quinta-feira, novembro 03, 2005
Fecho o livro e respiro fundo. Coloco-lhe as mãos em cima e repouso a cabeça nelas, como se quisesse segurar todos os pensamentos que povoam a minha mente. Recordo as palavras da Mi, “Nunca te tinha visto assim!”, e segredo a mim mesma a resposta que não lhe dei: “Nem eu!”. A verdade é que, por vezes, nem eu mesma me reconheço. As últimas semanas têm sido de grande mudança interior, de crescimento, evolução. Estou diferente. Algo em mim mudou. Algo que não verbalizo pelo receio de perceber que não sou capaz de fugir dessa realidade. Não são raras as vezes que, em silêncio, me questiono sobre a veracidade desta mudança mas, depois, relembro uma conversa e aquelas palavras, “sim, algo está diferente…”, e não tenho dúvidas. Já tive tempo de aprender que há certezas e respostas a determinadas questões que nunca chegam a ter-se. “Vais ter de habituar-te a isso!”, disse-me alguém na sequência de uma conversa, na qual o tema das questões constantes e interiores foi rei durante algum tempo. Sim, eu sei que tenho de habituar-me a não ter sempre a resposta a todas as minhas questões mas, nem assim, consigo evitar os “porquês” que se sucedem na minha mente.
Digo constantemente a mim mesma que tenho de deixar o tempo correr para tentar encontrar algumas respostas às interrogações que não libertam a minha cabeça.
Ergo a cabeça e fito a parede. Recordo aquilo que disse: “O futuro a Deus pertence, mas a nossa vontade é preponderante…”. Deixo o pensamento voar porque quero acreditar nas minhas próprias palavras.
Digo constantemente a mim mesma que tenho de deixar o tempo correr para tentar encontrar algumas respostas às interrogações que não libertam a minha cabeça.
Ergo a cabeça e fito a parede. Recordo aquilo que disse: “O futuro a Deus pertence, mas a nossa vontade é preponderante…”. Deixo o pensamento voar porque quero acreditar nas minhas próprias palavras.
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