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quarta-feira, setembro 07, 2005

Nada acontece por acaso 

Escureço o quarto e sento-me na cama… Coloco um CD a tocar... Palma! Há quanto tempo não ouvia o Palma… Os últimos meses passaram a correr… Ainda ontem era Natal! Ainda ontem planeava o Fim do Ano com a Maggie! Foi bom, muito bom… Parece mesmo que foi ontem que deixei 2004 para trás com a esperança de que 2005 fosse, realmente, um ano diferente, melhor, um ano de mudança… E tem sido! 2005 tem sido mesmo um ano de grandes mudanças… A 4 meses de 2006 penso em tudo o que já aconteceu… E já sinto saudades...
Relembro um jantar no primeiro mês do Ano… Aquele jantar de Mosqueteiras… Aquele chá que prolongou a conversa até às tantas da madrugada… E relembro todas estas músicas que tocam e me envolvem… Jorge Palma! Mais uma vez Jorge Palma e o seu “Norte”… Sinto que uma lágrima, das muitas que me inundam os olhos, tenta escapar… Nada acontece por acaso… Nada aconteceu por acaso… Mas eu gostava que tudo tivesse sido diferente… O fim de 2004/início de 2005 trouxe um novo ânimo à minha alma, uma nova luz que, infelizmente, se apagou do mesmo modo que se acendeu… Há coisas das quais não se deve, sequer, falar… Nada acontece por acaso… Nada aconteceu por acaso… E aquela luz não foi excepção… Mudou-me e amadureceu-me… Penso naquela luz e ouço o Palma… E deixo o CD tocar outra vez… Continuo a ouvir estas músicas e a recordar… Porque recordar é viver… E é a viver que aprendo e reaprendo que nada acontece por acaso… Deixo o Palma sussurrar mais um pouco… O “Passei dos Prodígios” toca e então a lágrima escapa sorrateiramente sem que eu a possa impedir… Deixo-a tocar até ao fim... Esta música tem magia…

"Passeio dos Prodígios"

"Vamos lá contar as armas
tu e eu, de braço dado
nesta estrada meio deserta
não sabemos quanto tempo as tréguas vão durar...

há vitórias e derrotas
apontadas em silêncio

no diário imaginário
onde empilhamos as razões para lutar!

Repreendo os meus fantasmas
ao virar de cada esquina

por espantarem a inocência
quantas vezes te odiei com medo de te amar...

vejo o fundo da garrafa
acendo mais outro cigarro
tudo serve de cinzeiro
quando os deuses brincam é para magoar!

Vamos enganar o tempo
saltar para o primeiro combóio
que arrancar da mais próxima estação!
Para quê fazer projectos
quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que, por milagre,
troquemos as voltas aos deuses

Entre o caos e o conflito
a vontade e a desordem
não podemos ver ao longe
e corremos sempre o risco de ir longe demais

somos meros transeuntes
no passeio dos prodígios
somos só sobreviventes
com carimbos falsos nas credenciais

Vamos enganar o tempo..."

(Jorge Palma)

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