<$BlogRSDUrl$>

domingo, julho 04, 2004

Simplesmente obrigada... 

Ás vezes, as palavras certas vêm dos amigos certos, na altura certa… Este é um mail que recebi de um amigo… Ele tem razão… Mas se me tivesse dito isto antes, eu não teria entendido… Agora consigo entender o sentido destas palavras, ver o seu alcance… Chegam mais longe… Ao lugar onde têm de chegar…

"Dear Ann

Eu acho que a menina pensa demais. Eu acho que a menina anda desorientada. E acho que tem um verão inteiro para pensar.
É claro que tenho tempo de a ouvir. Mas quero, a priori, dar-lhe um conselho que, de certo, não trará responsabilidades de maior: no primeiro ano do curso, certamente, numa noite de insónias, arranjei uma teoria, parece básica, mas não o é. Se o é, então, de tão simples, ninguém repara nela:
A teoria da responsabilidade:
Geralmente convencemo-nos que o que nos acontece de bom, ou é culpa nossa ou é culpa dos outros. O que nos acontece de mal, é geralmente culpa dos outros, ou erradamente culpa nossa. Acontece, ainda mais frequentemente, que nos culpamos pelas coisas erradas. Andamos sempre atrás de um culpado. Nós. Os outros. E somos nós. Ou os outros. As nossas vitórias não são as nossas. As nossas derrotas, por vezes, são também doutros.
Assim, estabeleci uma regra: tudo o que acontece se deve a mim. Se tenho boa nota, é por que me esforcei. Se tive má, a culpa também é minha. Claro que tem óbices esta minha teoria: eu não controlo o clima, ou as manias perniciosas dos outros. Como bem sabes, tu também não controlas as manias perniciosas dos outros.
Ainda assim, e não sei de que se trata a tua decisão, espero que a faças de cabeça fria. Faças o que fizeres, escreve-a primeiro. Vê se é plausível ou coerente. Como se estivesses a escrever para o metro ou para o muito a frente. E lembra-te bem que há outras responsabilidades a curto prazo: essas sim, determinantes. Determinantes do futuro. E não me parece que seja de abalar um futuro sólido por manias perniciosas dos outros. Lembra-te que se os outros fazem mal, cabe-nos minimizar os danos. Acho que passamos grande parte da vida a minimizar os danos. Cutting the losses.
Regardless, espero que reflictas bem. E que a abstracção deste email ajude. Espero que não interpretes mal na parte da culpa. Não temos culpa daquilo que nos fazem. CLARO. Mas cabe-nos minimizar os estragos. Acho eu. Se há plenty fish in the sea, não há muitas oportunidades para endireitar o futuro."


Obrigada… Do fundo do coração… É tudo o que te posso dizer…

Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Pensamentos de outros...


moon phase
 
Músicas especiais...