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quarta-feira, novembro 30, 2005

A lágrima 

A lágrima, que escapou naquele instante de dor,
Ainda me queima o rosto e faz doer o coração.
A lágrima, que desejou ser livre para sempre,
Abandonou os meus olhos e tatuou-me a alma.
Tatuagem de dor e tristeza escondidas,
De sentimentos perdidos por não poderem ser vividos.
Tatuagem de mais uma partida do destino,
De mais um fracasso anunciado,
Que paguei para ver...
Ainda tenho no rosto a marca daquela lágrima,
Única e solitária, que se evadiu sem eu dar conta.
A razão calo e guardo só para mim,
Porque há palavras que jamais poderão ser pronunciadas.
Palavras que revelam aquilo que não deve ser revelado.
Palavras que denunciam sentimentos
Guardados no mais fundo de mim.
A lágrima, que escapou naquele instante de dor,
Guardei-a perto dos tais sentimentos
E arrumei tudo num cantinho escondido da alma,
Bem longe do coração, para ser capaz de sorrir.
A lágrima, que desejou ser livre para sempre,
É agora prisioneira de si mesma, nesse recanto
Ao qual a confinei...
(Ana)

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