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terça-feira, abril 04, 2006

Há coisas que têm mesmo de ser... 

Durante muito tempo receei o momento. Adiei-o vezes demais. Faltava-me coragem para enfrentar de novo aqueles olhos verdes que um dia me enfeitiçaram. Mas ganhei coragem e lá fui eu de peito aberto, pronta para qualquer reacção. Tinha de o fazer. Devia isso a mim mesma. Era o fechar de um círculo. Tinha de ser capaz. As pontas soltas podem enlear-nos mais cedo ou mais tarde. E isso não poderia, de todo, acontecer. As pernas tremeram, é certo. Mas tinha de ser feito.
Há muito tempo que não falávamos. Há muito tempo que não havia entre nós mais do que umas trocas de olhares ao longe, em jeito de cumprimento, e uns sorrisos cordiais que demonstravam, apenas, a nossa boa educação. Quando as portas se fecham deixamos de conseguir ver o que está do outro lado. E mesmo quando espreitamos pelo buraco da fechadura, aquilo que vemos é mínimo comparado com aquilo que vimos um dia. As portas fecharam-se, a vida aconteceu e mudou. Quando se gostou muito de alguém, como eu gostei dele, há coisas que permanecem para sempre na nossa mente e no nosso coração. O que um dia foi intenso e arrebatador transforma-se em numa recordação de carinho e ternura. Aqueles olhos verdes já não são mais do que uns olhos verdes que me recordam os sonhos que um dia sonhei.
Depois daquele momento regressei ao meu lugar e respirei fundo. Afinal não custou assim tanto! E há coisas que têm mesmo de ser...

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