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terça-feira, agosto 10, 2004

Uma música antiga, de um "Old Love"... 

Para o A., porque a sua recordação já não mais é do que isso - uma recordação.
Estava eu a desarrumar a minha caixinha de recordações, como tantas vezes faço, e comecei a desdobrar folhas de papel repletas de memórias... Recados que recebia no meio das aulas... As conversas com a Filipa, escritas para que os professores não se dessem conta... Os desenhos do Miguel... As letras de músicas que a Joana me dava... As piadinhas parvas do Carlos... Os postais do Hugo... E as cartas... Aquelas cartas que relatam um amor antigo... Os sentimentos escondidos de todos, mas que todos sabiam existir... E aquela letra... Daquela música que me cantavas... Aquela que escreveste a computador com medo que eu não entendesse a tua letra... E junto dela o CD que não mais ouvi... E já lá vão quase 4 anos... Eric Clapton... "Old Love"...

"Old Love"

"I can feel your body
When I'm lying in bed
There's too much confusion
Going around through my head

And it makes me so angry
To know that the flame still burns
Why can't I get over?
When will I ever learn?

Old love, leave me alone
Old love, go on home

I can see your face
But I know that it's not real
It's just an illusion
Caused by how I used to feel

And it makes me so angry
To know that the flame will always burn
I'll never get over
I know now that I'll never learn"

A música que me cantavas sempre que estavamos sozinhos... A música que marcou aquele amor que acabou, mas que traz saudades... Saudades de um tempo em que tudo parecia possível, embora ambos soubessemos que assim não era... Às vezes pergunto-me o que teria acontecido se tudo tivesse sido diferente, se eu tivesse ficado, se eu não tivesse mudado radicalmente o rumo da minha vida... São perguntas que se sucedem num momento... Mas que no momento seguinte de desvanecem...
És uma doce recordação... Gostava de te voltar a ver... De me sentar frente a frente contigo no café de sempre, aquele onde tomavamos o pequeno-almoço ao domigo... Talvez um dia, quando eu for grande e madura, eu vá passear pelas ruas daquela cidade e te volte a procurar entre as caras desconhecidas que veja passar por mim... E talvez te encontre... E se não te encontrar nas ruas da tua cidade, talvez te procure onde sei que te vou encontrar... Mas ainda é cedo... Ainda não cresci o suficiente para o fazer... Não te tenho raiva, ódio, ou qualquer tipo de sentimento menos nobre, menos bom... Apenas não sou suficientemente crescida para encarar o passado de frente e voltar a sorrir para ti... Mas um dia ainda nos voltamos a ver... Eu prometo...
Acho que hoje, quatro anos depois da última vez que me cantaste aquela música, serei capaz de a ouvir de novo... Vou pô-la a tocar... Deixá-la entrar-me nos ouvidos e encher-me a alma e o coração de doces e ternas recordações...

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