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domingo, dezembro 19, 2004

"Há certezas que não se têm nem se dão..." 

“Apertaste-me a mão com uma segurança delicada… Com os olhos presos no horizonte disseste-me que ia correr tudo bem… Pediste-me que acreditasse em ti… E eu acreditei… Acreditei porque, apesar de não ter certezas, sentia-me segura perto de ti… Sentia que podia acreditar… Mesmo sem saber porquê…

Sempre me disseste que não existiam certezas… Que o que eu queria era impossível… Que tudo o que eu podia esperar de ti eram apenas tentativas de que tudo corresse bem… Dizias-me que não me ias dar certezas porque nem tu as tinhas… Que tal como a minha, a tua história também tinha terminado menos bem… Que estavas ferido e magoado… Que entendias como me sentia… Mas que não me podias prometer estar comigo no dia seguinte… Que apenas me podias dar um momento de cada vez, sem projectos nem promessas… E eu olhava para ti com ar incrédulo… Como é que eu podia deixar-me levar por alguém que me dizia coisas daquelas??? Não fazia sentido… Mas ainda assim fui-me deixando ir… Já nem sei quando me apaixonei por ti… Foi tão natural… Como se não pudesse ser de outra maneira…
Foi por isso que quando, naquele dia, na praia, me apertaste a mão e disseste que ia correr tudo bem, eu apenas consegui responder: “Eu sei!!!”... Não me perguntes como… Eu sabia… Não tinha certezas… Mas sentia que também já não precisava delas… A tua sinceridade desde o inicio tinha-me mostrado isso mesmo…

Hoje vejo-te dormir descansado ao meu lado, e percebo que não podia, de facto, ter sido de outra maneira… Há certezas que não se têm nem se dão… Ao longo do tempo fui aprendendo isto contigo… Esta era a tua verdade… E eu aprendi a partilhá-la…”

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