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quinta-feira, julho 21, 2005



“Gosto de te ver chegar com esse ar de menino malandro. Cabelo despenteado pelo vento. Sorriso maroto nos lábios. E a confiança estampada no olhar. És um sonhador! Sempre foste. Mas acreditas nos teus sonhos acima de tudo. E isso dá-te força e coragem. Para ti a vida não faz sentido se não for comandada pelo sonho. Não é à toa que “A Pedra Filosofal” é o teu poema preferido. “Eles não sabem que o sonho / é uma constante da vida / tão concreta e definida / como outra coisa qualquer…” Foi o primeiro poema que me leste. Disseste que querias partilhar comigo aquilo que de mais teu tinhas, os teus sonhos. E eu acreditei, porque não podia deixar de o fazer. Sempre tiveste comigo a sinceridade de uma criança. E talvez tenha sido essa a razão que me levou a apaixonar-me por ti.
Quando nos conhecemos contaste-me que o teu sonho de menino era ser astronauta. E que não sabias muito bem como é que tinhas acabado por seguir as pisadas do teu Pai. “Nunca me imaginei médico! Isso era profissão de gente grande e eu não queria crescer!” Talvez seja por isso, por essa vontade imensa que sempre tiveste de não crescer, que ainda hoje tens esse ar de menino malandro que tanto me encanta.
Vejo-te caminhar na minha direcção e sinto aquele frio no estômago. Passado tanto tempo a tua presença ainda consegue ter em mim o mesmo efeito arrebatador. Vens com um ar mais cansado do que é habitual. Mas, ainda assim, de sorriso nos lábios. É nestas alturas, quando te vejo chegar assim, que percebo que a inevitabilidade existe. A inevitabilidade que me fez olhar-te de maneira diferente no dia em que nos conhecemos.
E que me faz sentir que vais voltar sempre para os meus braços depois de mais um dia cansado, para dar largas aos sonhos e ser feliz.”

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