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quinta-feira, janeiro 05, 2006


Era esta a cor do céu quando cheguei a casa. Peguei na máquina fotográfica e capturei com ela o cinzento do céu, pela janela do meu quarto. Fotografei! Eternizei numa imagem o que restou da tarde de hoje. O que senti não deveria ter sentido. Não foi algo de que possa orgulhar-me. Mas, ainda assim, senti-o. E isso deixou-me triste comigo mesma. Penso se poderia ter evitado sentir aquilo. Sei que não. Foi involuntário, mas nada pude fazer. Senti. E senti-me meio perdida, depois.
Cheguei a casa e olhei o céu nos olhos. Senti-o aquecer-me a alma e perceber-me a tristeza. E vi-o ficar mais cinzento, como se ficasse ainda mais triste pelo que eu acabava de lhe mostrar. E naquele instante uma música soou no meu pensamento... “Um pouco de céu”... Ainda e sempre Mafalda Veiga!
Agora chove... O céu chora. E, lembrando o que canta o Rui Veloso, acredito que “amanhã já passa”, porque hoje sou eu quem precisa de um raio de Sol a mais para se aquecer...
“Um Pouco de Céu”

“Só hoje senti
que o rumo a seguir
levava pra longe
senti que este chão
já não tinha espaço
pra tudo o que foge
não sei o motivo pra ir
só sei que não posso ficar
não sei o que vem a seguir
mas quero procurar

e hoje deixei
de tentar erguer
os planos de sempre
aqueles que são
pra outro amanhã
que há-de ser diferente
não quero levar o que dei
talvez nem sequer o que é meu
é que hoje parece bastar
um pouco de céu
um pouco de céu

só hoje esperei
já sem desespero
que a noite caísse
nenhuma palavra
foi hoje diferente
do que já se disse
e há qualquer coisa a nascer
bem dentro no fundo de mim
e há uma força a vencer
qualquer outro fim

não quero levar o que dei
talvez nem sequer o que é meu
é que hoje parece bastar
um pouco de céu
um pouco de céu”

(Mafalda Veiga)

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