in shadows
Fading existence
It was never good enough
Within the darkness
You are the light
That shines the way
But your trapped in violence
I can be the man
Who saves the day

Refrão:
I'm there for you
No matter what
I'm there for you
Never giving up
I'm there, for you, for you

Someone's changed me
Something save me
This isn't who I am
Although I was blinded
My heart let me find it
That truth makes a better man
I didn't notice
That you were right
In front of me
Our masks of silence
We'll put away
So we can see

Refrão

Within the darkness
You are the light
That shines the way
In this blind justice
I can be the man
Who saves the day...

Refrão"


sexta-feira, dezembro 03, 2004

"Norte (o meu)" 

Como não poderia deixar de ser ando a devorar o novo disco do Jorge Palma... Vou ouvindo e descobrindo em cada música algo que me toca lá no fundo... O título diz tudo... "Norte"... Sem "Norte" é como eu me sinto... Gostava de encontrar o meu... Aquele que tive um dia... Aquele que perdi... Os silêncios mantêm-se... E em silêncio aqui deixo a letra de "Norte (o meu)", a música que dá nome ao disco... Para que saibas que busco o meu... Para que saibas que sinto que ele está bem longe de ti... Não porque eu tenha querido que assim fosse... Mas, apenas, porque não podia ter sido de outra maneira...

"Volto as costas ao vazio
procuro o vento frio
o caruncho pode desfrutar
do meu velho sofá
deixo as manchas de café
o candeeiro de pé
vou em busca do meu Norte

Levo imagens que sonhei
tesouros que roubei
a famosa gabardine azul
tem mais alguns rasgões
levo as horas que perdi
o espelho a quem menti
sigo em direcção ao Norte

Quantos pontos cardeais
ficarão no cais da solidão?
Quantos barcos irão naufragar,
quantos irão encalhar na pequenez
da tripulação?

Deixo os dias sempre iguais
os mundos virtuais
deixo a civilização que herdei
colher o que plantou
abandono o carrossel
a Torre de Babel
deitei fora o passaporte

Confio às constelações
as minhas convicções
quebro o gelo que se atravessar
no rumo que eu escolhi
o astrolábio que há em mim
vai respirar enfim
hei-de alcançar o meu Norte"

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Aconteceu... 

Perguntaste-me o porquê… E o meu silêncio feriu-te os ouvidos… Não sei! Foi a única coisa que consegui dizer-te… Não existe uma razão concreta… Existem razões que eu não consigo definir… Simplesmente aconteceu… E quando me dei conta já não podia voltar atrás… Se me perguntares quando começou, também não te sei dizer… Sei que era uma brincadeira… Sentia-me capaz de controlar tudo… Era como se o mundo fosse só meu… Esqueci-me de pensar… Esqueci-me de ponderar os prós e os contras… Não procurei nada… No início estava quieta no meu canto… Deixei envolver-me pelo que se passava à minha volta… Depois quis mais… Fui atrás… Mas a porta fechou-se-me na cara com uma força assustadora… Nem as portas que batem com a força do vento fazem tanto barulho… Fiquei ali quieta… Sem saber bem o que fazer, ou para onde ir… A janela estava entreaberta… Pensei que talvez não fosse má ideia tentar sair por ali… Mas não fui capaz…
Hoje, com a distância do pouco tempo que passou consigo perceber algumas coisas… Falta-me coragem para te dizer essas coisas… Continuas a perguntar-me o porquê… E eu continuo em silêncio… E o meu silêncio continua a ferir-te… Não é por mal… Sempre fui assim… E conheces-me à tanto tempo que pensei que já tinhas aprendido a viver com isso… Não faço nada para te magoar… Faço-o para me proteger… Como podes pensar que é propositado??? Não entendo…
Não escolhi nada disto… Aconteceu sem eu dar conta… E agora que chegou ao fim continuo sem conseguir falar contigo sobre o assunto… Sim, porque chegou mesmo ao fim… Mas ainda não te disse… Também ainda não te disse que a ausência de palavras é agora a única realidade existente e possível…
Talvez um dia consigas entender…
Aconteceu… E agora acabou…
Desculpa…
Mas não sou capaz de dizer mais nada…

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