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segunda-feira, janeiro 16, 2006

Recosto-me nas almofadas e fecho os olhos. Gosto de ficar assim, recostada na minha cama, com a música a tocar baixinho e uma luz fraquinha que deixa o quarto na penumbra e não permite que a escuridão se instale. Este ambiente de calma e serenidade ajuda-me a organizar ideias. Uma semana complicada, disse eu ontem à Inês, que esta iria ser. Nada do que deveria ter acontecido hoje aconteceu. Momentos adiados. Ainda que alguns deles só o tenham sido até amanhã.
De olhos fechados ordeno as ideias e planeio o resto da semana. Tenho mesmo de me organizar. Nada mais do que estava programado pode falhar. As reuniões de quarta e de quinta são importantes. Duas paixões. Numa delas o renascer de um sonho, de um projecto que ajudei a criar e que parecia, irremediavelmente, perdido. Perceber que, afinal, não estava assim tão perdido e que iria renascer das cinzas, como se de uma Fénix se tratasse, fez-me sorrir por dentro de alegria. As coisas acontecem mesmo quando menos se espera. E o renascer deste sonho é o presente surpresa pelo qual esperava há mais de dois anos. Na outra o cumprimento de uma outra paixão mascarada de dever. Ainda assim, dois trabalhos que exigem o melhor de mim. Que me pedem tudo aquilo que eu possa dar, para que fiquem bem feitos. Dois trabalhos aos quais me darei por inteiro, como faço em tudo aquilo que gosto.
Penso nas palavras de hoje. Naquelas que foram ditas e nas que ficaram por dizer. Penso nos sorrisos e nos risos de hoje de manhã. Ninguém está tão bem disposto à 9 horas da manhã, mas nós estamos. A primeira mesa do bar velho é uma alegria logo de manhã. As meninas juntam-se ali e fazem a festa. E hoje fizemos mesmo. A boa disposição reinava na nossa mesa!!!
Penso na conversa que tive de tarde com a Inês. Tudo terá de acontecer e não tenho como evitar determinadas coisas. Ainda assim vou de peito aberto e cabeça levantada, porque se eu não tiver receio muito pouco será o que me conseguirá deitar abaixo. Mas, por vezes, tremo perante determinadas situações da vida. Porque aquilo que se julgava certo, afinal não é, e é preciso aprender a lidar com isso. E há aprendizagens dolorosas e tristes. Aprendi isso quando menos esperava, mas aprendi. E continuo a aprender. Não se pode acreditar em tudo o que nos é dito. Mas será que é saudável não acreditar em nada? A dúvida surgiu na minha mente e persiste. O tempo saberá responder-me da melhor maneira possível.
A semana ainda agora começou. Deveria ter acontecido muita coisa hoje, mas os planos não se concretizaram. Acredito que as coisas só acontecem quando, e porque, têm de acontecer. Talvez por isso consiga, hoje, não pensar que tudo ficou virado do avesso só porque as coisas não aconteceram como eu estava à espera. A vida tem um tempo próprio, diferente daquele a que estamos habituados. É preciso é aprender a viver com ele. Os momentos que consideramos adiados acontecem sempre no momento certo, ainda que não corresponda ao momento que esperávamos. É tudo uma questão de perceber, e aceitar, que a vida tem um tempo próprio que ninguém pode controlar.

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