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quarta-feira, julho 26, 2006

“Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.”
Sophia de Mello Breyner Andersen


Esta última semana foi intensa e animada. Só quase uma semana depois de ter terminado o curso começo a assentar os pés no chão. Tenho andado num estado de euforia que tem deixado em mim a sensação de andar um palmo acima do chão. Muitas coisas mudaram nesta última semana. Algumas directamente ligadas ao final do curso, outras completamente independentes dele. Muitas boas, e algumas, poucas, nem tanto. Mas como cantam os Xutos “Ele há coisas a acabar/Mas há tantas a começar...”. A vida é mesmo assim. Terminam umas coisas, mas outras delineiam-se já no horizonte. Vamos ver onde estas novas coisas me vão levar. O futuro é incerto, mas o presente faz-me melhor do que eu julgava ser possível. As férias trouxeram-me uma nova vitalidade e agora só quero aproveitá-las ao máximo. São as últimas férias grandes e prometem ser muito boas.
O tempo passa e há quem não consiga acompanhá-lo. Há quem fique preso a determinadas coisas sem se dar conta que o tempo dessas mesmas coisas passou com o tempo que essas pessoas não conseguiram acompanhar. A vida, na minha curta existência de quase 23 anos, ensinou-me que tudo tem o seu tempo e que há que saber seguir em frente deixando para trás aquilo que me faz mal. Aprendi a não apagar nada, a não esquecer nada. É com a memória dessas coisas menos boas que consigo evitar cometer os erros já uma vez cometidos. Uma vez, um amigo de quem gosto muito, disse-me que não devia esquecer nada, porque esquecer iria fazer-me cair nos mesmos erros e sofrer tudo outra vez. Hoje, as palavras desse amigo fazem mais sentido do que nunca. Não esqueço e assim fortaleço-me mais um pouco. Não esqueço e assim acalento a esperança de que tudo correrá a contento.
Hoje voltei a ler Sophia. Há muito tempo que não a lia. E este poema ficou a passear-me no pensamento. Faz todo o sentido. “Não se perdeu nenhuma coisa em mim.”...

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