domingo, setembro 04, 2005
Mar
Não gosto de praia, mas amo o Mar. O Mar amigo e confidente. O Mar que me ouve em silêncio e não me recrimina. O Mar que percebe que sou humana, mais do que os próprios humanos que me rodeiam. O Mar que me entende e que me ajuda a lavar a alma, guardando em si os vestígios do que fui e senti para que eu possa sempre recomeçar. O Mar! Podia dizer tanto sobre o Mar, mas seria sempre pouco perante tudo que ele representa. É como diz a Mafalda Veiga “ao fundo ouve-se o mar”. Eu acredito que ao fundo se ouve sempre, realmente, o Mar, basta fechar os olhos e apurar a audição. É mágico. Ouçam o Mar.
“Ouve-se o Mar”
“Agora
Que a chuva cai devagar
Lá fora
E a noite vem devorar
O sol
E tudo fica em silêncio
Na rua
E ao fundo
Ouve-se o mar
Agora
Talvez te possas perder
Devora
O que a saudade te der
A vida
Leva pra longe pedaços
Do tempo
Deixa o sabor de um regaço
E ao fundo
Ouve-se o mar
Agora
Que a água inunda os teus olhos
E o mundo
Já não te deixa parar
No escuro
Voltam as estórias perdidas
Na alma
Onde não podes tocar
E ao fundo
Ouve-se o mar”
(Mafalda Veiga)
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