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terça-feira, novembro 02, 2004

Para Ti (que no fundo sabes quem és)... 

Entraste naquele lugar, naquela tarde, com o mesmo ar de menino malandro que tanto me encanta, que sempre me encantou… Ambos estávamos acompanhados… Mas mesmo que não estivéssemos iria ficar cada um no seu lugar, como sempre foi e como sinto que continuará a ser… O que aconteceu a seguir foi uma tontice minha, eu sei… Mas estava arreliadíssima por não me teres falado… Tinha o orgulho ferido… E senti necessidade de te fazer mal… Mas quem acabou por ficar mal fui eu… Eu é que fiquei triste e arreliada comigo mesma por ter agido de um modo tão impensado e infantil… Nem me reconheci…

Ficaste admirado com o que viste… Eu vi a admiração estampada nos teus olhos… Nunca me tinhas visto a fazer aquilo e foi uma surpresa… Não perguntaste, mas eu respondo: Não, não é costume. Aliás, é raríssimo. Só o faço quando estou mesmo muito enervada e entre amigos. O dia não tinha corrido muito bem. E o facto de me sentir com o orgulho ferido também não ajudou. É nestas alturas que uma amiga minha me diz em tom de brincadeira “És mesmo Leão, neste caso Leoa!”. Ela tem razão… Mas é mais forte do que eu… Há quem diga que se aprende a controlar com a idade… Há quem diga que tem tendência a apurar… Eu não sei… Acho que vou esperar para ver…

Aquilo que me viste fazer, e os momentos que se seguiram foram terríveis… Comportei-me como uma menina birrenta de cinco anos que, como não tem o que quer, bate o pé e diz os disparates que lhe vêm à cabeça… E foi o que aconteceu…
Quando saíste daquele lugar o teu semblante era carregado… Fiquei com a sensação que a “brincadeira” não te tinha agradado nem um pouco… Na altura não me importei… Mas depois, quando cheguei a casa da Bela fiquei a pensar em tudo e a sentir-me uma tonta… E hoje, depois de te ver, fiquei com a sensação de que achas que te “gozei”… Sei que posso ter deixado essa impressão… Mas não foi o que aconteceu…

Tenho pena… Sinto que o abismo que existe entre nós está cada vez mais fundo e intransponível… Às vezes sinto que nada está no lugar certo… Mas outras vezes sinto-me assustada e insegura… Afinal, há coisas que eu não sei, certezas que eu não tenho, e que de que preciso…

Fui infantil? Talvez tenha sido… Mas aquilo que sinto, ou não sinto, já nem sei, fez-me parar e pensar… Agi de modo errado, eu sei… Mas não posso mudar o que está feito…

Lamento, mas o tempo não é mágico e não o posso fazer voltar para trás…

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