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sexta-feira, setembro 30, 2005

"Dream of the return" 

Ouvi esta música pela primeira vez quando tinha 15 anos. Apaixonei-me pela sonoridade da música de Pat Metheny e pelo poema de Pedro Aznar. Espero que gostem. Beijo grande e bom fim de semana para todos!

"DREAM OF THE RETURN"
"Al mar eché un poema
que llevó con él mis preguntas y mi voz
Como un lento barco se perdió en la espuma
Le pedí que no diera la vuelta
sin haber visto el altamar
y en sueños hablar conmigo de lo que vio
Aún si no volviera
yo sabría si llegó
Viajar la vida entera
por la calma azul o en tormentas zozobrar
poco importa el modo si algún puerto espera
Aguardé tanto tiempo el mensaje
que olvidé volver al mar
y así yo perdí aquel poema
Grité a los cielos todo mi rencor
Lo hallé por fin, pero escrito en la arena
como una oración
El mar golpeó en mis venas
y libró mi corazón"

(Pedro Aznar/Pat Metheny)

quarta-feira, setembro 28, 2005

Não vou desistir... 

As palavras perdem-se entre os pensamentos. Procuro respostas às interrogações permanentes que me assolam a mente. Queria poder deitar tudo isto para trás das costas, mas não sou capaz. Há algo mais forte que me prende a isto. Algo que não sei explicar, mas que me aprisiona sem que eu tenha qualquer hipótese de fuga. Quero reencontrar-me entre os vestígios daquilo que sempre fui. Quero voltar a olhar-me ao espelho e reconhecer este sorriso que se desenha nos meus lábios, mas que não sinto como meu. Preciso de descobrir como o fazer. Há coisas que me parecem inalcançáveis, pelo menos por enquanto. Mas é como disse ontem a uma amiga, desta vez não vou desistir…

sábado, setembro 24, 2005

Adoro-te 

Perco-me em mais uma tentativa frustrada de perceber a maneira como a vida tem acontecido. As voltas que o mundo tem dado deixaram-me completamente à deriva. E os “porquês” sucedem-se na minha cabeça de um modo assustador. Parece que tenho outra vez cinco anos e que as respostas que me são dadas nunca são suficientemente satisfatórias. A confusão instalou-se na minha cabeça, e a tristeza na minha alma.
Queria poder acalmar a dor daqueles que amo, mas não sou capaz. Sinto-me impotente e fraca. Sempre te vi como uma fortaleza, o meu refúgio, a minha protecção. Sempre tomaste conta de mim. E agora, que tanto precisas, eu não sei se consigo estar à altura. Queria abraçar-te e dizer-te que vai correr tudo bem. Queria fazer-te acreditar que o dia de amanhã vai ser melhor e que o teu coração vai encher-se de novo de alegria e felicidade. Gostava de ter o condão de devolver o sorriso aos teus olhos. De fazer com que o sorriso que se desenha nos teus lábios fosse verdadeiro e sentido, como costumava ser.
O teu sorriso… Como sinto falta daquele sorriso que tantas vezes me aqueceu o coração quando acreditava que nada me faria sorrir.
Diz-me o que posso fazer para de ver sorrir assim outra vez! Diz-me como posso secar as lágrimas que choras e as que guardas dentro de ti! Diz-me qual é o segredo para te ter de volta, como sempre foste? Queria tanto saber…
Sei que não posso fazer muito, mas estou, e estarei, sempre aqui para ti, para te acolher nos meus braços e tentar apaziguar a tua dor.
Adoro-te…

terça-feira, setembro 20, 2005

"Cúmplices" 

Na vida há coisas que não se planeiam… Acontecem porque têm mesmo de acontecer… Não controlamos… Mas nessas voltas da vida que não somos capazes de controlar, surgem coisas boas e pessoas que nos fazem muito bem… Por vezes surgem cumplicidades e partilhas que nos fazem sorrir outra vez… Aconteceu-me… “Seremos cúmplices” se a vida o permitir… Eu desejo que assim seja… Porque, afinal, a amizade é a mais bela forma de amor…

"Cúmplices"

"A noite vem às vezes tão perdida
e quase nada parece bater certo
há qualquer coisa em nos inquieta e ferida
e tudo que era fundo fica perto

nem sempre o chão da alma é seguro
nem sempre o tempo cura qualquer dor
e o sabor a fim da mar que vem do escuro
é tantas vezes o que resta do calor

se fosse a tua pele
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

trocamos as palavras mais escondidas
e só a noite arranca sem doer
seremos cúmplices o resto da vida
ou talvez só até amanhecer

fica tão fácil entregar a alma
a quem nos traga um sopro do deserto
olhar onde a distância nunca acalma
esperando o que vier de peito aberto

se fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

se fosse a tua pela
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho"
(Mafalda Veiga)

segunda-feira, setembro 19, 2005

"Left me for Dead" 

Aqui fica a música que me pediste...
Beijo grande


"Left me for Dead"

"You didn’t stop to look ‘round
You were gone before I hit the ground
You went on your way
And no prayer was said
Ah, you left me for dead
You didn’t cover my face
I didn’t merit a communal grave
You set me aside
And no tears were shed
You left me for dead
And I say I won’t stop, no, ‘till hell is your home
There’s nowhere to hide, no, nowhere
You’ll feel the cold of my gun at your head
Ah, you left me for dead
And it’s not like you stayed by my side or you called me a priest
You searched through my mouth to check for gold teeth
You were pawning my shoes as I bled
You left me for, left me for, left me for dead
You kept on taking your time
Until it was certain I couldn’t survive
Judas remained, you turned and fled
Ah, You left me for dead
And it didn’t trouble your mind
It did not disturb you to see me decline
You turned out my lights
You put me to bed
Ah, you left me for dead
And I say that I won’t rest my head until Hell is your home
You’ll think that you’re safe, but oh no
You’ll feel the cold of my gun hit your head
Ah, you left me for dead
And you didn’t stay close to me, didn’t stay by my side
I was choking in blood as delight filled your eyes
You’re going to burn for each word that was said
‘Cause you left me for, left me for, left me for dead
But I don’t want to search no more
There’s nowhere to hide
So why don’t you come quietly, my love
I wanted to say, to say that you sure proved the death of me
‘cause Now I’ve reached a dead end
And I can’t go back
But if I’m going down then you’ll come with me
You didn’t stop to look ‘round
You were gone before I hit the ground
You went on your way
And no prayer was said
Ah, you left me for dead
‘Cause you didn’t cover my face
I didn’t merit a communal grave
You set me aside
And no tears were shed
You left me for dead"

(Rob Dougan)

O Tempo passa e não podemos evitar a sua passagem...
Mas podemos sempre utilizá-lo da melhor maneira possível...
O Tempo pode ser nosso amigo ou inimigo, dependendo do modo como o encaramos e lidamos com ele...

terça-feira, setembro 13, 2005

Sinto-me aqui perto de ti.
Estamos longe, mas a distância não se sente!
Sinto-me em ti como sempre senti.
Perco-me de mim e choro.
Perder-me de mim é perder-me de ti.
Perder-me de ti é perder-te.
E perco tudo no instante em que te afastas.
Sinto-me aqui perto de ti.
Perco tudo o que sou porque te perco.
Por momentos reencontro-te aqui,
Em mim, naquilo que partilhámos.
Aquilo que gosto tem parte de ti.
Aquilo que me dá prazer lembra-me o que fui
Quando estavas aqui.
Fecho os olhos e deixo-me chorar.
E choro ainda mais uma vez.
Choro pelas perdas e pelos reencontros
Tão certos e tão tristes.
Duas almas que se reencontram
Para se perderem de novo em seguida.
Sinto-me aqui perto de ti.
Mas a distância já começa a sentir-se!

sábado, setembro 10, 2005

"A vida não chega" 


Ando fascinada! Não me canso de ouvir o disco a solo desta senhora! É FABULOSO! Perco-me em cada música como se me perdesse no tempo e no espaço! Deixo-vos esta “A vida não chega”! Espero que gostem!
Beijo grande para todos, e um muito especial para o Buganito ;-)

“A vida não chega”

“Dois lírios sobre a mesa
Uma janela aberta sobre o mar
Trago em mim a certeza
De quem espera p´lo teu voltar

Um cheirinho a café
Fotografias caídas pelo chão
E no ar uma canção
Traz-me uma recordação

Tenho um poema escrito
Guardado num lugar perto do mar
Tenho o olhar no infinito
E suspiro devagar

O tempo aqui parou
Desde que te foste embora
Só a saudade ficou
já não aguento tanta demora

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E tanto para te dar
Que a vida não chega

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E sei que vou te amar
Para a eternidade…”


(Letra e música: Viviane)

quarta-feira, setembro 07, 2005

Nada acontece por acaso 

Escureço o quarto e sento-me na cama… Coloco um CD a tocar... Palma! Há quanto tempo não ouvia o Palma… Os últimos meses passaram a correr… Ainda ontem era Natal! Ainda ontem planeava o Fim do Ano com a Maggie! Foi bom, muito bom… Parece mesmo que foi ontem que deixei 2004 para trás com a esperança de que 2005 fosse, realmente, um ano diferente, melhor, um ano de mudança… E tem sido! 2005 tem sido mesmo um ano de grandes mudanças… A 4 meses de 2006 penso em tudo o que já aconteceu… E já sinto saudades...
Relembro um jantar no primeiro mês do Ano… Aquele jantar de Mosqueteiras… Aquele chá que prolongou a conversa até às tantas da madrugada… E relembro todas estas músicas que tocam e me envolvem… Jorge Palma! Mais uma vez Jorge Palma e o seu “Norte”… Sinto que uma lágrima, das muitas que me inundam os olhos, tenta escapar… Nada acontece por acaso… Nada aconteceu por acaso… Mas eu gostava que tudo tivesse sido diferente… O fim de 2004/início de 2005 trouxe um novo ânimo à minha alma, uma nova luz que, infelizmente, se apagou do mesmo modo que se acendeu… Há coisas das quais não se deve, sequer, falar… Nada acontece por acaso… Nada aconteceu por acaso… E aquela luz não foi excepção… Mudou-me e amadureceu-me… Penso naquela luz e ouço o Palma… E deixo o CD tocar outra vez… Continuo a ouvir estas músicas e a recordar… Porque recordar é viver… E é a viver que aprendo e reaprendo que nada acontece por acaso… Deixo o Palma sussurrar mais um pouco… O “Passei dos Prodígios” toca e então a lágrima escapa sorrateiramente sem que eu a possa impedir… Deixo-a tocar até ao fim... Esta música tem magia…

"Passeio dos Prodígios"

"Vamos lá contar as armas
tu e eu, de braço dado
nesta estrada meio deserta
não sabemos quanto tempo as tréguas vão durar...

há vitórias e derrotas
apontadas em silêncio

no diário imaginário
onde empilhamos as razões para lutar!

Repreendo os meus fantasmas
ao virar de cada esquina

por espantarem a inocência
quantas vezes te odiei com medo de te amar...

vejo o fundo da garrafa
acendo mais outro cigarro
tudo serve de cinzeiro
quando os deuses brincam é para magoar!

Vamos enganar o tempo
saltar para o primeiro combóio
que arrancar da mais próxima estação!
Para quê fazer projectos
quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que, por milagre,
troquemos as voltas aos deuses

Entre o caos e o conflito
a vontade e a desordem
não podemos ver ao longe
e corremos sempre o risco de ir longe demais

somos meros transeuntes
no passeio dos prodígios
somos só sobreviventes
com carimbos falsos nas credenciais

Vamos enganar o tempo..."

(Jorge Palma)

terça-feira, setembro 06, 2005


Mergulho na escuridão da noite.
Perco-me no silêncio dos meus passos.
Pé ante pé, caminho como se flutuasse.
Abro a porta e deixo-me invadir pelo Luar
Que me inunda o quarto e ilumina o espírito.
Sou de novo apenas eu a vaguear na noite.
Estendo a mão e tento tocar o meu rosto,
Mas a irrealidade da minha imagem desvanece-se
Perante mim mesma, no espelho, como uma nuvem
Que se dispersa e desaparece.
Os vestígios dos sorrisos escondem-se nos recantos.
Em cada livro da estante há uma história,
Um excerto que li por alguma razão maior.
Histórias nas quais não encontro qualquer sentido,
Razões que se perderam no tempo e no espaço.
As músicas que tocam já não têm o mesmo som,
Estão fora de tom, perderam a melodia.
Olho pela janela e fixo as estrelas.
Encontro-me e perco-me em cada uma delas.
Percebo o que fui e o que quis ser.
Perco o que sou e o que serei
Nas incertezas de mim mesma.
Mergulho na escuridão da noite,
Que me envolve e abraça.
Entrego-me ao Luar, que me beija e acalma,
Na certeza de que nada é certo
E de que nada sou além disto.

(Ana)

domingo, setembro 04, 2005

Mar 


Não gosto de praia, mas amo o Mar. O Mar amigo e confidente. O Mar que me ouve em silêncio e não me recrimina. O Mar que percebe que sou humana, mais do que os próprios humanos que me rodeiam. O Mar que me entende e que me ajuda a lavar a alma, guardando em si os vestígios do que fui e senti para que eu possa sempre recomeçar. O Mar! Podia dizer tanto sobre o Mar, mas seria sempre pouco perante tudo que ele representa. É como diz a Mafalda Veiga “ao fundo ouve-se o mar”. Eu acredito que ao fundo se ouve sempre, realmente, o Mar, basta fechar os olhos e apurar a audição. É mágico. Ouçam o Mar.

“Ouve-se o Mar”

“Agora
Que a chuva cai devagar
Lá fora
E a noite vem devorar
O sol
E tudo fica em silêncio
Na rua
E ao fundo
Ouve-se o mar

Agora
Talvez te possas perder
Devora
O que a saudade te der
A vida
Leva pra longe pedaços
Do tempo
Deixa o sabor de um regaço
E ao fundo
Ouve-se o mar

Agora
Que a água inunda os teus olhos
E o mundo
Já não te deixa parar
No escuro
Voltam as estórias perdidas
Na alma
Onde não podes tocar
E ao fundo
Ouve-se o mar”
(Mafalda Veiga)

sexta-feira, setembro 02, 2005

Amigas 


Há muito tempo que não nos víamos. Há muito tempo que os sorrisos e os olhares não diziam tanto. Gostei de a ver. Está mais calma, mais serena. Notei-lhe uma nova força para enfrentar os problemas. Tinha saudades dela, de ver aquele sorriso misterioso e aquele olhar que fala, que diz muito do que tem a dizer em silêncio. Conversamos muito, mas pareceu tão pouco. Há sempre tanta coisa a dizer. E tanta coisa que não se diz. A conversa que tivemos fez-me perceber algumas coisas. A idade e a experiência de vida dela sempre conseguiram incutir-me algum do bom senso que, por vezes, os meus 22 aninhos não me deixam ter. Disse-me que estou menos Andorinha. Sorri. É verdade. Ela sabe que tem razão, e eu também o sei. “Um dia tinhas de aterrar”, disse-me ela naquele tom de voz pausado e baixo com que entoa as palavras. Não consegui contar-lhe tudo o que tinha para contar. Aconteceu tanta coisa. A vida mudou tanto. Passaram apenas três meses desde a nossa última conversa. E tanto mudou!
Segunda lá estamos as três outra vez, eu, ela e a Vi. Sentadas à mesa e com as chávenas de chá como testemunhas de uma amizade que não tem barreiras. Porque nem o tempo, nem a distância, nem a diferença de idade entre duas “meninas” e uma mulher são obstáculo a que a amizade seja pura e verdadeira.

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